Piscinas naturais de Porto de Galinhas
As piscinas naturais de Porto de Galinhas são o principal ponto turístico do destino. É a primeira coisa que aparece quando você dá um Google e também a bela foto de capa do nosso guia. A forma mais comum de chegar até elas é em um passeio de jangada na maré baixa. Explicamos tudo direitinho neste post!

Piscinas naturais se formam quando recifes de corais ou rochas criam uma espécie de barreira em relação ao mar aberto. Com a maré baixa, essas formações impedem que a água escoe rapidamente, criando áreas de água calma e geralmente mais morna — uma verdadeira piscininha, um amor. Parecem aquários naturais, cheios de peixes coloridos, ouriços e outras formas de vida marinha. Sem falar na cor da água, que parece ainda mais cristalina por ali.
Preciso esclarecer que elas não são as únicas na cidade: há piscinas naturais no Pontal do Cupe, no Pontal de Maracaípe e em Muro Alto, que é considerada a maior da América Latina. Mas quando se fala em "Piscinas Naturais de Porto de Galinhas", é automático entender que se trata da atração junto à praia da Vila de Porto de Galinhas, que são as mais famosas mesmo. Dê preferência por fazer o passeio em um dia ensolarado, que produz um belo efeito na cor da água.
Como as piscinas ficam a quase 200 metros de distância da faixa de areia, criou-se a tradição de usar jangadas para chegar até elas, um tipo de barquinho muito simples de casco raso, com vela triangular. Os jangadeiros ficam na parte traseira, "pilotando" com a ajuda de uma extensa vara. Eles participam de uma associação, e o preço é tabelado.
Quem não quer pagar esse valor, até pode ir caminhando até o recife e observar as piscinas de fora da água, MAS é um lance regradinho. Quando a maré está bem baixinha, forma-se uma fila e o avanço dos "pedestres" é controlado, com número máximo de pessoas por vez. Explico isso mais abaixo também.
Atenção: As piscinas naturais de Porto de Galinhas se formam na maré baixa, idealmente até 0,5 m. Quando o nível do mar sobe, os jangadeiros recolhem as velas e encerram os passeios do dia. Temos um post que explica direitinho como funciona a tábua das marés.
Mas em suma: as melhores condições se dão nas luas nova e cheia, quando a variação de marés no mesmo dia é maior e se registra a maré mais baixa. Até há passeios às piscinas naturais de Porto de Galinhas nas luas crescente e minguante, mas a experiência será diferente. Mesmo na menor maré do dia, a água deve passar sobre os recifes. E você terá que se esforçar mais para se adequar aos horários do passeio (que mudam diariamente, justamente de acordo com as marés).
Piscinas naturais de Porto de Galinhas: como é o passeio de jangada
O passeio de jangada das piscinas naturais de Porto de Galinhas tem duração aproximada de uma hora. Ele percorre boa parte da orla da praia da Vila, tem paradas para admirar as piscinas principais (dependendo da maré, só para observação mesmo) e para banho e snorkel entre os peixinhos também. Cada jangada comporta até seis pessoas.
Primeiro, é necessário ir até o guichê da associação de jangadeiros, que fica junto ao Portal da Praia de Porto de Galinhas, e comprar o ingresso. É no passeio no "cotovelo", entre a Rua das Piscinas Naturais e a Rua Esperança, no acesso à praia.
Daí, você será encaminhado ao primeiro jangadeiro da fila, como em um ponto de táxi, sabe? A dinâmica é bastante simples, não há mistério. Caso tenha dúvidas, peça informação, pois todos na região sabem como funcionam os passeios de jangada.
Até tem como comprar o ingresso antes pela internet para evitar fila e conseguir uns R$ 2 de desconto, mas a maioria das pessoas compra na hora mesmo. Esses são os preços de 2025:
- Ingresso inteiro (a partir de 7 anos): R$ 60,00 (pagamento em dinheiro ou via Pix) ou R$ 63,00 no cartão de crédito ou débito.
- Meia-entrada (crianças de 4 a 6 anos): R$ 30,00 (pagamento em dinheiro ou via Pix) ou R$ 33,00 no cartão de crédito ou débito
- Crianças de até 3 anos não pagam.
Você pode consultar na internet o horário da maré mais baixa e ir por volta daquele horário. Se você é do tipo que gosta de checar direitinho — eu também sou dessas —, a associação de jangadeiros costuma divulgar em sua rede social os horários atualizados dos passeios, que variam, naturalmente, de acordo com as marés do dia. Por exemplo, hoje, enquanto escrevo para vocês, a maré mínima (0,1 m) estava prevista para as 10h59, e os passeios ocorreriam das 7h59 às 13h59. Você pode mandar uma mensagem no WhatsApp também.
Uma dica que ouvi dos próprios jangadeiros: se possível, vá até antes de atingir o nível mínimo. Na lua nova, fui cerca de duas horas antes, peguei maré de 0,5 m e consegui entrar na piscina natural principal por alguns minutos. Aí, quando a maré começou a baixar, meu jangadeiro pediu para eu sair. A partir do momento em que a água deixa de cobrir os corais, a piscina passa a ser exclusiva para observação.
É difícil cravar exatamente a maré para poder mergulhar na piscina principal, pois isso depende do vento e do tipo de lua. Ainda assim, foi uma experiência inesquecível, especialmente porque, por alguns minutos, fiquei sozinha dentro dela. Olha a minha cara de faceira.
A área dos recifes é enorme, mas tenha atenção aos locais delimitados com corda para impedir o acesso e, consequentemente, preservar a vida marinha.
Essa piscina aqui é uma atração à parte: os jangadeiros nos provocam a imaginar o mapa do Brasil:

Importante dizer que, se a maré estiver baixinha e a piscina principal fechada apenas para contemplação, sem mergulho, o passeio para em outro ponto onde dá para entrar na água. Quem mergulha com máscara de snorkel pode observar mais de perto peixes, caranguejos e ouriços — se você tiver uma, não a esqueça. O meu jangadeiro tinha e me emprestou.
O tempo nas piscinas, de fato, não é longo (dura cerca de 40 minutos); por isso, quem quer ficar mais tempo entre as piscinas acaba fazendo o passeio mais de uma vez. Ah, use sandálias ou chinelos para proteger os pés e evitar machucados nos corais e ouriços.
Como acessar as piscinas naturais de Porto de Galinhas a pé
Quando a maré está bem baixa, abaixo de 0,4 m, dá para ir caminhando até as piscinas naturais de Porto de Galinhas, com a água na altura da barriga ou até acima.
Antigamente, era cada um por si e Deus por todos nessa travessia. Porém, quando eu visitei, estava rolando um controle por parte da prefeitura, que torço para que se mantenha, tanto por questão de preservação dos recifes e da vida marinha quanto por questão de segurança mesmo, porque se a pessoa está lá nas piscinas e não se toca que a maré está subindo, é bom que se garanta no nado para retornar.
Encontrei servidores da Agência Municipal de Meio Ambiente junto à praia organizando uma fila com as pessoas interessadas em ir até os recifes caminhando. Eles distribuíam pulseiras identificativas e liberavam o acesso para grupos de 30 pessoas, que só podiam ficar 15 minutos nos recifes. Na manhã em que estive lá, 180 pessoas tinham feito esse rolê e, como a maré estava prestes a subir, os agentes já iam encerrar a atividade.
É verdade que, assim, é de graça, mas não achei uma alternativa muito atraente, pelo tempo que se passa na fila e pelo período limitado de permanência. E nem sei se permitem mergulhar nas piscinas, viu?
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Piscinas naturais de Porto de Galinhas
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Jéssica Weber
Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.