O que fazer na Cidade do Panamá
Se você deu um Goolgle em "o que fazer na Cidade do Panamá" prevendo encontrar apenas o famoso canal e umas lojas para comprar chapéus, vai se espantar. A capital panamenha é um lugar cheio de surpresas, tanto para quem faz o tipo cosmopolita, quanto para quem gosta de história e tradições.
É que mesmo com arranha-céus sendo levantados e ousados projetos de engenharia saindo do papel, a cidade ainda preserva suas raízes e resquícios da época em que foi fundada. Inclusive, a coisa que eu mais amei por lá foi caminhar sem rumo pelas ruas cercadas de casarões coloniais do Casco Viejo, descobrindo sua história, suas cores e sabores.
Mas antes de elencar algumas coisas para fazer na Cidade do Panamá, deixa a gente te ajudar a escolher o melhor hotel. Escolher bem a hospedagem fará toda a diferença na sua experiência panamenha.
Hospedagem na Cidade do Panamá - A seleção do Melhores Destinos
Se você ainda não sabe onde ficar, confira a nossa seleção com as melhores opções de hotéis para a sua viagem. As acomodações foram escolhidas priorizando qualidade, preço das diárias e localização. Todas com ótima relação custo-benefício. Também incluímos na lista as notas do Booking.com, que indicam a avaliação de hóspedes reais sobre a hospedagem.
O que fazer na Cidade do Panamá: dicas para todos os gostos
1. Conhecer o Canal do Panamá
Independentemente do tempo que você dispõe, você precisa ver de perto o motivo para o Panamá ser conhecido em todo Planeta. O Canal do Panamá é como se fosse uma ponte de água ligando os oceanos Atlântico e Pacífico, poupando os navios de precisarem dar toda a volta no continente. Já as eclusas são como elevadores gigantes, usados para subir ou descer navios entre trechos do canal que têm níveis de água diferentes.
A forma mais popular de conhecer o canal é no centro de visitantes das eclusas de Miraflores, a 10km do centro da cidade. As pessoas literalmente compram pipoca e sobem em uma arquibancada para ver navios gigantes passarem a poucos metros de distância. Lá também tem uma sala de cinema IMEX com um filme 3D narrado por Morgan Freeman, contando de forma bem envolvente a história da construção do canal. A sessão está inclusa no ingresso.
Quando eu viajei, a melhor hora para fazer o passeio era no começo da tarde, mais especificamente às 14h10min — tem horas que não há trânsito navios. Você tira todas as suas dúvidas neste link. Eu não entendo bulhufas de engenharia e menos ainda de embarcações, mas adorei a experiência.
2. Perder-se no Casco Viejo
O Casco Viejo, ou Casco Antiguo, tem a alma e todo o charme raiz da Cidade do Panamá. Fundado em 1673, é o centro histórico da Cidade do Panamá, lugar que concentra boa parte dos museus, igrejas, teatro, praças, hotéis — incluindo o famoso Sofitel Legend —, lojas, bancas de artesanato e muita coisa boa para comer e beber. Também é onde fica a sede do governo panamenho, no Palácio das Garças.
Eu dedicaria pelo menos um dia a esse lugar. Se sua programação permitir, vale se hospedar por lá, para aproveitar também a gostosa atmosfera noturna desse lugar (veja dicas de hotéis). Os casarões coloniais ficam ainda mais bonitos com a luz quente de postes antigos.
A seguir, listo alguns dos pontos turísticos da região — você vê todos em detalhes neste link.
- Catedral Basílica Santa Maria la Antigua: a igreja mais importante da Cidade do Panamá, tanto que Papa Francisco celebrou uma missa lá. Sua construção começou em 1688, e custou quase 108 anos para concluirem a obra.
- Plaza de la Independencia (Plaza Catedral): É o coração do Casco Viejo, cercada hotéis, museus, restaurantes, e, é claro, da catedral. É uma praça arborizada e elegante, com um coreto branco bem no centro — bem coisa de praça de interior.
- Museu do Canal Interoceânico: Localizado na Plaza de la Independencia, explica a história do canal desde seu planejamento até os dias atuais, por meio de vídeos, painéis, fotos, recortes de jornais, objetos, entre outros itens. Cobra ingresso.
- Museu da Mola: é um museu gratuito sobre molas, peças do vestiário das mulheres da comunidade indígena Guna. Hoje são vendidas como artesanato, mas são uma espécie de talismã de proteção e um pedaço da cultura do país. Recomendo demais!
- Arco Chato: As ruínas do Antigo Convento de Santo Domingo, mais conhecido como Arco Chato, devido a um detalhe interessante de sua construção, rendem algumas fotos. Ao lado, tem um pequeno museu gratuito de arte sacra.
- Igreja de San José: foi construída entre 1671 e 1677 e tem como grande tesouro o seu altar de estilo barroco com pintura de ouro, que teria sobrevivido ao incêndio de Panamá Viejo. Tem também o maior presépio permanente que já conheci. Veja fotos.
- Teatro Nacional: localizado próximo à Plaza Bolívar, é um dos tesouros arquitetônicos e culturais do país, construído em estilo neoclássico em 1908. Vale ficar ligado na programação — veja a rede social do Teatro.
- Paseo de Las Bóvedas: é um calçadão elevado que oferece vistas panorâmicas da baía, da Cinta Costera e do moderno skyline da cidade. Um corredor de bancas de artesanado e souvenirs é montado perto do Sofitel.
3. Passear na Cinta Costeira
Trata-se de uma extensa via à beira-mar que liga a parte moderna e a parte antiga da Cidade do Panamá. Uma área com calçadão, ciclovia, lindo paisagismo e áreas de lazer, é o melhor lugar para um passeio ao ar livre. A vista dos edifícios modernos e do Oceano Pacífico é linda.
A Cinta Costera tem 7km de extensão, divididos em seções 1 e 2 e seção 3, que é um extenso viaduto marítimo que circunda o Casco Viejo. Entre elas, fica o Mercado de Mariscos: uma doca de pescadores, um pavilhão onde os locais compram e vendem peixes frescos e uma praça de alimentação bem roots com várias operações. É o santuário do ceviche.
Cinta Costera 1 e 2: contornam a baía da Cidade do Panamá, entre Punta Paitilla e o Mercado de Mariscos. É a região com mais verde e mais equipamentos de lazer, como academias ao ar livre, playgrounds infantis, quiosques coloridos (que estavam fechados quando eu visitei), canchas de futebol, basquete, até cancha pública de padel tinha. É a parte mais agradável para passear e com mais atrações. Tem barracas de aluguel de bicicleta por ali.
Cinta Costera 3: um viaduto marinho de 2,5 km ao redor do Casco Viejo e culmina no bairro popular de El Chorrillo. O impressionante é que mesmo nesse roadoanel há calçadão, ciclovia, bancos, lixeiras, bicicletários, palmeiras, arbustos floridos e alguns telhadinhos para proteger os visitantes do sol. Também tem uns mirantes diferentões, plataformas circulares sobre o mar que eles chamam de “platos turisticos”.
Ah, e vale fazer essa caminhada em momento de maré cheia, porque fica obviamente muito mais bonito com água. Caso contrário, fica virado num lamaçal, com aparência meio suja até.
4. Visitar as ruínas de Panamá Viejo
Cartão-postal da capital, essa imagem das ruínas de uma igreja com prédios modernos em segundo plano você vê no Panamá Viejo. Foi a primeira Cidade do Panamá, e hoje é um importante sítio arqueológico. O assentamento ali foi fundado em 1519 e atacada por piratas em 1671, quando o próprio governador ordenou que incendiassem o lugar para evitar que fosse ocupado pelos invasores.
Lá você vai encontrar ruínas devidamente identificadas em meio a uma área verde. Eram casas, igrejas, prédios públicos, pontes, hospital, conventos. O ingresso também dá direito a entrar no Museo de la Plaza Mayor, que também fica dentro do sítio arqueológico.
Se você estiver sem muito tempo ou quiser evitar a fadiga, vá direto até as ruínas da Catedra, construída entre 1619 e 1626. Depois que vários templos de madeira nesse local incendiaram, essa foi construída com tijolos, apresentando três naves largas. Não deixe de entrar: uma escada de metal e madeira possibilita que os visitantes subam ao topo da torre, onde têm uma vista bonita de Panamá Viejo, das matas e dos edifícios do entorno. Veja nosso relato sobre como é a visita e quanto custa o ingresso neste link.
5. Conhecer os sabores panamenhos
Conhecer sabores locais é um dos meus objetivos em qualquer viagem, o mais gostoso. E, nesse sentido, o Panamá foi uma grata surpresa. Os pratos tradicionais tem um quê de comfort food, um sabor de casa, mesmo tão longe da nossa casa. Então ainda que você seja chatinho para comida, dê uma chance: poucas coisas são bizarras ao paladar brasileiro.
Eu conheci a gastronomia panamenha no delicioso El Nacional, que ocupa o andar térreo de um prédio colonial de esquina na Plaza de Catedral, e no El Trapiche, que serve comida boa a um preço justo junto à zona hoteleira.
O El Trapiche também oferece noites de espetáculo folclórico em uma peça anexa, com danças e um menu especial a preço fixo. Quando eu viajei, ocorria em terças, quintas, sextas e sábados. É bom fazer reserva.
Ropa Vieja do El Nacional
Seguem alguns pratos/quitutes típicos da região:
- Carimañolas: versão panamenha da empanada. Eu experimentei as de frango.
- Ropa vieja (foto acima): um PF de carne desfiada com urucum e molho crioulo arroz branco, ensopado, banana-da-terra e salada verde.
- Sancocho panameno: uma sopa que lembra canja de galinha. Eu não vejo muita graça, mas reza a lenda que cura qualquer ressaca.
- Tamal de olla: preparado em uma panela ao invés de ser embrulhado em folhas, como nos outros países latinos. Leva milho moído, frango desfiado, azeitonas e uvas passas.
- Patacones: discos de banana-da-terra verde fritos. Acompanha pratos como o tamal de olla - e eu amo!
- Mamallena: um doce feito com pão esfarelado e amassado, algo entre um bolo e um pudim, com uvas passas.
Como boa cidade costeira, também não faltam restaurantes de frutos do mar. Os ceviches são a coisa mais fácil de encontrar na capital panamenha. É um prato tradicional em vários países da América Latina, feito com peixe cru marinado em suco de limão ou outro cítrico e vários temperos.
A gente dá todas as dicas de pratos e restaurantes no post onde comer na Cidade do Panamá.
6. Fazer uma excursão às ilhas San Blas
San Blas é o Caribe nu, cru e roots, que ainda tem cabanas com chão de areia ao invés de resorts. O mar do Caribe ali é de um azul cristalino, e a Monique, colega que escreveu o guia de lá, define as ilhas dessa forma: "as pequenas porções de areia — quase sempre menores que um campo de futebol — carregam tanta beleza que é difícil não se emocionar".
Mas tem um preço para chegar no paraíso, e nesse caso custa 2h30min em estrada sinuosa (tipo montanha-russa mesmo) e mais o tempo de barco. Existe a opção de bate-volta, como essa excursão de 1 dia. Mas eu acho que compensa ficar pelo menos uma noite (tour de dois dias), até para ter a experiência de se hospedar nas cabanas alugadas pela comunidade Guna, ou quem sabe fazer um tour de 4 dias por lá.
7. Comprar molas das mulheres Guna
Deixa eu falar um pouco mais sobre os Guna. Também chamados de Kuna ou Guna Yala, é um dos povos indígenas mais numerosos e importantes do Panamá. Eles habitam originalmente uma região autônoma no Caribe panamenho, que inclui as ilhas de San Blas, mas muitos foram para a capital e tentam se manter vendendo artesanato nas ruas.
O produto mais emblemático que vendem são as molas. O nome remete a algo completamente diferente, eu sei, mas na verdade são peças de pano retangulares que cobrem o peito e as costas da vestimenta das mulheres Guna.
Acredita-se que elas começaram a usar a técnica de camadas para fazer molas no início do século 19. Os desenhos geométricos são os mais antigos. São abstrações de formas naturais, classificáveis em quatro desenhos: labirintos, módulos independentes, torções diagonais e setas. Esses desenhos geram efeitos tridimensionais e vibratórios que buscam fundir a realidade e o sobrenatural, para proteger as mulheres que os usam. Sim, as molas têm um valor simbólico e espiritual muito profundo, consideradas formas de proteção espiritual.
Eu aprendi isso tudo no já citado Museu da Mola, um dos lugares imperdíveis do Casco Viejo. Mas você vai ver essas peças para vender ao ar livre: as mulheres montam suas banquinhas na Cinta Costera, no Paseo de las Bodegas e na Plaza Carlos V, por exemplo. Cobravam em torno de 20 dólares no final de 2024. Eu não comprei e me arrependi.
8. Passear na Calçada de Amador
A Calçada de Amador, ou Amador Causeway, é uma via cercada de ambos os lados pelo Oceano Pacífico, ligando a cidade às pequenas ilhas de Naos, Perico e Flamenco. Ao longo dos seus 6km conta com calçadão, bancos e ciclovia, palmeiras e arbustos floridos por toda sua extensão.
Antigamente, o local abrigou fortes militares destinadas a proteger a entrada sul do Canal do Panamá — e é curioso é que a passagem foi construída justamente com rochas extraídas na construção do canal. Mas hoje é um espaço de lazer mesmo.
É possível alugar uma bicicleta no começo da via, ou então ir até as ilhas de Uber/táxi para curtir as atrações que existem por lá. Tem marinas de onde partem passeios de barco, um pequeno parque de diversões, playgrounds ao ar livre, lojas e, especialmente na ilha Flamenco, vários restaurantes.
O que eu mais gostei nesse pequeno arquipélago foi visitar o Centro Natural de Punta Culebra. É um museu com áreas abertas e fechadas dedicado à biodiversidade local, especialmente à fauna. Localizado na ponta da ilha Naos, o espaço tem exposições marinhas e anfíbias, pequenas trilhas, borboletário e espaços recreativos, tudo com uma bela vista do Pacífico. Ah, e se você tiver sorte, vai ver alguns bichinhos visitando por livre e espontânea vontade. Eu vi uma preguiça se esticando nos galhos de uma árvore.
9. Levar a família ao Biomuseo
No comecinho da Calçada do Amador, tem outra atração maravilhosa. O Biomuseo não é só um prédio com arquitetura maluca, é um lugar que te deixa encantado com a biodiversidade do Panamá, por meio de projeções em grande escala, vídeos, sons, totens e jogos interativos. Eu achei o museu mais interessante da Cidade do Panamá, um programa para toda a família. Pena que o ingresso não é muito barato.
Lá você aprende sobre a flora e fauna local, vendo quais são os animais ameaçados de extinção. Dá para admira aquários com peixes do Pacífico e do Caribe (os dois mares que cercam o Panamá), e, o que eu achei mais interessante, consegue entender como ocorreu a ascensão do istmo do Panamá.
Há milhões de anos, o istmo (estreita faixa de terra que liga duas áreas de terra maiores) emergiu como uma ponte entre as Américas. Isso influenciou diretamente na migração das espécies, afinal muitos bichos que estavam na América do Sul subiram à do Norte e vice-versa, levando ao surgimento da biodiversidade atual. Eles chamam isso de "o grande intercâmbio".
Veja mais informações sobre a visitação e ingressos neste post.
10. Fazer umas comprinhas
A Cidade do Panamá já foi considerada o paraíso dos shoppings, o brasileiro já viajava focado no que queria levar. Muita coisa mudou nas últimas duas décadas, mas bater perna em busca de umas comprinhas ainda é uma das atividades favoritas dos turistas.
Para quem procura roupas de grife, o Multiplaza Panamá (foto abaixo) é o melhor shopping. Se você quer de tudo um pouco, o Albrook Mall tem mais de 700 lojas, rola de se perder lá dentro. O Metromall é o mais próximo ao aeroporto, junto com o centro comercial a céu aberto Los Pueblos, que é considerado um dos mais baratos.
Também vale à pena dar uma olhada nas lojas de duty free dentro do aeroporto, é um dos aeroportos com mais variedade que eu já vi na vida. Fora dele, tem um free shop apenas, o Amphora, no final da Calçada de Amador.
Se vale a pena fazer compras na Cidade do Panamá? Considerando os impostos e o dólar nas alturas (estava ultrajantes R$ 5,80 quando viajei), os preços acabavam semelhantes aos praticados no Brasil. De eletrônicos, celulares, roupas de marca, algumas coisas ficavam um pouco mais baratas, algumas ficavam até mais caras. Era necessário ter paciência para achar algo que valia a pena.
Mas se a ideia é comprar roupa barata sem apelo de moda, você vai se divertir. Lojas de departamento panamenhas, como Conway, a El Campeón e a El Costo tinham peças a partir de 2 dólares.
11. Comprar um chapéu Panamá — ou não
Falando em compras, na Cidade do Panamá, são eles que me vem à mente. Não que eu ache bonito, na verdade, eu não compraria. Mas que é um símbolo, isso é.
Então imagine minha surpresa ao descobrir que o chapéu Panamá vem na verdade do Equador. Seu nome surgiu durante a construção do Canal do Panamá, quando milhares de chapéus foram importados para os trabalhadores que o construíram.
Quando Theodore Roosevelt visitou o Canal do Panamá, ele usou esse chapéu, o que aumentou sua popularidade. A tecelagem tradicional foi declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco em 6 de dezembro de 2012. Legal, né?
A Avenida Central do Casco Antiguo está cheia de lojas de souvenir onde você encontra chapéus Panamá por uns 15 dólares — mas, provavelmente, vêm da China. Mas, nessa mesma avenida, o guia do nosso free walking tour nos apresentou El Palacio del Sombrero, uma loja com modelos originais. Me tiraram para modelo do grupo hehe:
Essa loja também tem uma sala VIP anexa, com chapéus de até 35 mil dólares (!!!). Esses ficam protegidos por caixas de vidro, como as verdadeiras jóias que são. Eu fiquei só na fotografia mesmo, teria medo até de encostar.
12. Brindar em um rooftop
A capital panamenha consegue ficar ainda mais bonita quando a noite cai, quando as luzes da cidade se acendem. E uma das coisas mais legais para fazer é tentar assimilar essa beleza toda no topo de um dos seus arranha-céus.
A cidade tem várias opções de rooftops, só não são muito baratos. O Cielo Rooftop Bar fica no andar 37 de um moderno edifício da Cinta Costera. É um bem moderno, com DJ, bons drinks, um menu diverso, e, é claro, uma das mais lindas vistas da cidade. Ele fica bem de frente para o mar, na Avenida Vasco Nuñez de Balboa.
Mais perto da região hoteleira, no Obarrio, fica o lindíssimo Luna Rooftop no piso 31 do PH Downtown 55 Street. As mesas ficam coladinhas ao parapeito, a vista é um absurdo. Quando eu voltar à capital panamenha, quero conhecer.
Usando um elevador mega rápido no fundo do Ocean Sun Casino, junto ao hotel 5 estrelas JW Marriot, você vai direto ao 66° andar, onde fica o Panaviera Sky Bar, o bar mais alto da América Latina. A vista da baía lá em cima é incrível também.
No Casco Viejo, a gente adorou o Lazotea Restaurant & Rooftop (foto abaixo), que fica sobre o Hotel Casa Panama. Mas também li boas recomendações sobre o Tantalo Roofbar. O bar serve coquetéis exclusivos do pôr do sol até altas horas da noite.
Vista do Lazotea, no Casco Viejo
13. Experimentar o raspado
Uma tradição colorida e refrescante desse lugar são os raspados, tipo esse daí do seu José, na Plaza de Catedral. Ele carrega em um carrinho esse bloco gigantesco de gelo, que raspa na hora, para misturar com a cobertura que o cliente preferir. Pedi uma de abacaxi com manga.
É basicamente uma raspadinha de gelo com suco de frutas. Não acho tão gostoso como um sorvete, mas curti pela experiência. Você não encontra apenas no Casco Antiguo, tem também na Cinta Costera, na Calçada de Amador, basicamente em qualquer passeio turístico.
14. Tentar a sorte em um cassino
Os cassinos são legalizados no Panamá. Alguns estão anexados a hotéis de grande porte, e geralmente funcionam até tarde da noite, ou mesmo 24 horas por dia.
Admito que não gosto muito desse rolê, mas visitei o Ocean Sun Casino, que fica no chiquérrimo bairro de Punta Pacifico. Fica junto ao hotel 5 estrelas JW Marriot, antiga Trump Tower, o maior prédio da Cidade do Panamá e de toda a América Central. Ele tem cerca de 600 máquinas caça-níqueis, 12 mesas de pocker, 37 mesas de jogos, além de um sportbar com várias TV's exibindo jogos — quando eu fui, era basquete e futebol. Ah, e já falei que lá fica o bar mais alto da América Latina, né?
Outros cassinos na Cidade do Panamá são o Sortis Hotel Spa & Casino, em Obarrio, e o Casino Majestic dentro do Multicentro Mall.
15. Bate-volta de barco à Ilha Taboga
Quer pegar uma prainha mas não está a fim do perrengue de ir a San Blas? A Ilha de Taboga pode ser um passeio gostoso no Pacífico. Chamada carinhosamente de “Ilha das Flores”, tem casas coloridas, pratos típicos da culinária panamenha em restaurantes simples e um ritmo de vida que contrasta com o agito urbano da capital. As praias são pequenas, mas prometem areia clarinha e mar morno.
Há ferries partindo diariamente da marina de Fuerte Amador (a gente explica tudo neste link), e também tem passeios de catamarã partindo do Balboa Yacht Club da Cidade do Panamá. Nesse último, os turistas ainda contemplam diversos pontos da capital do Panamá, como a Ponte das Américas e a Calçada de Amador, desfrutando do sistema open bar. Veja os preços.
16. Andar com ônibus de turismo
Um passeio popular pela cidade é com os ônibus panorâmicos hop-on hop-off, em que você desce e sobe do veículo quantas vezes quiser ao longo do dia. Se a viagem for corrida e você não tiver muito tempo disponível, é uma boa opção para ver vários pontos turísticos em um único dia.
O ônibus turístico realiza 13 paradas nos principais lugares de interesse da cidade. Dá para conhecer o Casco Antiguo, percorrer a zona mais luxuosa da cidade e aproximar-se da baía para ver o Oceano Pacífico. Além disso, também dá para chegar até as Eclusas de Miraflores para conhecer o Canal do Panamá, visitar o Biomuseo e mesmo descer em um e outro shopping.
Outra coisa legal é que, durante o trajeto, dá para escutar comentários gravados em português sobre os lugares por onde passa, usando um fone de ouvido. Você pode ver os preços e reservar o passe nesse link.
17. Subir o Cerro Ancón
Se o tempo está firme, pedindo uma caminhada em meio natureza, que tal subir o Cerro Ancón? Trata-se de uma reserva natural protegida e o ponto mais alto da Cidade do Panamá, com cerca de 200 metros de altitude. O local fica em uma área atualmente ocupada por militares panamenhos, antes ocupada por militares americanos. Hoje é um símbolo da soberania do país: no topo do morro, permanece hasteada uma enorme bandeira do país, visível de vários pontos da capital.
Somando ida e volta, dá cerca de 4km de caminhada, leva um pouco mais de uma hora para percorrer. A subida não é tão ou difícil, tem uma inclinação de aproximadamente 120 metros, porém faz muito calor na cidade e isso deixa a caminhada menos agradável. Quando chega lá em cima, você é recompensado com uma vista parcial do skyline moderno da cidade, do Casco Viejo, da Cinta Costera e até um pedaço do Canal do Panamá. Parcial porque, infelizmente, a mata pode atrapalhar o visual.
18. Visitar uma comunidade indígena
É possível conhecer uma comunidade indígena em uma viagem à Cidade do Panamá. Uma das experiências mais populares é a visita a uma comunidade da etnia emberá, que vive às margens do Rio Chagres, no Parque Nacional Chagres. Algumas agências locais oferecem esse passeio.
Visitar a aldeia dá a oportunidade de conversar com os líderes da comunidade, conhecer seu modo de vida, suas casas, participar de suas danças e apreciar seu artesanato. Dá até sair com uma tatuagem temporária, de jagua. É feita com um corante natural extraído do fruto da planta Genipa americana, conhecida como jagua ou jenipapo nas regiões tropicais das Américas.
19. Fazer uma tirolesa em um arranha-céu
Poin Panamá é uma espécie de parque de aventuras no topo do Edifício Sands, na Avenida Balboa, que tem mirante com chão de vidro, parede de escalada, balanço mecânico e "al borde" — uma atividade onde os visitantes são suspensos com corda na bordinha do prédio. Tudo isso a 150 metros de altura, no 37° andar do prédio.
Todas essas atrações dão um friozinho na barriga, mas a mais desejada por ali é a tirolesa. Ela é curtinha, liga uma ponta a outra do edifício, que tem formato de "L". Mas é a atividade mais alta do Poin, pois os aventureiros ainda sobem aquela torrezinha para se lançar do prédio. Parece que bastante gente desiste na hora.
Eu comprei apenas o ticket para o "skydeck", o mirante de vidro. Para quem curte altura é fichinha, mas tem gente que tem vertigem olhando o precipício debaixo dos pés e evita pisar fora das vigas de metal.
As atrações têm variações no preço, mas custam em média 30 dólares (2025), com opções de pacotes. Se você só quiser subir para ver a vista, ou acompanhar alguém mais corajoso, vai ter que pagar ingresso de 10 dólares também. Dá para comprar na hora mesmo, na bilheteria no térreo, mas atente que com chuva as atividades são paralisadas.
Uma dica de ouro: se em vez do Poin você for no Cielo, um bar no mesmo rooftop, não vai pagar entrada nenhuma.
20. Tomar um dos cafés mais valorizados do mundo
Já ouviu falar café Geisha? Um dos mais valorizados do mundo, ganhou fama internacional no Panamá por sua qualidade sensorial excepcional. Tem fazenda que já conseguiu cobrar a "bagatela" de US$ 10 mil por quilo.
Obviamente no Café Sisu não era tão caro, senão eu nem teria ido. Uma xícara de Geisha ali saia por US$ 10. Eu não sou uma especialista, mas gostei bastante, é um café suave e clarinho, me lembrou os cafés que bebi na Colômbia. Dava para levar um pacote de 120 gramas para casa por US$ 35.
O Cafe Sisu é todo moderninho, com chão e balcão de concreto, paredes com pedras e reboco aparente. Servia também algumas torradas, sanduíches e itens de confeitaria chiquetosa, como Canelés Bordelais, um tipo de bolinho francês.
21. Curtir a noite na Rua Uruguai
A Calle Republica de Uruguay é uma das referências da noite na Cidade do Panamá. Concentra restaurantes e bares, com música animada e ambiente descontraído. Você pode encontrar o que fazer por ali em qualquer dia, mas é aos finais de semana que a região fica realmente movimentada.
É uma rua curtinha, tem apenas quatro quadras e 350 metros de extensão. Recentemente, passou por um processo de revitalização urbana, tornando-se um local moderno e atrativo tanto para moradores quanto para turistas.
Para quem quer um bar com balada, vale pesquisar o Alejandros Cigar and Lounge, que fica aberto, pelo menos, até 3h. Os drinks são bonitos. O Que Pasó Ayer também tem esse clima de "night" e chama atenção da rua com uma pegada vintage e abuso de luzes LED. Mas eu preferiria ir até o Furia, a duas quadras da Calle Uruguay. É um restaurante com fusão internacional e japonesa, bar de mixologia e boate. Achei a proposta mais interessante.
Em El Cangrejo, a referência é a Via Argentina. Ela é considerada o coração comercial e social do bairro, concentrando boa parte dos bares, restaurantes, cafés e pequenas lojas. Também tem movimento à noite, com opções para quem quer jantar fora ou tomar um drink. Quem curte cerveja, precisa conhecer o La Rana Dorada, é uma das cervejarias artesanais mais populares do Panamá. O jeito é de pub inglês, com bastante madeira na decoração.
22. Parque Nacional Soberanía
O Parque Nacional Soberanía é uma das principais áreas de conservação da região metropolitana. Localizado na zona de Gamboa, abriga uma das faixas de floresta tropical mais acessíveis do país, onde é possível andar de teleférico sobre a copa das árvores.
Essa excursão aqui te busca no hotel para fazer o trajeto até Gamboa, onde os visitantes embarcam em um veículo 4x4 que os leva até o teleférico. Além da floresta, você vai conseguir enxergar o Canal do Panamá e o Lago Gatún. O itinerário inclui uma visita ao santuário de preguiças da região, espaço dedicado à reabilitação desses animais. Veja os preços
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