Jéssica Weber
Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.
Parque das Aves
O Parque das Aves é uma atração imperdível em Foz do Iguaçu, ainda mais se você estiver viajando com crianças. Em uma área de 16 hectares de Mata Atlântica do lado do Parque Nacional do Iguaçu, essa instituição mantém mais de 1,4 mil aves de 130 espécies. E você vai poder entrar nos viveiros para vê-los mais de perto do que nunca.
Uma bela trupe de ararajubas
Importante destacar que mais da metade desses bichos foi resgatada de apreensões de tráfico e maus-tratos. O parque fornece um ambiente acolhedor para as aves que não podem voltar à natureza, investe na reprodução e realiza projetos de conservação de espécies vulneráveis e ameaçadas de extinção, como a jacutinga, o papagaio-de-cara-roxa, o papagaio-de-peito-roxo, o mutum-de-alagoas e o cardeal-amarelo. É massa de ver que uma instituição tão necessária já virou o segundo atrativo mais visitado de Foz, atrás apenas das Cataratas do Iguaçu, é claro.
A arara que me deu um susto durante a alimentaçãoE a estrutura do parque é excelente, com viveiros bem cuidados, passeios sinalizados e cercados pela natureza e bons banheiros. Também dispõe de uma estrutura gastronômica, com o Restaurante Sabores da Floresta e o Café da Praça na entrada do parque, além do charmoso Bistrô da Mata no meio do percurso. Reserve pelo menos duas horas para o passeio.
Justamente por ficar ao lado do Parque Nacional do Iguaçu, muitas pessoas fazem os dois passeios no mesmo dia. Mas se decidir fazer isso, chegue bem cedo para não perder tempo e curtir ao máximo as Cataratas.
A entrada ocorre entre 8h30 e 16h30. É possível comprar o ingresso antecipadamente pelo site oficial, mas eu não tive dificuldades de obtê-lo na hora na bilheteria. Custava de R$ 45 (meia entrada) a R$ 90 em 2025. Crianças até 8 anos não pagam. Tem estacionamento na frente do parque, e também dá para chegar de Uber ou táxi.
Parque das Aves: como é o passeio
Você fará um tour autoguiado em uma trilha calçada de cerca de 1,6 km, passando por tucanos, flamingos, araras, borboletas, corujas e outros animais, incluindo jacarés e alguns felinos. Os visitantes caminham devagarinho para ver tudo e tirar muitas fotos, e vi também que havia cadeira de rodas à disposição. Essa placa aqui mostra o mapa do parque:
O percurso é uma delícia do começo ao fim, todo arborizado, com alguns pontilhões simpáticos pelo caminho. Junto a cada viveiro, há placas informando quais aves você verá ali, com nome e foto para você fazer o "cara-crachá". Durante todo o passeio você encontrará educadores ambientais prontos para ajudá-lo e tirar suas dúvidas.
O passeio percorre vários viveiros que observamos do lado de fora e cinco viveiros de imersão, onde se chega pertinho das aves, porém não é permitido tocá-las. Uma dica valiosa: cheque os horários de alimentação das espécies naquele dia; é quando elas ficam mais ativas e chegam bem pertinho dos visitantes. Havia uma placa depois da entrada quando visitei, mas se você não encontrá-la, não hesite em pedir informações.
Assisti à alimentação das araras. Tive que correr para chegar a tempo (é bem pontual, diga-se de passagem), ouvindo os berros das bichas de longe. Todas desceram dos galhos para comer e ficaram animadas após a refeição. Jurei que uma voaria lá de cima na minha cabeça na hora da foto, levei um susto.
Não sei qual é a expectativa que você está criando, mas acho importante esclarecer que os bichos não ficam livres por ali. Contudo, eles estão em amplos viveiros, com bastante espaço, e são divididos em espécies afins para viverem em harmonia.
Se você for com fome, não tem problema. Eu adoraria ter tempo para sentar no Bistrô da Mata, quase na metade do percurso, e saborear um açaí cercada pela floresta. Acabei me contentando com um picolé de butiá no fim do percurso, no também agradabilíssimo Café da Praça, que tem mesas debaixo das árvores. "Me caíram os butiás dos bolsos" de bom. Mas me arrependi de não ter arriscado com o picolé de pinhão — que diferente, né?
Ah, a lojinha também é bem interessante, com toda sorte de souvenir, pelúcias de aves e até uma simpática pantufa de araras. Eu teria levado se não custasse R$ 150.
