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Jéssica Weber Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.

Tate Modern

O Tate Modern é o principal museu de arte moderna e contemporânea de Londres, um dos mais famosos do mundo. O museu ocupa o prédio da antiga central elétrica de Bankside, no distrito de Southwark, às margens do Tâmisa. Ele reúne obras dos últimos 100 anos, incluindo pinturas, esculturas e instalações de artistas como Pablo Picasso, Emily Kame Kngwarreye e Jenny Holzer.

Também tem trabalhos brasileiros no acervo: quando eu fui, encontrei essa instalação do artista carioca Hélio Oiticica, falecido em 1980, onde se destacava uma peça de serigrafia sobre tecido, como uma bandeira, com a inscrição: "seja marginal, seja herói". Feita no auge da ditadura brasileira, a faixa de Oiticica homenageia um amigo do Morro da Mangueira, apelidado de Cara de Cavalo, acusado de matar um policial e posteriormente assassinado pela polícia. Uma faixa semelhante foi exibida pelos músicos Caetano Veloso e Gilberto Gil em um show como forma de protesto e solidariedade à favela.

Tate Modern

Outra obra de brasileiro que eu encontrei foi Babel 2001, de Cildo Meirelles, uma torre de rádios de diferentes marcas, datas e formatos sintonizando estações de vários cantos do mundo ao mesmo tempo, o que obviamente causa confusão e incompreensão. 

A instalação faz referência à Torre de Babel, a história bíblica de uma torre alta o suficiente para atingir os céus, que, ofendendo a Deus, o levou a amaldiçoar os seus construtores a falarem em línguas diferentes. Sua incapacidade de se comunicar uns com os outros fez com que eles se dividissem e se espalhassem pela terra. A sala em que a torre está instalada é banhada por uma luz azul que, junto com o som, dá a toda a estrutura um efeito misterioso e aumenta a sensação de confusão. Sem dúvidas, entrou no meu top 5 do Tate.

Tate Modern

Mas uma das obras mais famosas do museu é A Fonte, de Marcel Duchamp, uma peça que fez barulho no meio artístico e acabou entrando para a história. Trata-se de um mictório assinado com um pseudônimo: R. Mutt 1917. 

Era um ready-made, ou seja, o artista francês usou um objeto fabricado comercialmente, não construiu ele com as próprias mãos. Duchamp queria justamente questionar o que torna um objeto arte. Acontece que naquele ano, 1917, a obra foi rejeitada nas galerias sob a alegação de que era "indecente". Uma nova geração de artistas redescobriu Duchamp na década de 1950, mas a Fonte original havia sido perdida. Então foram feitas algumas cópias autorizadas por Duchamp em 1964, e uma delas está ali, no Tate Modern.

Tate Modern

No prédio, tem ainda um café com uma vista bonita do Rio Tâmisa e da cidade. Quem gosta de arte moderna pode ficar facilmente uma tarde inteira no Tate Modern. Se você não tem tanto tempo, recomendo que já baixe o mapa do museu, para já ir focado no que te interessa.

Tate Modern

Ingresso no Tate Modern

A entrada no Tate Modern é gratuita e não é necessário reservar. A reserva de ingresso é recomendada para exposições especiais que há dentro do museu — veja a programação aqui —, mas às vezes dá para adquirir na hora. O museu abre diariamente, das 10h às 18h.

Também há visitas guiadas. Quando eu estive em Londres, ocorriam às 11h, 12h, 13h e 14h. Mas você pode pedir informações na entrada.

Tate Modern

Como chegar ao Tate Modern

O Tate Modern fica às margens do Rio Tamisa, junto a Millennium Bridge. As estações de metrô mais próximas são Southwark, servida pela Jubilee Line; Blackfriars, servida pelas linhas District and Circle Line; e St Paul's, pela Central Line. Também há várias linhas de ônibus que passam por essa região. Você consegue simular seu trajeto por meio deste link.

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Tate Modern

53 Bankside
Londres
SE1 9TG
https://www.tate.org.uk