Marselha - o que fazer, onde ficar e todas as dicas do destino francês
Marselha é a porta de entrada para uma outra França, com a cara do Mediterrâneo, cheia de história, multicultural, autêntica e descontraída. A mais antiga e segunda maior cidade do país desponta cada vez mais como um importante destino turístico. E basta passar algumas horas por lá para entender o porquê!
Não faltam praias de águas cristalinas, passeios de barco, tours históricos pelos bairros mais antigos da cidade, modernos museus e uma gastronomia que inclui fresquíssimos frutos do mar, além de pratos de influências árabes e africanas. E não dá para deixar de falar do vinho rosé. Afinal, estamos na Provença!
Estivemos recentemente em Marselha e reunimos todas as informações que você precisa saber para planejar uma incrível viagem para o sul da França. Boa leitura!
Marselha, França
Embora haja registros de ocupação desde a pré-história, a cidade de Marselha propriamente dita foi fundada em 600 a.C. pelos gregos da Foceia, antiga região da península de Anatólia (hoje Turquia).
Ao longo da história Marselha preservou grande importância principalmente devido à sua localização estratégica e, portanto, o seu porto – ainda hoje um dos principais da Europa. É por ele que, a partir de 1950, mais de um milhão de imigrantes vindos de colônias na África ingressaram na França, dando também à cidade um ar mais multicultural e plural em diversos aspectos.
Por muito tempo considerada perigosa (para os padrões europeus) e pouco atrativa para os visitantes, Marselha recebeu grandes investimentos quando foi nomeada Capital Europeia da Cultura, em 2013. Carros foram vetados em diversas ruas do centro histórico, amplos terrenos de estacionamento viraram praças ou cederam espaço a museus, e bairros passaram pelo polêmico processo de gentrificação – como o Le Panier, já viveu períodos de abandono, até pouco tempo era marcado pelos aluguéis baixos e atualmente se encontra em crescente renovação, com abertura de ateliês de artistas, cafés descolados, restaurantes e lojas que chamam atenção de turistas.
É também recente a revitalização de uma antiga área portuária, bem próxima ao Porto Velho, onde hoje estão o MuCem (Museu das Civilizações Europeias e Mediterrâneas) e a Villa Méditerranée (Cosquer), duas modernas edificações à beira-mar, em um dos melhores lugares para curtir o pôr do sol. Você certamente passará por essa região quando em uma viagem a Marselha.
Marselha hoje se afirma como um dos principais destinos franceses e – devido a ainda bons preços, se comparados aos de outras cidades do país –, recebe cada vez mais visitantes em busca de clima ameno, diversidade cultural, muita história e uma rica gastronomia. É uma outra França, com dizem seus moradores. Que vale muito a pena ser conhecida.
Onde ficar em Marselha
Marselha é a segunda maior cidade francesa, com uma população de mais de 800 mil habitantes. Escolher uma boa localização, portanto, irá otimizar a sua estadia pelo destino, que reúne praias, museus, bairros históricos e belos mirantes para admirar o Mediterrâneo.
A região mais procurada pelos visitantes para se hospedar em Marselha é a do Vieux Port (Porto Velho). É uma região plana da cidade, com intensa movimentação de turistas e moradores ao longo do dia e também à noite. Está cercada por alguns dos principais pontos turísticos de Marselha e é também de onde partem passeios de barco que levam até as famosas Calanques de Marselha. Além da proximidade com os atrativos e da possibilidade de fazer boa parte dos deslocamentos a pé, a região do Porto Velho ainda conta com ótimas opções de hotéis, restaurantes, supermercados e toda a infraestrutura necessária para o viajante.
São boas opções de hotéis em Marselha, na região do Vieux Port:
- La Residence Du Vieux Port - Nota 8.7
- Grand Hotel Beauvau Marseille Vieux Port - Nota 8.5
- Sofitel Marseille Vieux-Port - Nota 8.4 (luxo)
- Mercure Marseille Canebière Vieux-Port - Nota 8.3 (bom custo-benefício)
- Hotel Marsiho by Happyculture - Nota 8.3
- New Hotel Le Quai - Nota 8.3 (econômico)
- Hôtel Life Marseille VP - Nota 8.4
- New Hotel of Marseille - Nota 8.3
Não exatamente no Porto Velho, mas a curtas caminhadas dele, também há boas opções de hotéis em Marselha. São recomendadas regiões como o bairro histórico Le Panier; o recentemente modernizado La Joliette, com hotéis de bom custo-benefício e próximo à Catedral de Marselha; e também o Cours Julien, com atmosfera jovem e descolada. Veja nossas sugestões de hotéis nestas regiões:
- NH Collection Marseille - Nota 8.5
- InterContinental Marseille - Nota 8.4
- MEININGER Marseille Centre la Joliette - Nota 8.4 (hotel em que nos hospedamos, simples e econômico)
- Best Western Plus Hôtel La Joliette - Nota 8.0
- Maison Juste - Nota 9.0
- Hotel C2 - Nota 8.9
- Hotel Le M - Nota 8.4
Onde fica Marselha
Marselha fica no sul da França, na região de Provença, à beira do Mar Mediterrâneo – o seu porto, aliás, é o maior do país e também um dos mais importantes da Europa. Em uma viagem a Marselha, é comum incluir no roteiro destinos próximos como Cassis, Aix-en-Provence e Avignon, que serve como base para visitar o vilarejo Châteauneuf du Pape, que produz um dos mais célebres vinhos do mundo.
Como chegar a Marselha
Marselha está a mais de 770 km distante de Paris, geralmente a porta de entrada para turistas que visitam a França. Para boa parte dos viajantes, portanto, a melhor maneira de chegar a Marselha é voando até o Aeroporto de Marseille-Provence (MRS), que fica a cerca de 20 quilômetros do centro da cidade.
O Melhores Destinos está sempre de olho nas passagens aéreas para a França. Acesse o post especial e confira as melhores datas e preços!
Viajantes que já estão pela França ou destinos próximos, como a Espanha, também contam com linhas de trem e a possibilidade de fazer o deslocamento até Marselha de ônibus, como os da empresa Flixbus. A empresa francesa TGV faz viagens de trem ligando Paris a Marselha em pouco mais de três horas - pesquise aqui.
Como ir do Aeroporto de Marselha para o centro
A maneira mais fácil e barata de ir do aeroporto para o centro de Marselha é de ônibus, com a linha L91, que conecta o terminal à Estação Marseille Saint-Charles, na região central da cidade. A passagem custa 10 euros (ou 16 euros, ida e volta) e pode ser comprada na bilheteria ou nas máquinas que ficam próximas ao ponto de embarque. São cerca de 30 minutos de deslocamento.
Quem viaja em grupo ou prefere comodidade pode optar por utilizar os serviços de táxi e de transporte por aplicativo, como Uber e Bolt. O valor da corrida é de cerca de 40 euros (preço cotado em setembro de 2024).
O que fazer em Marselha
Confira alguns dos passeios, atrações e atividades que julgamos serem imperdíveis em uma viagem a Marselha:
1. Fazer um free tour pelo Vieux Port e Le Panier
Os tours guiados são uma ótima maneira de conhecer a história do destino, suas curiosidades e ainda colher algumas dicas de o que fazer e onde comer – sugeridas por um local, o que faz toda a diferença. Sou uma grande entusiasta! Então já saí do Brasil com o free tour em Marselha reservado para o meu primeiro dia por lá. E foi um dos melhores passeios guiados que fiz viajando por aí.
O itinerário começou no Porto Velho, passou pelo antiga entrada da cidade (nos tempos em que os gregos começaram a se assentar na região, em 600 a.C.) e seguiu pelas ruas estreitas e coloridas do bairro Le Panier. Ao longo do percurso tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre a importância do porto de Marselha ao longo dos séculos e os impactos que a ocupação nazista deixou na cidade. Grande parte do centro histórico, por exemplo, foi dinamitada em um grande projeto de limpeza, diminuindo as chances de os prédios abrigarem membros da resistência.
Além de todo o contexto histórico, que não é pouco, o guia nos deu um panorama atual da cidade, com suas belezas e contradições. Encerramos a caminhada de quase duas horas, já no fim da tarde, visitando a Catedral de Marselha e a região do MuCem.
O free tour em Marselha é uma das atividades que mais recomendamos! Para fazer o mesmo passeio que descrevemos aqui, em inglês, você pode fazer a reserva gratuita pelo site Civitatis - clique aqui. O pagamento é feito somente no fim da atividade, com valor definido por você mesmo, conforme a experiência que teve.
Outro passeio guiado famoso em Marselha é o que leva por uma área mais nova da cidade, entre a prefeitura e o Palácio de Longchamp. Ao longo do percurso entram em pauta tramas da vida dos marselheses, impactos deixados pela Guerra da Argélia e também fatos relacionados à máfia. Leia mais sobre a atividade e faça a sua reserva.
2. Admirar a vista desde a Basílica de Notre-Dame
Outro programa imperdível é subir até o ponto mais alto de Marselha, onde fica a Basília de Notre-Dame de la Garde. A imponente construção, em estilo romano-bizantino, foi erguida sobre um forte (preste atenção na arquitetura que você facilmente identificará) e pode ser vista de praticamente todos os pontos da cidade. É de perto, no entanto, que se pode admirar os ricos detalhes da fachada e do interior. E o melhor: contemplar a imensidão da segunda maior cidade francesa, quem tem o Mediterrâneo à sua frente.
Não há qualquer custo para ingressar no monumento mais visitado de Marselha. Desde o Porto Velho (Vieux Port) são necessários cerca de 40 minutos de caminhada até a Basília de Notre-Dame. O percurso é bonito e agradável, com ruas bastante arborizadas. No entanto, é todo morro acima. Percorri esse trecho no meio de uma tarde de verão e, olha, não recomendo! 😅 Mais fácil pegar o ônibus de número 60, que passa pelo MuCem, Porto Velho e também nas proximidades da Ópera de Marselha. O trem turístico chamado Petit Train de Marseille também liga o porto à Basílica, com custo de 10 euros.
Além de admirar os detalhes do interior do templo e de curtir a incrível vista de Marselha, praticamente em 360 graus, você pode fazer um passeio guiado, no estilo free tour, e conhecer mais da história do monumento. A reserva é feita gratuitamente aqui.
3. Caminhar sem pressa pelo bairro Le Panier
O Le Panier é o bairro mais antigo de Marselha, repleto de ruelas estreitas e coloridas, com muitos grafites, ateliês de artistas, cafés, boutiques de designers e algumas das principais atrações turísticas da cidade, como a Catedral de Marselha e o Centre de la Vieille Charité – que já serviu como manicômio, asilo para população de rua e hoje abriga um centro cultural, com diversas exposições. Próximo ao bairro também ficam o MuCem e o Porto Velho de Marselha.
As manhãs por ali são calmas, com poucos turistas. O silêncio só é rompido com o vaivém e pequeno caminhões que abastecem os restaurantes e estabelecimentos da região. A partir do meio-dia é que o Le Panier tem ruas mais movimentadas, com o comércio em pleno funcionamento e muitos visitantes (grande parte chegados em navios de cruzeiros) aproveitando o bom clima da região nas áreas externas dos cafés e restaurantes.
É, ao mesmo tempo, a região mais pitoresca e contraditória de Marselha. Foi ali que a cidade surgiu há mais de 2.600 anos, e também ali foram destruídos milhares de edifícios durante a ocupação nazista (no bairro costumavam se refugiar combatentes da chamada Resistência Francesa).
Após a Segunda Guerra Mundial, a região foi reerguida, recebendo uma nova leva de prédios, simples e colados uns aos outros. Devido à pouca condição sanitária e alta criminalidade, no entanto, os preços dos aluguéis por muito tempo se mantiveram baixos – fator fundamental para o estabelecimento de diversas famílias de imigrantes no bairro, que dão ainda hoje um ar multicultural à região.
Nas duas últimas décadas, no entanto, sobretudo após a nomeação de Marselha como Capital Europeia da Cultura, em 2013, o Le Panier passou por uma intensa revitalização. O processo trouxe um colorido a mais às ruas, lojas, restaurantes e lojas descoladas, é verdade. Mas tornou o custo de vida por ali mais alto, empurrando grande parte de seus antigos moradores para áreas mais afastadas do centro da cidade.
Para saber mais da importância e múltiplas facetas do bairro ao longo dos anos, é possível fazer um passeio guiado específico na região (veja aqui). Se tiver menos tempo, faça uma caminhada por conta própria, aproveitando o colorido das ruas, com janelas floridas e boas praças e estabelecimentos para fazer uma pausa e bebericar um drink ou café. E se você é da turma que adora levar uma lembrancinha de viagem para casa, não deixe de visitar as lojas do famoso sabonete de Marselha, que tem azeite de oliva em mais de 70% da sua composição.
4. Ir de barco até as Calanques de Marselha
Quem visita Marselha, sobretudo nos meses mais quentes do ano, não pode ignorar um agradável fato: a cidade está à beira do Mar Mediterrâneo. Além das praias urbanas, que falarei mais no tópico a seguir, reserve um tempo para conhecer as belas Calanques de Marselha, um conjunto de falésias de calcário com pequenos fiordes, onde as águas são cristalinas e azuis, convidativas a um refrescante banho de mar.
A maneira mais fácil de ir até as Calanques de Marselha é com os passeios de barco que saem diariamente do Vieux Port (Porto Velho), em diferentes horários. Você pode escolher entre fazer a navegação que permite apreciar as formações rochosas ou então o tour com 30 minutos de parada de banho. Uma das empresas que oferecem a atividade é a Croisières Marseille Calanques. Os bilhetes podem ser comprados online ou no guichê da empresa no porto. Se viajar na alta temporada, reserve o passeio com antecedência, já que os barcos, apesar de grandes, costumam sair lotados.
Para desfrutar das belas paisagens, curtir as praias sem pressa e fazer atividades como caiaque ou snorkeling, a boa pedida é visitar o Parque Nacional Calanques por terra. É possível ir por conta própria, de carro ou ônibus, e fazer trilhas guiadas que passam por mirantes e rendem excelentes paradas de contemplação dos penhascos com o mar ao fundo. Essas são algumas opções de passeios pelas Calanques de Marselha:
- Trilha pelas Calanques de Col des Chèvres e Callelongue
- Trilha pelas Calanques de Saint-Jean de Dieu e Sugiton
- Trilha pela calanque de Sormiou
5. Curtir as praias de Marselha
Quando bater a vontade de entrar no mar, a boa pedida é aproveitar as praias urbanas de Marselha. Algumas das mais procuradas por veranistas são a Plage des Catalans, Plage du Prophète e a Plage du Prado. A primeira delas é bastante movimentada e fica mais perto do centro da cidade, a cerca de 20 minutos de caminhada desde o Porto Velho. As outras duas estão um pouco mais afastadas, mas conectadas ao centro da cidade com transporte público.
Para curtir essa região ao máximo, vale a pena alugar uma bicicleta e percorrer a famosa Corniche, estrada à beira-mar com mais de 5 quilômetros, com ciclovia e espaços para caminhadas no fim de tarde. Na Corniche também estão bons restaurantes de frutos do mar. Vale a pena escolher uma mesa com vista e curtir a relaxante atmosfera mediterrânica.
6. Visitar o MuCem e outros museus
O moderno prédio do MuCem (Museu das Civilizações Europeias e Mediterrâneas), localizado na entrada do porto antigo da cidade, por si só vale a visita. Inaugurado em 2013, quando Marselha foi a Capital Europeia da Cultura, a edificação projetada pelo arquiteto Rudy Ricciottie está ligada por uma passarela ao Forte Saint-Jean, construído no século 13.
Um passeio por esse ponto de encontro histórico-arquitetônico, repleto de terraços, jardins e mirantes com vistas incríveis da cidade, é completamente gratuito – e, na minha opinião, um dos melhores programas para se fazer em Marselha. O acesso se dá por três diferentes entradas: MuCem, Le Panier (em frente à Igreja Saint Laurent) e pela torre do Forte Saint-Jean, próxima à marina do Porto Velho.
Vale também ingressar no MuCem e aproveitar as exposições que convidam a um mergulho histórico e antropológico na trajetória das civilizações que já ocuparam e ainda ocupam as margens do Mar Mediterrâneo. A programação é constantemente renovada, e o valor da entrada é de 11 euros por pessoa ou 18 euros para família (dois adultos e até cinco crianças).
Ao lado do MuCem, outra edificação também chama atenção. É o Museu Cosquer Méditerranée, uma das mais curiosas atrações do destino. Em seu interior está a réplica fiel de uma caverna submarina, pré-histórica, descoberta no fim do século passado nas proximidades de Marselha. O mergulhador Henri Cosquer estava a 37 metros de profundidade quando encontrou, ao acaso, o acesso a uma gruta. Após atravessar um túnel de 175 metros, descobriu um local repleto de pinturas rupestres, que, mais tarde, pesquisas indicaram ter mais de 33 mil anos.
Os passos de Cosquer na descoberta da caverna podem ser revividos pelos visitantes em uma experiência interativa, que costuma agradar adultos e crianças. O passeio ocorre em carrinhos chamados de "módulos de observação". A entrada custa € 18 por adulto, € 11 para crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos, e € 6 para crianças entre 6 e 10 anos.
Fazem ainda parte da lista de museus em Marselha o Museu de Belas Artes (no Parque Longchamp), MAAOA (Museu de Arte Africana, Oceânica e Ameríndia), o MAC (Museu de Arte Contemporânea) e o Museu da História de Marselha, que reúne provas materiais das origens gregas da cidade, encontradas durante escavações arqueológicas.
7. Conhecer a Cité Radieuse (Le Corbusier)
Listada como Patrimônio Mundial pela Unesco, a chamada Cidade Radiante (Cité Radieuse) é uma das mais conhecidas obras do arquiteto suíço Le Corbusier, que teve profunda influência no planejamento urbano moderno de todo o mundo.
Construída entre 1947 e 1952, a também conhecida como Unidade de Habitação de Marselha é um edifício com 337 apartamentos. A obra reúne alguns dos principais conceitos arquitetônicos de Le Corbusier, como o uso de pilotis, que liberam espaço no andar térreo; um terraço preparado para a realização de atividades coletivas, e também a boa iluminação natural dos ambientes internos. A Cité Raudieuse é uma cidade-jardim vertical que estimulam a vila coletiva, o encontro de seus moradores. Dá inclusive para se sentir um local e hospedar num destes apartamentos! Veja aqui.
O órgão responsável pelo turismo em Marselha oferece passeios guiados diariamente, em francês e em inglês. Durante o tour no prédio, os visitantes podem conhecer não apenas as áreas-comuns, mas também um apartamento decorado. A atividade tem o custo de 10 euros por adulto e pode ser reservada antecipadamente aqui.
9. Provar as delícias da culinária local
Marselha é a capital da Provença, terra da lavanda, do azeite, do vinho rosé e, claro, tudo à beira do Mar Mediterrâneo. É de se imaginar, portanto, que não faltem aromas e sabores na gastronomia local. A exemplo disso está a famosa sopa de peixe Bouillabaisse, que surgiu como um prato de pescadores e hoje está nos cardápios dos restaurantes mais renomados da cidade. É servida com aïoli e croutons.
O aïoli, aliás, é um molho bastante local, que acompanha vários pratos, entre eles, peixes. Na mesma ideia, também é comum encontrar a anchoïade, uma pastinha feita de anchovas, azeite de oliva e alho que fica deliciosa sobre um pãozinho.
Em uma visita a Marselha também não podem faltar boas taças de vinhos rosé e pelo menos uma provinha o famoso pastis, uma bebida de anis, servida em pequenas doses, como digestivo, em praticamente todos os restaurantes. Para adoçar a vida, prove o calisson, quitute feito de amêndoas e frutas cristalizadas com uma crostinha de açúcar no topo.
A gastronomia em Marselha, uma cidade portuária, porta de entrada de imigrantes ao longo dos anos, torna-se ainda mais rica com influências árabes e africanas. Não deixe de se deliciar nos restaurantes tunisianos, turcos, italianos, entre outros.
8. Fazer bate-volta para destinos próximos
Considero serem necessários pelo menos dois dias inteiros para conhecer os principais pontos turísticos de Marselha e captar um pouco da atmosfera da cidade. Para aproveitar as praias, três dias. Viajantes que pretendem ficar mais tempo na região podem ainda incluir no itinerário destinos próximos da Provença e também montar um belo roteiro pela Riviera Francesa.
Cassis é uma bela cidade costeira, localizada a cerca de 32 km de Marselha. Seu centrinho bem preservado, colorido, com ruelas estreitas e muitas lojas agradam os visitantes. E não faltam também belos cenários junto ao Mediterrâneo, com as falésias de calcário dando um toque especial à paisagem. Um bate-volta a Cassis fica ainda mais delicioso com um banho de mar e um almoço com frutos do mar fresquíssimos e, claro, o vinho produzido ali mesmo.
Outros importantes destinos da Provença são as cidades de Aix-en-Provence e Avignon, que serve como base para visitar o vilarejo Châteauneuf du Pape, produtor de um dos mais célebres vinhos do mundo, que leva o mesmo nome. Entre junho e setembro é possível ainda visitar os famosos e cheirosos campos de lavanda da região.
Se a ideia não for alugar carro, vale a pena conferir alguns dos passeios bate-volta saindo de Marselha:
- Tour panorâmico por Aix-en-Provence e Cassis
- Pont du Gard, Les Baux, Avignon e Châteauneuf du Pape
- Excursão aos campos de lavanda por Valensole
- Tour da lavanda por Sault
Seguindo pelo litoral sul da França, uma viagem completa pela região conhecida como Provence-Alpes-Côte d’Azur passa pela badalada Saint-Tropez. Por lá não faltam embarcações riquíssimas, festas nos beach clubs, lojas e marcas luxuosas e toda a ostentação que dá fama ao destino. Antibes tem um vilarejo charmoso, praias de águas claras e o Museu Picasso, em homenagem ao artista espanhol que viveu ali por um período. Cannes é famosa pelo festival de cinema, mas não só. Tem belas praias e um charmoso vilarejo no topo da cidade.
Ainda em direção à fronteira com a Itália, Nice é uma cidade grande, repletas de museus, belas praias, bons restaurantes e toda a infraestrutura que a torna uma ótima base para explorar outros destinos da Côte d’Azur, como a graciosa vila de Èze, Mônaco e Monte Carlo.
Veja a seguir alguns dos principais bate-volta saindo de Nice. Eles são uma ótima forma de conhecer mais da Riviera Francesa:
Quando ir a Marselha
Marselha é um destino que pode ser visitado em qualquer época do ano, já que conta com diversas atrações que independem do clima. Para aproveitar ao máximo a região, no entanto, a melhor época para viajar para a Marselha é entre o fim da primavera e o início do outono, meses mais quentes do ano, quando as altas temperaturas convidam a um delicioso banho de mar.
Além das praias que ficam no perímetro da cidade, uma boa pedida no verão europeu é fazer um passeio de barco ou percorrer as trilhas do Parque Nacional das Calanques, um cenário de montanhas costeiras e enseadas de águas cristalinas, em tons que vão do azul ao verde.
Informações retiradas do site Climate.data-org, onde você também pode conferir a previsão do tempo em Marselha.
Dicas para uma viagem a Marselha
- Documentação: brasileiros que viajam a turismo para a França por até 90 dias não necessitam de visto, apenas do passaporte válido até a saída do país com uma página em branco. Nenhuma vacina é obrigatória para entrar no país.
- Seguro Viagem: o seguro viagem é obrigatório para viajar para a França. Sempre que viajamos para fora do Brasil, procuramos fazê-lo, mesmo que o país não exija o seguro. Caso haja uma emergência médica, ou seja necessária assistência, o seguro pode cobrir os custos. Faça a cotação do seu seguro viagem com desconto usando o código MELHORESDESTINOS.
- Aluguel de carro: se estiver pensando em alugar um carro para curtir o litoral sul da França, faça a sua reserva com 5% de desconto utilizando o cupom MDGUIA5. A oferta é válida para os nossos leitores que viajam para qualquer destino, seja no Brasil ou no exterior.
- Internet no celular: para facilitar sua estadia, compre um chip virtual para utilizar a internet em seu celular. Aqui no Melhores Destinos sempre escolhemos os planos disponíveis no aplicativo Airalo. E tem desconto! Na tela de pagamento, basta aplicar o código MELHORESDESTINOS15.
- Como levar dinheiro: para pagar os nossos gastos nessa viagem, utilizei o cartão da Nomad, que é um banco digital internacional. Basta inserir dólares na conta por meio de um PIX no Brasil e utilizar o cartão para fazer saques em euros ou efetuar os pagamentos em débito internacional utilizando o cartão. Se você ainda não é cliente, baixe o app Nomad, utilize o cupom MDGUIA no código de convidado e receba um bônus de até 20 dólares.
Boa viagem!