Fontana di Trevi

A Fontana di Trevi, fonte mais visitada da Itália e queridinha de todos os viajantes em Roma, é uma parada obrigatória na cidade! Pano de fundo das milhões de fotos dos turistas que passam por ali para jogar uma moeda, esse monumento espetacular realmente vale o passeio e é tão belo ao vivo quanto se imagina!

Sempre presente nas fotografias dos turistas, nos cenários de filmes, séries e no sonho dos visitantes, a Fontana di Trevi, que é simplesmente uma fonte, é um dos símbolos do apreço dos italianos pelas formas, pela beleza e perfeição. Com cerca de 26 metros de altura por 20 de largura, é uma das principais representações do barroco italiano.

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As esculturas da Fontana di Trevi

Com as várias idealizações dos diferentes artistas que trabalharam na construção da fonte, muitos elementos foram alterados até sua forma final. Por isso, há muita confusão sobre o que as esculturas ali realmente representam.

Ao contrário do que dizem, ao centro da fonte está Oceanus, divindade do mar, e não Netuno (que sempre é representado com um tridente na mão). Abaixo dele, estão tritões sobre cavalos-marinhos, que representam as forças dos mares. À esquerda de Oceanus, está Abundância e, à direita, a Saúde.

Acima das três esculturas principais, estão retratadas a História de Agripa — à esquerda —, general que ordenou a construção do aqueduto Aqua Virgo e, à direita, a lenda da virgem que mostrou a fonte de água aos soldados romanos.

Já no topo da Fontana di Trevi, estão as quatro estátuas que representam as abundâncias que a água pode trazer, retratadas através das frutas, do trigo, da colheita de outono — com uvas e vinho — e a abundância das flores.

A história da Fontana di Trevi, atração imperdível em Roma 

Apesar da sua inauguração oficial em 1762, a história da Fontana di Trevi se inicia séculos antes disso e sua construção como a conhecemos hoje é o símbolo de toda a abundância que a água pode trazer para a vida — e trouxe para o povo romano.

Como narra uma antiga lenda, em 19 a.C, um grupo de soldados romanos há dias sem ter água para beber, encontrou-se com uma jovem moça que, compadecida pela sede dos soldados, levou-os até uma nascente de água — que no futuro abasteceria o aqueduto nomeado Aqua Virgo em sua homenagem.

Após a invasão e destruição de quase todos os aquedutos de Roma pelos godos, o Aqua Virgo foi, por muitos anos, a única fonte de água potável na cidade — e é o único aqueduto da Roma Antiga ativo até os dias atuais. A fim de celebrar toda a saúde que o aqueduto levou ao povo romano e como uma tendência da Renascença, em 1453, o Papa Nicolau V ordenou a construção de um pequeno receptáculo ao final do curso do aqueduto, no trevo onde se encontravam as vias De Crocicchi, Via Poli e Via Delle Muratte — de onde se traduz o nome "Fonte das Três Vias".

Em 1629, encantado pelo trabalho de Gian Lorenzo Bernini, o Papa Urbano VIII contratou o artista para fazer da pequena fonte uma obra digna da sua importância. Infelizmente, por gastos excessivos do papa, a obra precisou ser paralisada por falta de recursos e as únicas partes desenhadas pelo artista são as bacias da fonte, que simulam formas da natureza.

Foi apenas em 1730, mais de um século após o início da revitalização da fonte, que, a pedido do Papa Clement XII, foi organizado um concurso para escolher um desenho que desse continuação à obra. O artista escolhido, Nicola Salvi, morreu antes de a fonte ter sido terminada, e o projeto final da Fontana di Trevi foi passado por diversos artistas e arquitetos, até sua conclusão, feita por Pannini.

Mito das moedas na Fontana di Trevi

Apesar de ser um mito antigo, foi em 1954, com o filme "A Fonte dos Desejos", que o hábito de jogar moedas na Fontana di Trevi ganhou uma superpopularidade e de lá pra cá a história só ficou mais elaborada. O filme narra a história de três jovens que viajam a Roma e, à beira da Fontana di Trevi, decidem jogar moedas na água para fazer pedidos, que são realizados logo em seguida.

Atualmente, a superstição é que se você jogar uma moeda com a mão direita sobre seu ombro esquerdo, um dia voltará a Roma. Se você jogar duas moedas da mesma forma, se apaixonará por uma pessoa italiana na sua viagem, e se jogar três moedas, se casará com essa pessoa.

O costume se popularizou tanto que estima-se que são jogados na fonte aproximadamente 3 mil euros todos os dias — mas não se preocupe! Todo o dinheiro recolhido na Fontana di Trevi vai para a Caritas, uma organização sem fins lucrativos, e é utilizado para iniciativas de acolhimento dos mais necessitados.

Vicus Caprarius — A Cidade da Água e sítio arqueológico subterrâneo

A poucos metros da multidão em torno da Fontana di Trevi, está a Città dell'Acqua, onde é possível conhecer o complexo arqueológico Vicus Caprarius, um incrível vestígio da engenharia romana para o abastecimento de água da cidade.

Descoberto entre 1999 e 2001, o local fica a 7 metros de profundidade e, além do sistema da cisterna abastecida pelo aqueduto Aqua Virgo, a área também foi usada como um bairro subterrâneo, com partes residenciais e comerciais.

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Na hora de visitar a Fontana di Trevi…

Prepare-se para a grande quantidade de turistas que cercam o monumento! Uma dica para os que desejam evitar a multidão é visitar o local bem cedo — assim que o sol raiar — ou tarde da noite, mas, via de regra, você sempre encontrará muitos turistas ao redor da belíssima fonte!

 Ah, e attenzione pickpocket! Muito cuidado com mochilas, carteiras e outros pertences de valor, pois a área costuma ser alvo dos batedores de carteira. A Fontana di Trevi fica próxima a Via del Corso e é possível chegar até lá de metrô, pela linha A (vermelha), saltando na parada Barbieri. O local é público, completamente gratuito e está sempre "aberto", pois fica ao ar livre.

Pelas redondezas da Fontana di Trevi estão outros pontos turísticos muito famosos de Roma, então, ao planejar seu passeio, você pode incluir uma parada na Piazza di Spagna, na Piazza Barberini, na Piazza Navona e até no Pantheon de Roma!

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