Jéssica Weber
Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.
Dicas de Bonito
— Bonito tem um sistema diferente em que todas as atrações precisam ser adquiridas antecipadamente por meio de agências de turismo da cidade. Se você tem o costume de chegar na bilheteria e pedir um ingresso, esqueça. Caso eles ainda tenham lugar — não é garantido —, os recepcionistas vão tentar intermediar a venda por meio de uma agência ou te orientar a fazer isso.
— Os valores das atrações de Bonito são tabelados: em qualquer agência credenciada da cidade, você vai encontrar o mesmo preço. Óbvio que essa dinâmica encarece como um todo o valor dos passeios, mas acaba sendo prático concentrar todas as atividades em um só orçamento, com uma só empresa. E é massa escolher a agência pelo atendimento em vez do preço.
— É recomendado reservar os passeios de Bonito com um mês de antecedência na baixa temporada e pelo menos três meses em feriadões e períodos de férias escolares, que compõem a alta temporada. Você até pode dar sorte de chegar na cidade sem nenhuma reserva e conseguir o passeio que você quer, no dia que você quer, mas isso é loteria.
— O sinal de internet de celular é ok no centro de Bonito, mas praticamente inexistente na zona rural da cidade, onde ficam as atrações. É interessante baixar o mapa em aplicativos como o Google Maps para usar off-line e não ficar sem GPS no caminho.
— Não beba a água dos rios da região, pois o magnésio e calcário podem ter efeito laxante. Evite, inclusive, ingerir a água da torneira: é melhor investir em água mineral.
— Falando em água, é importantíssimo ter sempre uma garrafinha de água na mochila, pois a gente caminha e sua muito em Bonito. Também é interessante levar barrinha de cereal ou pacotinho de castanhas, algo que dê energia entre uma trilha e outra.
— Dica para pessoas vaidosas: leve hidratantes poderosos para o cabelo e corpo. Os rios da cidade são ricos em calcário e magnésio, o que deixa a pele e o cabelo mais ressecados que o habitual.
— Leve protetor solar sempre contigo, a gente pega muito sol em Bonito. Mas atente que em algumas nascentes eles são proibidos, para não encher a água de substâncias químicas. Ninguém te impede de passar protetor antes, no hotel, mas assim que chegar na flutuação, o guia vai pedir que você tome uma ducha.
— Repelente também é uma aquisição interessante para combater mosquitos e borrachudos. Mas também não é um absurdo: eu fui em outubro e voltei sem marcas de picada. Me disseram que no verão, época de chuvas, a incidência é maior.
— Antes de fazer cada passeio, atente para a roupa recomendada pela agência de turismo. Muitas trilhas em cachoeiras exigem que você use calçados fechados, que podem ser tênis que você não se importe em sujar, sandálias tipo Crocs ou então aquelas sapatilhas aquáticas. Nas flutuações, eles emprestam todas as roupas adequadas, incluindo sapatos. Mas eu recomendo que você encha sua mala com roupas frescas e confortáveis, calça legging, chapéu ou boné.
— Mesmo quem não sabe nadar pode aproveitar Bonito. Em todos os passeios, encontrei gente que também não sabia, mas conseguiu fazer todas as atividades. Nas flutuações, a roupa e o colete te impedem de afundar, e, inclusive, é proibido bater pernas e braços. Para os outros passeios que envolvem água, tipo as cachoeiras ou mesmo os balneários no Rio Formoso, você pode alugar um colete salva-vidas.
— Praticamente nenhuma atração de Bonito fica no centro, todas exigem um pouco (ou um monte) de estrada. A maneira mais confortável de se locomover por lá é alugando um carro, mas atente que alguns passeios exigem bastante do nosso físico, então você precisa estar preparado para dirigir cansado no retorno. Outras opções são o transporte compartilhado vendido pelas agências, o transfer privativo e o táxi.
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— Ainda não tinha Uber em Bonito no final de 2023. Você encontra táxi sem dificuldade no centro da cidade, o ponto mais conhecido é o da Praça da Liberdade. Mas não espere que eles usem o taxímetro: os preços são tabelados, e não sai barato. Por exemplo: corridas pelo centro custavam R$ 20, ida e volta para a Gruta do Lago Azul, R$ 150, levar ao Aeroporto de Bonito, R$ 70. Leia tudo sobre transporte em Bonito.
— Bonito é um destino com bastantes atividades na natureza, caminhadas, longas subidas e descidas. A cidade tem atividades para pessoas de todas as idades e vem ganhando força com o público da terceira idade, mas é importante entender que quem tem alguma limitação física provavelmente não conseguirá visitar muitas das atrações. Informe-se diretamente com as agências sobre quais atrações têm adaptação para cadeirantes.
— Para quem deseja viajar com crianças, é importante refletir se elas conseguem fazer pequenas trilhas e se gostam de brincar na água. Algumas atividades têm limite mínimo de quatro anos, outras de sete anos e outras atividades não têm limite de idade. Viajar com crianças é possível e muitas adorariam a possibilidade de conhecer tantas coisas novas. Mas acredito que para os baixinhos aproveitarem mais, o ideal seria viajar para a cidade a partir dos seis anos.
— Costumava ser mais caro chegar pelo Aeroporto Regional de Bonito, a maioria das pessoas pousava em Campo Grande e encarava cerca de quatro horas na estrada. Mas a oferta de voos até a cidade turística já aumentou bastante — o terminal fica a apenas 15 minutos do centro. Baixe o aplicativo do Melhores Destinos e ative as notificações para receber alerta de promoções.
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