Cinta Costera
A Cinta Costera é uma extensa via à beira-mar que liga a parte moderna e a parte antiga da Cidade do Panamá, com calçadão, ciclovia, lindo paisagismo e áreas de lazer. Construída há pouco mais de uma década, já virou um cartão-postal da cidade. A vista do skyline de edifícios modernos e do Oceano Pacífico é maravilhosa, e é um dos melhores lugares para praticar atividades ao ar livre.
Mas já vou alertando que só quem está munido com tênis de caminhada, protetor solar e espírito de atleta vai percorrer toda a Cinta Costeira: são 7km, divididos em seções 1 e 2 e seção 3, que é um rodoanel marítimo. Se a ideia é dar uma passeadinha só, o Monumento a Vasco Nunez de Balboa ou o Mirador del Pacifico são bons pontos de referência. Mas evite períodos de sol alto: eu fui perto do meio-dia e passei calor. De manhã cedo ou perto do entardecer é perfeito.
Cinta Costera 1 e 2
A Cinta Costera 1 emenda na Cinta Costera 2 ao longo da baía da Cidade do Panamá. Estendem-se da região de Punta Paitilla até o Mercado de Mariscos, totalizando uns 3km. São a região com mais verde e com mais equipamentos de lazer, como academias ao ar livre, playgrounds infantis, quiosques coloridos (que estavam fechados quando eu visitei), canchas de futebol, basquete, até cancha pública de padel tinha. É a parte mais agradável para passear e com mais atrações. Ah, tem barracas de aluguel de bicicleta por ali.
Esse trecho "continental" da Cinta também tem uma marina de iates, letreiros gigantes do Panamá para fotos, jardins, espelhos d'água, estátuas e miradores — mirantes, em português. Esse relógio de flores fica no Mirador del Pacifico. Eu vi vendedores ambulantes de raspados (raspadinhas de gelo), frutas e cachorro quente, e artesãs da comunidade Guna.
Mercado de Mariscos
O trecho 2 da Cinta termina no Mercado de Mariscos, junto à doca dos pescadores. Não espere nada muito limpo ou arrumadinho. Ali é oldschool: tem um pavilhão onde os locais compram e vendem peixes frescos e, logo ao lado, uma praça de alimentação com várias pequenas operações. Você encontra ceviche a partir de 2 dólares, em um copinho, ou pode levar até em galão, por 24 dólares. Os pratos saíam por volta de 12 dólares. É um espaço coberto, mas não tem ar-condicionado.
Ah, vale ficar de olho no celular e carteira no mercado, mesmo sentado nos restaurantes, pois a circulação de pessoas é grande. Outra coisa a observar é que os entornos não são muito aprazíveis para pedestres. Eu ignorei o caminho que o Google Maps indicou e passei por baixo de um viaduto meio hostil para ir a pé até a Cinta Costera.
Poin Panamá
A foto que usei para mostrar a Cinta Costera de cima, fiz numa atração turística chamada Poin Panamá. É uma espécie de parque de aventuras no topo do Edifício Sands, na Avenida Balboa, que tem mirante com chão de vidro, parede de escalada, balanço mecânico e "al borde" — uma atividade onde os visitantes são suspensos na bordinha do prédio. Tudo isso a 150 metros de altura, no 37° andar.
Todas essas atrações dão um friozinho na barriga, mas a mais desejada por ali é a tirolesa. Ela é curtinha, liga uma ponta a outra do edifício, que tem formaro de "L". Mas é a atividade mais alta do Poin, pois os aventureiros ainda sobem uma pequena torre. Tem bastante gente que desiste na hora.
Eu comprei apenas o acesso ao "skydeck", o mirante de vidro. Para quem curte altura é fichinha, mas tem gente que tem vertigem olhando o precipício debaixo dos pés e evita pisar fora das vigas de metal. Como não tinha fila, me deixaram ficar o tempo que eu quisesse.
As atrações têm pequenas variações no preço, mas custam em média 30 dólares (2025), com opções de pacotes. Se você só quiser subir para ver a vista, ou acompanhar alguém mais corajoso, vai ter que pagar ingresso também, era 10 dólares. Dá para comprar na hora mesmo, na bilheteria no térreo. Com chuva, as atividades são paralisadas.
Uma dica de ouro: se em vez do Poin você for no Cielo, um bar no mesmo rooftop, não vai pagar entrada nenhuma. Comidas e bebidas não são tão baratinhas, mas a vista é incrível.
Cinta Costera 3
O terceiro trecho da Cinta Costera deixa para trás a área urbana e o continente. Trata-se de um viaduto marinho de 2,5 km que circunda todo o Casco Viejo e culmina no bairro popular de El Chorrillo, no Parque María Carter Pantalones.
O impressionante é que mesmo nesse roadoanel há calçadão, ciclovia, bancos, lixeiras, bicicletários, palmeiras, arbustos floridos e alguns telhadinhos para proteger os visitantes do sol. Os carros passam perto, mas a gente não se sente desprotegido pois tem uma parede verde em crescimento.
Também tem uns mirantes diferentões, que eles chamam de “pratos turísticos”. São plataformas circulares sobre o mar, equipados com espreguiçadeiras, umas plantas para dar uma quebrada em tanto concreto e binóculos públicos, para ver de perto a cidade e sua muralha. A vista do Casco Viejo aqui é bem diferente, é outra perspectiva.
No final do rodoanel, considere conhecer o espaço Sabores de El Chorrillo, uma série de pequenos restaurantes gerenciados pelas mulheres do bairro que preparam pratos tradicionais. Estava no meu roteiro ir até lá comer o peixe frito e patacón (bananas-da-terra fritas) sentado em um terraço de frente para o mar, mas não deu tempo. Fica para a próxima viagem.
Ah, e vale fazer essa caminhada em momento de maré cheia, porque fica obviamente muito mais bonito com água. Caso contrário, fica com um lamaçal, com aparência meio suja até.
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