Transportes em Perth
Perth é uma cidade nova, “espalhada”, e com um bom planejamento urbano. O transporte público da cidade funciona muito bem e é composto por trens e ônibus. No centro da cidade é possível fazer muita coisa caminhando, mas as bicicletas também são muito utilizadas por quem vive na cidade e há várias ciclovias por lá. Alugar um carro pode ser uma boa opção para quem viaja em grupo e principalmente para quem não pretende se prender apenas ao centro da cidade.
Para circular pela cidade, é de grande valia a ajuda do smartphone. Colocando seu trajeto no Google Maps, por exemplo, fica bem facinho saber exatamente o que deve ser feito para chegar ao local desejado, o tempo a ser gasto, as linhas que podem ser tomadas e os horários dos transportes.
A pé
Caminhar é a melhor alternativa para conhecer Perth (assim chamam o centro da cidade) e Northbridge, duas regiões da área central. O centro da cidade é relativamente pequeno e caminhando é possível ver bastante coisa. Note que próximo das faixas de pedestres há postes com um botão, que você deve pressionar quando houver a intenção de atravessar a rua.
No centro também há 4 linhas de ônibus gratuitas, os CAT, e dentro de uma determinada área eles são completamente gratuitos. Caso não queira caminhar ou considere que o local que você deseja ir está longe, procure pelos pontos do CAT, que são ônibus que têm o desenho de um gato preto.
Transporte público
O transporte público de Perth, o TransPerth, é composto pelos trens e pelos ônibus. Eles são modernos e todos possuem um horário fixo para passar na estação ou na parada de ônibus. O trem costuma ser a opção mais rápida para chegar a um local, mas como há apenas algumas linhas, é natural que numa mesma jornada seja feita a integração entre ônibus + trem, ou vice-versa.
O Transperth funciona com tickets de papel ou com um cartão pré-pago recarregável, o SmartRider, que custa $10. O preço das passagens varia de acordo com a distância a ser percorrida; quanto mais zonas (áreas) sua viagem alcançar, mais cara será a viagem. A partir da compra da passagem, você tem até duas horas para utilizar ou permanecer utilizando o transporte público; depois dessas duas horas será necessário comprar uma nova passagem. Com a passagem comprada, você pode utilizar ônibus ou trem (ou os dois juntos), desde que seja no seu período de validade.
Caso utilize o ticket de papel, você deverá inserir na máquina de autoatendimento o seu destino final ou dizer ao cobrador do ônibus seu destino, e assim lhe será dito qual será o valor da passagem. Nesse caso, não jogue fora o seu ticket logo após o uso da passagem, pois ele poderá ser pedido na saída das estações de trem. Como o custo da passagem varia de acordo com a distância, o uso do cartão pré-pago acaba sendo mais prático para quem utiliza o transporte público com frequência, porque dessa maneira você não precisa, no início da viagem, dizer para onde vai. Com o cartão em mãos, você deve tocá-lo em um sensor na entrada e saída do transporte e dessa maneira o valor da passagem é automaticamente debitado de seu crédito.
Os ônibus da cidade são modernos, com estofado novo e ar condicionado. Todos têm área para deficientes físicos e ficam a uma curta distância das calçadas para facilitar àqueles que têm locomoção restrita. Os já comentados CAT circulam na área central da cidade e são gratuitos. No Brasil, em um mesmo ponto de ônibus passam diversas linhas diferentes; mas na Austrália o modo de funcionamento é um pouquinho diferente-por lá, os ônibus têm pontos específicos para parar e é necessário sempre olhar uma plaquinha indicativa que diz quais as linhas de ônibus param naquele ponto. Em uma mesma rua, por exemplo, podem haver quatro ou cinco pontos de ônibus um ao lado do outro, mas o ônibus pelo qual você espera para em apenas um deles, assim, você deve usar as placas para saber onde ele faz sua parada.
Os trens são igualmente modernos, espaçosos e costumam estar limpos. No horário de pico (chegada e saída do trabalho) e nas manhãs do fim de semana, é muito normal que o transporte esteja cheio, principalmente quando está acontecendo algum festival na cidade.
Dica importante: Estão disponíveis nas máquinas de autoatendimento um tipo de ticket de papel chamado DayRider, que permite circular pela cidade um dia inteiro, pagando um valor fixo. Esse tipo de ticket é ótimo para quem usará bastante o transporte público. Ele representa uma boa economia para quem fará algumas viagens de trem ou ônibus no mesmo dia, principalmente se forem para pontos distantes um do outro, em que as passagens são mais caras.
Outro tipo de ticket excelente que pode gerar uma economia considerável é o Family Rider, que permite a um grupo de até 7 pessoas circular pela cidade durante um dia inteiro. O Family Rider tem algumas regrinhas de horário (aqui você pode vê-las) e é uma super opção para os fins de semana! Se você está em grupo e quer economizar ao utilizar o transporte público, essa é a melhor alternativa.
Carro
Em cidades onde o transporte público funciona bem, muita gente ignora a possibilidade de alugar um carro. Na prática, essa ideia funciona em parte com Perth. Um carro não será tão útil para quem se hospeda no centro e tem praticamente tudo a fácil alcance. O centro da cidade é onde quase tudo acontece, e se você passará a maior parte do tempo rodando por lá, um carro pode acabar não tendo tanta serventia. Mas se você se hospedar em um local afastado do centro, estiver em grupo, ou planejar visitar as praias de Perth, Fremantle ou alguns pontos turísticos mais afastados, talvez o carro faça um pouco de falta pela comodidade que oferece. É possível chegar com o transporte público a praticamente todo lugar turístico da cidade, mas ter um carro pode ser interessante pela rapidez que proporciona e flexibilidade de criar sua própria programação.
Uma ideia interessante é dividir a estadia em duas partes: em uma parte ficando nos locais mais centrais e usando o transporte público, outra parte dando atenção aos locais mais afastados e usando um carro alugado.
Caso queira dirigir, lembre-se de fazer a PID (Permissão Internacional para Dirigir) ainda no Brasil. Na Austrália utiliza-se a mão inglesa, e nos primeiros dias conduzindo a sensação é estranha, o que exige atenção redobrada.