Pirâmides do Egito

Principal símbolo do Antigo Egito, as Pirâmides do Egito estão entre os pontos turísticos mais visitados do mundo, com mais de 14 milhões de visitantes por ano. A maior e mais icônica é a de Quéops, com 138 metros de altura, que foi o prédio mais alto do mundo por mais de 3,8 mil anos. Ela que é uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, a única da lista que segue intacta. 

Neste post, a gente te explica tudo sobre a atração: onde fica, como é visita, preço, restaurante, e também traz contexto e curiosidades históricas. Mas não prometo milagre também, para entender exatamente o que são, você vai ter que ir até lá para ver com os próprios olhos. Pelo menos uma vez na vida. 

Os passeios nas Pirâmides mais reservados:

• Free tour pelas pirâmides de Gizé e pela Esfinge
  
• Excursão às Pirâmides de Gizé, Mênfis e Saqqara
• Jantar e espetáculo noturno nas pirâmides de Gizé
  
• Excursão ao Cairo e às pirâmides de Gizé
  
• Pacote de oito dias pelo Egito com tudo incluído

Pirâmides do Egito: o que você precisa saber

Existem mais de 110 pirâmides no Egito, mas quando alguém se refere às pirâmides, subentende-se que está falando desse trio: a Grande Pirâmide de Quéops, a Pirâmide de Quéfren e a Pirâmide de Miquerinos. Elas ficam em um planalto da cidade de Giza, vizinha do Cairo. 

Cada uma leva o nome do faraó que sepultou — pirâmides eram gigantescos túmulos reais, e esse formato servia para facilitar a ascensão do faraó morto aos céus. Os três eram avô, pai e filho, respectivamente, que reinaram na 4ª dinastia (de 2575 a.c. a 2465 a.C.). 

Mais de 20 mil pessoas trabalharam na sua construção. Por anos, acreditou-se que eram escravos, teve gente que falou até em alienígenas. Uma das teorias mais aceitas hoje é de que eram trabalhadores agrícolas sazonais, que atuavam em uma obra pública, como essa, nos meses de cheia do Rio Nilo.  

No lugar, também foram construídas pirâmides menores para as rainhas, um templo para a mumidificação do corpo do faraó, e outras tumbas e mastabas — o sítio arqueológico também é chamado de Necrópole de Giza. E por dentro, as Pirâmides do Egito ainda guardam mistérios: pesquisadores seguem investigando, agora, com tecnologias de escaneamento. 

As Pirâmides de Giza podem ser vistas de vários pontos da cidade e mesmo do Cairo, a área urbana acabou cercando o sítio arqueológico. Mas para chegar perto e mesmo para entrar nas pirâmides é necessário pagar ingresso, é como um parque. A Esfinge de Gizé fica no mesmo sítio arqueológico, a apenas 500 metros das pirâmides.

Onde ficam as Pirâmides do Egito

As Pirâmides do Egito se localizam na região metropolitana do Cairo, a capital. Ficam mais especificamente na cidade de Gizé, também chamada de Guizé ou Giza. É a cidade ao Oeste do Rio Nilo, a terceira maior de todo o Egito. Dá 15km do centro do Cairo, que, sem muito trânsito, são percorridos em aproximadamente meia hora. 

Como foi nossa visita às Pirâmides de Gizé

A gente chegou antes das 8h na bilheteria das Pirâmides de Gizé, o que é ótimo para evitar o pico do calor, ainda mais no mês de maio. Também demos sorte que não foi um dia de muito movimento, porque essa hora já era para estar uma muvuca por lá.  

O nosso ingresso custava 700 libras egípcias, o equivalente a uns 80 reais em 2025, e dava acesso à área exterior das pirâmides e a Esfinge. Mas não precisamos sacar a carteira porque já estava incluso no nosso pacote de oito dias. Importante destacar que para entrar nas pirâmides, é necessário pagar mais. 

É obrigatório passar por um raio-x na entrada, que é uma medida para coibir atentados. Não é permitido entrar com câmeras fotográficas profissionais. Ninguém pode transitar no complexo das Pirâmides com veículo próprio, a gente usa ônibus e micro-ônibus do parque mesmo, que passam o dia circulando pelos pontos de interesse. 

Dica de utilidade pública: não entre no parque apertado, porque banheiro é uma raridade lá dentro. Segundo nosso guia, tem na entrada e depois apenas lá na área da Esfinge. Imagino que tenha também no King Khufu Center, que é um centro de visitantes com restaurante a uns 800 metros das pirâmides. 

Nossa primeira parada foi nesse mirante, onde tem um posto de polícia turística. De lá, dá para ter a primeira vista das três pirâmides alinhadas. Tinha essa névoa, que atribuía uns tons fantasmagóricos a elas. Pelas 10h, quando fomos embora, a visibilidade já estava um pouco melhor e dava para enxergar o Cairo em segundo plano.

Dica: para tirar foto nesse e nos outros pontos, saia da parte calçada e pise na areia mesmo. É uma coisa simples, mas faz toda diferença na atmosfera da foto.

Então entramos um dos ônibus do parque para chegar ao pé da primeira pirâmide, de Miquerinos. 

Pirâmide de Miquerinos

Com 62 metros de altura, a Pirâmide de Miquerinos é a menor e a caçula das Pirâmides de Gizé. Foi construída por volta de 2510 a.C pelo faraó Miquerinos, filho de Quéfren e neto de Quéops. Um dos seus diferenciais é que parte do revestimento foi feito com granito rosa, trazido de Assuã, a mais de 800 quilômetros. Acredita-se que Miquerinos não reinou tantos anos quanto os antecessores, e por isso ela ficou inacabada. 

A gente entrou nessa pirâmide para acessar a câmara mortuária, custava 280 libras egípcias, cerca de 33 reais. Primeiro subimos uma escada de madeira até a porta da pirâmides, e a partir daí descemos curvados uma rampa muito mais extensa — no dia seguinte, as pernas até doeram hehe. Então caminhamos abaixados por mais um corredor até chegar na câmara mortuária, muito mais alta. O teto de granito é arredondado, formando uma espécie de abóboda. É abafado lá dentro, estava mais quente do que do lado de fora. 

Eu gostei da experiência, mas preciso alertá-lo para ir não ir com grande expectativa, porque basicamente não tem nada lá dentro, nem mesmo hieróglifos, desenhos nas paredes ou sarcófago. O sarcófago de pedra negra foi descoberto em 1837 e seria levado no ano seguinte para Londres, mais especificamente para o Museu Britânico, que tem um tantão de preciosidades egípcias roubadas, não é verdade? Mas o navio onde estava sendo transportado naufragou e segue desaparecido no fundo do Mar Mediterrâneo.  

Veja como é dentro das Pirâmides do Egito:

Ao lado da Miquerinos, tem gente oferecendo passeios de camelos, que duram em torno de meia hora. Eles avançam um pouquinho em direção ao deserto, parando para a foto perfeita, que inclui no plano as pirâmides e mais três pirâmides pequeninas que ficam atrás da de Miquerinos. Eu queria muito ter feito, mas meu grupo decidiu seguir o passeio sem essa experiência. Se você tiver a intenção de fazer, sugiro que evite usar saia nesse dia. Custava em torno de 20 dólares, pague em dinheiro em espécie. 

Cuide para não cair em golpes nessa hora. Combine o preço antes, com clareza sobre a moeda. Ouvi relatos de gente que pagou um preço para subir no camelo e o dono queria mais dinheiro para descer. 

Pirâmide de Quéfren

Depois, seguimos de ônibus por um ou dois minutos até chegar em uma rótula entre as pirâmides de Quéfren e de Quéops. Essa imagem aqui a Globo não mostra. Tem uma rua asfaltada entre as duas pirâmides, e a gente desembarca praticamente no pé delas. 

Quéfren aparenta ser mais alta do que a Grande Pirâmide de Queóps porque está em uma planície com mais altitude. Pode não ser maior, mas eu acho até mais bonita que a vizinha ilustre, por causa do topo em relevo. Curiosidade: as três pirâmides já foram cobertas com calcário branco polido, que refletia os raios do sol. Mas essas ripas caíram ou foram retiradas pra outras coisas. O topo da Pirâmide de Quéfren é o único lugar que ainda dá para ver um pouco da cobertura original.

Também é possível entrar na Pirâmide de Quéfren, pagando um ingresso adicional. Como o interior das pirâmides é muito parecido e nosso tempo era curto, a gente acabou entrando só na primeira. Ela tem duas entradas que levam à mesma câmara funerária. No lado oeste da câmara, há um sarcófago destampado, descoberto em 1818 por um arqueólogo italiano.  

Tinha uma galera subindo nas primeiras camadas de pedra dessa pirâmide, mas atente de que isso é proibido. Escalar as pirâmides pode resultar em várias penalidades, incluindo multas, detenção e até deportação, dependendo da gravidade da infração.

Pirâmide de Quéops

Por último e mais importante, cheguei ao pé da Pirâmide de Quéops, conhecida como a Grande Pirâmide, a maior e única das sete maravilhas do mundo antigo que segue intacta. Ou melhor, quase intacta. A altura original era de 146,6 metros, mas hoje mede 137 metros, devido à remoção do revestimento externo e danos ao longo dos séculos. 

Ela demorou cerca de 20 anos para ficar pronta, concluída por volta do ano 2560 a.C. Foram usados mais de 2 milhões de blocos de pedra na sua estrutura, cada um pesando toneladas, consegue mensurar isso? E a obra foi alinhada com os pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste. 

A Grande Pirâmide possui três câmaras funerárias de granito em seu interior (Câmara da Rainha, a Câmara do Rei e a Câmara Subterrânea), que podem ser acessadas pelo chamado “Túnel dos Ladrões”. Na visita, dá para chegar à Câmara do Rei e ver o sarcófago do antigo faraó, embora agora esteja vazio. Mas esse ingresso pode custar até cinco vezes o valor das pirâmides menores. 

Uma curiosidade: embora tenha feito a maior pirâmide de todas, que foi a maior construção do mundo por 3,8 mil anos, a única estátua que se encontrou de Quéops tem apenas 7 centímetros de altura. Você pode encontrá-la no Museu Egípcio, o "museu antigo", no Cairo, veja neste link. 

Grande Esfinge

Nossa última parada foi na Esfinge do Egito — nesse link, rola de acessar a matéria completa. O acesso se dá pelo chamado Templo do Vale, que leva esse nome porque foi construído no vale do Rio Nilo. Hoje o leito do rio fica a 8km dali, mas, há 4 mil anos, tinha um braço do rio que passava ali. Havia uma espécie de porto ali.

A construção já não tem mais teto, apenas colunas e paredes de calcário. Este templo foi construído para a purificação da múmia do rei antes do seu enterro e para o processo de mumificação do rei. 

Para chegar na Esfinge, subimos a rampa pela qual o sarcófago do rei era puxado após a mumificação. Então a gente chega em um extenso mirante a menos de 20 metros da Grande Esfinge. 

Ela é a maior estátua esculpida em um único bloco de pedra no mundo, com 73 metros de comprimento e 20 de altura. O corpo de leão está relacionado à ideia de proteção, e a cabeça humana representa a sabedoria do faraó. E a função era justamente ser a guardiã das pirâmides e seus túmulos reais, veja que místico. 

A Esfinge ficou enterrada na areia até os ombros até o início do século 18. Você deve logo reparar que o nariz sumiu, e até isso é motivo de mistério. Segundo o nosso guia, soldados de Napoleão Bonaparte praticavam tiro no nariz no começo do século 19. Mas pesquisadores defendem que o nariz foi forçado para baixo com cinzéis ou ferramentas parecidas, provavelmente entre os séculos 3 e 10. 

Não deixe de caminhar ao longo do mirante e mesmo de subir em um degrau que há ali ao lado para conseguir diferentes ângulos para foto. O retrato "beijando" a boca da estátua é um dos clássicos. 

Está cheio de banquinhas de souvenir perto da Esfinge e também vendedores ambulantes perto da Pirâmide de Miquerinos, mas não se esqueça de pechinchar (muito) para conseguir um bom preço. Ou vá até o Mercado Khan El Khalili, no Cairo, é o melhor lugar para comprar lembrancinhas, tem muita coisa. 

Restaurante ao lado das Pirâmides

Para tornar sua visita às Pirâmides ainda mais especial, considere almoçar no restaurante Khufus, que é tido como um dos melhores restaurantes do Egito. Ele serve gastronomia egípcia com uma pegada mais contemporânea e tem vista lindíssima para as gigantescas tumbas reais, fica a apenas 500 metros da Miquerinos. Não é muito barato, mas é muito elogiado. Abre das 9h às 16h e é melhor fazer reserva. 

Fora do sítio arqueológico, também tem algumas opções de restaurantes e bares com vista para as pirâmides, que não demandam compra de ingresso para frequentar. Um com uma vista privilegiada e boas avaliações é o Rooftop 7000. Ouvi falar que tem um bom sushi, mas não serve bebida alcoólica. 

Hotel perto das Pirâmides do Egito

Seguem algumas sugestões de hotéis bem avaliados na cidade de Giza, próximos às pirâmides. 

A gente se hospedou tanto no Hyatt Regency West Cairo quanto no Hyatt Centric, em ambos teve uma experiência irretocável. Muito conforto e bom gosto, cama e chuveiros excelentes, piscinas convidativas. Ah, e um dos melhores cafés da manhã que provei em muito tempo, saudades. 

Perguntas frequentes

Quais são os nomes das Pirâmides do Egito?

Pirâmide de Quéops, conhecida como "a Grande Pirâmide", Pirâmide de Quéfren e Pirâmide de Miquerinos.

Quem construiu as pirâmides do Egito?

Cada uma leva o nome do faraó que a encomendou, então Queóps, seu filho Quéfren e seu neto Miquerinos. Mais de 20 mil pessoas trabalharam na sua construção. Por anos, acreditava-se que eram escravos, mas uma das teorias mais aceitas hoje é de que eram trabalhadores agrícolas sazonais, que trabalhavam em uma obra pública nos meses de cheia do Rio Nilo.  

Como é dentro das Pirâmides do Egito?

Há corredores apertados que levam à câmaras mortuárias. Mas diferente de templos espalhados pelo Egito, não tem inscrições ou desenhos nas paredes, nem nenhum tipo de tesouro guardado. Ah, é quente hehe. O ingresso é pago à parte, além da entrada no sítio arqueológico. 

Qual é a altura das Pirâmides do Egito?

A Grande Pirâmide de Queóps 138 metros de altura, a pirâmide de Quéfren tem 136 metros e a de Miquerinos tem 62 metros.

Quantos anos têm as Pirâmides do Egito?

Elas foram construídas entre 2600 e 2500 a.C. São, portanto, estruturas com cerca de 4.500 anos. A construção das pirâmides ocorreu durante a Quarta Dinastia do Antigo Egito.

Quanto tempo leva para visitar as Pirâmides do Egito? 

A gente ficou duas horas e meia nas Pirâmides de Gizé, mas eu admito que queria ter tido mais tempo, pelo menos umas quatro horas. Se for entrar nelas, acrescente 30 minutos para explorar o interior de cada pirâmide.

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