Melhores Destinos
Monique Renne Repórter fotográfica. Com um mundo inteiro a ser descoberto.

Cachoeiras dos Dragões

O clima tranquilo que cerca a região onde estão as Cachoeiras dos Dragões tem explicação: as quedas d’água estão localizadas dentro de uma propriedade onde funciona o Mosteiro Zen Eisho-Ji. Ainda na cancela de entrada, é possível ver que se trata de um reduto cercado de paz, onde até silêncio é pedido aos turistas para que seja preservada a meditação dos monges. Distante 40 km de Pirenópolis, o conjunto de oito cachoeiras agrada a quem busca lugares mais conectados à natureza e também com menos gente. O acesso um pouco mais difícil e a trilha mais longa fazem com que as Cachoeiras dos Dragões dificilmente fiquem cheias. E como há limite de visitantes por dia, o risco é zero de superlotação.

O percurso total, que liga as oito quedas d’água, tem 4,3 km de extensão (ida e volta). Não é uma trilha com alto grau de dificuldade, mas exige disposição e um calçado adequado. Deixe o chinelo no carro e prefira o uso de botas ou tênis. Há grandes desníveis no percurso, caminhos de pedras, passagens por troncos e uma subida íngreme que é capaz de tirar o fôlego até dos mais preparados. Para conhecer as oito cachoeiras, o tempo médio do passeio é entre 2h30 e 4h, sempre com paradas para fotos e banhos. 

O passeio começa com três cachoeiras bem próximas, todas com água transparente e lindo visual. As duas melhores para banho nesse percurso são a Portão do Dragão (primeira) e a Pérola do Dragão (terceira), que contam com lindo poço translúcido para nadar. A segunda cachoeira, Dragão Azul, é mais para apreciar o visual. A cada cachoeira, as placas indicativas explicam os motivos dos nomes, sempre ligados aos ensinamentos do Zen Budismo.

Na sequência da trilha, há uma bifurcação que leva a dois caminhos. O primeiro segue para as cachoeiras Dragão Verdadeiro (quinta) e Dragão Voador (sexta). A Cachoeira Dragão Verdadeiro tem um longo paredão de pedra e queda d’água bem fina, mas com grande poço para banho. Já a Dragão Voador, com lindo poço, se destaca por ser a mais alta do circuito, com 55 metros de altura e queda d’água em forma de escada com baixo fluxo. O caminho para as duas é bem tranquilo e sem subidas. A segunda rota da bifurcação leva à Cachoeira Dragão do Céu (sétima) e à Cachoeira Rei dos Dragões (oitava). Para chegar às duas, será necessário encarar uma boa subida. O trajeto é em forma de escada de pedras e conta com a ajuda de corrimão. Não é uma subida fácil, mas nada que algumas paradinhas para tomar fôlego não ajudem. A Cachoeira Dragão do Céu está localizada no topo da Dragão Voador. É dela que corre a água que alimenta a cachoeira mais alta do roteiro. O passeio termina com a Cachoeira Rei dos Dragões, onde há um delicioso ofurô natural para banho, com direito a vista para as montanhas. Um espetáculo!

Como a trilha das Cachoeiras dos Dragões é mais longa, o ideal é levar bebida e comida. Não há lugares para compra de produtos ao longo da trilha, mas na recepção há alguns itens simples disponíveis, como bebidas, petiscos saudáveis e barras de cereais. Não é permitida a entrada de bebidas alcoólicas e nem garrafas de vidro.

O acesso às Cachoeiras dos Dragões, a partir do centro de Pirenópolis, é pela GO-338, com desvio à direita na placa que sinaliza a entrada da estrada de terra que leva até a sede, onde há amplo estacionamento. O trajeto total tem 40 km. Antes de visitar a cachoeira, entre em contato com a propriedade (cachoeirasdosdragoes@gmail.com), quando a estrada está muito ruim, o acesso para carros baixos e sem tração é bem difícil. 

Valor da entrada: R$ 45 por pessoa. Aceita cartão de crédito.

Dica: Aproveite o passeio e vá também à Cachoeira do Rosário e à Cachoeira Paraíso, ambas na mesma estrada de terra.


Confira os 5 hotéis mais reservados por nossos leitores em Pirenópolis

Cachoeiras dos Dragões

Acesso à estrada de terra pela GO-338
Pirenópolis
http://cachoeirasdosdragoes.blogspot.com/