Passeios em Porto de Galinhas
Os passeios em Porto de Galinhas te dão a oportunidade de conhecer melhor essa região abençoada do litoral pernambucano. Spoiler: os mais tradicionais são o de buggy "de ponta a ponta" e o de jangada das piscinas naturais da Vila. Mas, neste post, a gente traz também outras opções para quem tem mais tempo no destino ou quer diversificar um pouco. Dá até para fazer bate-volta a Maragogi, Praia dos Carneiros e Ilha de Santo Aleixo.
Confira aqui as 7 atividades preferidas dos turistas em Porto de Galinhas:
Passeios em Porto de Galinhas: 9 rolês incríveis na região
1. Passeio de jangada até as piscinas naturais da vila
As piscinas naturais de Porto de Galinhas são o principal ponto turístico do destino, é a primeira coisa que aparece quando você dá um Google e também a bela foto de capa deste post. E a forma mais comum de chegar a elas é em um passeio de jangada. Mas atente que as piscinas só se formam na maré baixa.
Piscinas naturais se formam quando há recifes de corais ou rochas que fazem uma espécie de barreira ao mar aberto. Quando a maré está baixa, eles impedem que a água escape rapidamente, criando essas áreas de água calma e normalmente mais morninha — uma verdadeira piscininha, amor. Parecem aquários naturais, cheios de peixes coloridos, ouriços e outras formas de vida marinha. Sem falar na cor da água, que parece ainda mais cristalina por ali.
Como as piscinas ficam quase 200 metros distante da faixa de areia, criou-se a tradição de usar jangadas para chegar até elas, um tipo de barquinho muito simples de casco raso, com vela triangular. Os jangadeiros ficam na parte traseira, "pilotando" com a ajuda de uma extensa vara.
Eles participam de uma associação, e o preço é tabelado. Até dá para comprar ingresso antes pela internet, mas a maioria dos turistas compra na hora no guichê da associação de jangadeiros, que fica junto ao Portal da Praia de Porto de Galinhas. É no passeio no "cotovelo" entre a Rua das Piscinas Naturais e a Rua Esperança, no acesso à praia.
O passeio de jangada das piscinas naturais de Porto de Galinhas tem duração aproximada de uma hora. Percorre boa parte da orla da praia da Vila, tem paradas para admirar as piscinas principais (dependendo da maré, só para observação mesmo) e parada para banho e snorkel entre os peixinhos também. Cada jangada comporta até seis pessoas.
Nesse post, você tem ideia de preços e vê todos os detalhes da experiência. Também explicamos como faz para chegar caminhando às piscinas. É gratuito, mas precisa aguardar em uma fila e seguir recomendações da prefeitura.
Atenção: as piscinas naturais se formam na maré baixa, idealmente até 0,5m. Quando o nível do mar sobe, os jangadeiros recolhem as velas e encerram os passeios do dia. A gente tem um post que explica direitinho como funciona a tábua das marés. E isso vale para todos passeios em piscinas naturais.
As melhores condições se dão nas luas nova e cheia, quando a variação de marés no mesmo dia é maior, logo, e se registra também a maré mais baixa. Até tem passeio às piscinas naturais de Porto de Galinhas nas luas crescente e minguante, mas a experiência vai ser diferente. Mesmo na menor maré do dia, a água deve passar sobre os recifes. E você vai ter que se esforçar mais para se adequar aos horários do passeio (que mudam diariamente, seguindo a famigerada tábua).
2. Passeio de buggy "de ponta a ponta"
Para ir um pouco além da área principal do distrito, a dica é fazer o passeio de buggy, o chamado "ponta a ponta", que leva às principais praias da região, desde a Ponta de Maracaípe até Muro Alto (ou vice-versa), fazendo paradas nas praias.
A gente fez o passeio de 4h, que eu o achei período perfeito, mas também tem opções de 2h, 6h e até 8h. Em linhas gerais, o que muda é o tempo de parada em cada lugar. Se você decidir pelos mais longos, pode até combinar de fazer o passeio de jangada das piscinas naturais de Porto de Galinhas ou ver o pôr do sol no Pontal de Maracaípe durante o rolê de buggy. Mas vale alinhar isso tudo antes com a agência ou bugueiro, até mesmo para combinar o horário de partida.
Diferente de destinos como Jericoacoara, aqui o passeio de buggy não é nas dunas. Até pega-se uma estrada de areia na orla do Cupe que é exclusiva para bugueiros, mas em grande parte do tempo, percorre ruas e estradas "normais" da cidade. Se mete, inclusive, no trânsito pegado de acesso à cidade. Também entra em trilhas exclusivas de buggies perto da Praia do Muro, que passam perto de um mangue.
Para operar, os buggies precisam ser credenciados e licenciados pela prefeitura de Ipojuca. Se você faz o tipo desconfiado, peça para ver o selo da última vistoria. Existem cooperativas como a Cooperbuggy Ipojuca que reúnem vários profissionais (inclusive, dá para reservar passeios com eles). Entretanto, os bugueiros não são obrigados a se associar.
Não é nada difícil encontrar bugueiros oferecendo seu serviço na Vila de Porto de Galinhas, e você provavelmente conseguiria ali passeio para o dia seguinte ou até mesmo para sair na hora. Mas eu preferi pedir indicação da Pousada Quatro Estações, onde me hospedei na Vila de Porto de Galinhas. Eles me recomendaram a empresa de turismo Flavão Buggy: o atendimento por WhatsApp foi rápido e o passeio com o bugueiro Felipe ocorreu agradavelmente e como o planejado.
3. Passeio de jangada dos cavalos-marinhos, no Pontal do Maracaípe
O passeio de jangada dos cavalo-marinhos é realizado no Pontal do Maracaípe, conhecido pelo pôr do sol mais lindo da região. Ele pode ser feito ao longo do dia, mas eu optei justamente por fazer no fim da tarde para emendar o espetáculo da natureza — o sol some atrás de uns coqueiros, enfileirados lá perto do horizonte, enquanto colore as águas do Rio Maracaípe. E tive a sorte de coincidir com a maré alta, quando o rio está mais cheinho e a experiência é mais bonita.
Essa não é a mesma jangada das piscinas naturais: elas não têm velas, são movidas apenas com uma vara bem extensa. O jangadeiro vai na parte de trás, de pé, fazendo o deslocamento no braço. Mistura de Veneza com Brasil, né?! E as jangadas ficam atracadas no rio, junto a uma bilheteria operada pela cooperativa de jangadeiros, quase no final da Rua Professora Erothides Flora Chalaça. O preço costuma ser igual ao passeio das piscinas naturais.
Devidamente sentados nos banquinhos de madeira da jangada, a gente passou perto de uma área de mangue e atravessou o braço de rio até a outra margem, onde os jangadeiros mergulhavam para procurar cavalos marinhos. Eles são colocados em um pote transparente com água para os turistas verem. A galera estava se divertindo, mas eu admito que não curti muito essa parte. Os jangadeiros estavam com muita dificuldade de achar os animais, então o mesmo cavalo marinho foi passando de pote em pote por um tempão, antes de ser devolvido à água.
Depois disso, a jangada foi em direção à prainha do Pontal do Maracaípe e desembarcamos para assistir o sol se pôr sentados na areia. Ele se despediu meio tímido, atrás das nuvens, mas ainda assim achei lindo.
Se você quer ver o pôr do sol por ali e não está a fim de pagar a jangada, rola também. Tem uma pequena trilha gratuita que sai perto da bilheteria da Associação dos Jangadeiros de Pontal do Maracaípe. Ela leva uns cinco minutos apenas para percorrer, passando pelas árvores típicas com raízes finas sobre a terra. Mas dependendo do nível da maré, ela pode estar cheia de água. Eu atravessei com água quase na cintura, foi uma experiência eheh.
4. Passeio de jangada às piscinas naturais do Pontal do Maracaípe
Enquanto a Praia de Maracaípe tem ondas fortes e afunda rápido, o mar no Pontal do Maracaípe parece uma piscininha na maré baixa, daquelas de mil litros para a criançada. E forma até piscinas naturais — sim, tem por ali também!
Elas ficam bem lá na ponta do Pontal — desculpe a redundância. De 0.0 até 0.6 são os níveis ideais de maré. Pelo menos quando eu visitei, não tinha tanto peixe nas piscinas, eles estavam concentrados mais em um cantinho onde tinha uma galera (talvez com comida). Mas uma característica dessa piscina é que ela fica larga e vai afundando em alguns pontos, então pode ser gostosa para nadar.
Sempre tem jangadeiros à disposição dos turistas por ali. Normalmente, eles levam as pessoas até as piscinas, em um trajeto de pouco mais de cinco minutos, deixam elas aproveitando por aproximadamente uma hora e depois trazem de volta. Costumam cobrar a mesma coisa que na Vila de Porto de Galinhas. Eles são cooperativados, então o preço é tabelado. Estão identificados com uma blusa de manga comprida escrito "jangadeiro" nas costas.
Quando o mar está bem baixinho, até dá para ir caminhando até as piscinas naturais. Mas só recomendo se você se garante no nado ou se manja das mudanças de maré, para não ser surpreendido pela subida da água. Eu vi uma família de argentinos que chegou por lá andando, mas foi alertada por um jangadeiro de que a maré já estava em elevação. Então contrataram com ele a "carona" de volta.
Tem outras duas piscinas naturais em Porto de Galinhas que não dependem de jangada para acessar: no Pontal do Cupe e em Muro Alto, que é considerada a maior da América Latina. Ambas ficam junto à praia mesmo e, como você já está careca de saber, se formam na maré baixa.
5. Bate-volta à ilha de Santo Aleixo
A Ilha de Santo Aleixo é um passeios de bate-volta mais legais dessa região. Acessada por lanchas e barcos que partem da Barra do Sirinhaém, a 35km de Porto de Galinhas, a pequena ilha tem pouquíssima estrutura. Basicamente só barracas de comida com guarda-sóis — nem banheiro público tinha quando visitei. Mas compensa com belezas naturais e um ambiente mais preservado que a maioria dos destinos dessa região pernambucana.
Cercado por vegetação, o mar na Ilha de Santo Aleixo costuma ser calmo e clarinho, e também tem uma piscina natural cheia de peixes. Importante destacar que a ilha é propriedade particular, em um longo processo de inventário indefinido. Dizem que tem uma casa no seu interior, mas eu não vi nem vestígio, apenas cercas delimitando até onde turistas podiam circular. Ainda assim, é possível explorar praticamente toda a sua orla.
Como já dá pra desconfiar, não tem nenhum tipo de hospedagem por ali, então é um passeio de um dia mesmo. E não me parece uma boa ideia se estiver chovendo, justamente por não ter um restaurante ou qualquer outra construção coberta. Nesse post, a gente te explica como chegar, dá ideia de preços e conta tudo sobre nossa experiência em Santo Aleixo.
6. Excursão a Maragogi
Sim, eu estou ligada que Maragogi fica em Alagoas, outro estado até. Mas são 85km de distância, dá até para conhecê-la em um bate-volta por conta ou com algum receptivo de turismo da região. Você pode ver preço e mais informações sobre excursão neste link.
O sucesso de Maragogi deve-se, principalmente, às suas águas cristalinas, que no período de maré baixa formam lindas piscinas naturais cheias de peixinhos, as chamadas Galés de Maragogi, que podem ser conhecidas através de um passeio de lancha ou barco. As praias da região, sempre muito sossegadas, também não ficam para trás e exibem um mar esverdeado, que fez com que o lugar ganhasse o título de Caribe brasileiro.
Maragogi é um ótimo destino para pessoas de todas as idades, para descansar embaixo das sombras de seus coqueiros, curtir as praias sem pressa e aproveitar sua gastronomia, com peixes e frutos do mar frescos. A cidade tem uma estrutura pequena e é realmente muito pacata, o que faz com que os preços por lá sejam bem razoáveis comparados a outros destinos da região.
7. Passeio à Praia dos Carneiros
Reconhecida como uma das praias mais bonitas do Brasil, a Praia dos Carneiros fica a 52km de Porto de Galinhas, dá mais ou menos uma hora de carro com trânsito tranquilo. É o lugar perfeito para relaxar e curtir um cenário paradisíaco, cercado por um mar lindo, cheio de piscinas naturais e com a igrejinha à beira-mar que é um símbolo do lugar.
A praia tem um longo trecho de areia, muitos coqueiros ao seu redor, água clara, calma e quentinha – uma delícia em qualquer época do ano! Você também pode optar por fazer um passeio de catamarã ou outro tipo de barco. Geralmente, as embarcações fazem parada nas piscinas naturais da Praia dos Carneiros, seguido de parada nos bancos de areia de Guadalupe (praia da cidade vizinha), e na “Praia da Argila“, que pertence a Sirinhaém e tem banho de argila e venda de produtos em argila que servem para tratamentos corporais.
Tem muitas agências turísticas que partem de Porto de Galinhas para apresentar Carneiros aos turistas. Essa excursão aqui te busca no hotel e leva de volta depois, com um preço bem interessante. Tem duração de aproximadamente 10 horas.
8. Excursão a Cabo de Santo Agostinho
Cabo de Santo Agostinho é outro passeio de um dia oferecido por agências em Porto de Galinhas. Ela fica ao norte do destino, a uns 35 km, e tem como principal ponto turístico a praia de Calhetas, que tem formato de coração, quando vista do alto. É uma das menores praias de Pernambuco.
Você pode dar uma olhadinha na programação desta excursão, que busca e depois te "devolve" no hotel. Os turistas fazem um emocionante passeio de buggy para descobrir os atrativos de Cabo de Santo Agostinho, passam pelo mirante da Vila de Nazará, o ponto mais alto da cidade, e, é claro, vão à praia de Calhetas.
Também fazem uma parada nos mirantes de Paraíso e Sogra, na praia de Suape e Enseada dos Corais, e inclui tempo livre para almoçar por conta própria e conhecer a gastronomia local. Tem duração aproximada de 10h.
9. Passeio à praia de Guadalupe com beach club
Além de conhecer uma praia nova e paradisíaca, Guadalupe, em Sinharém, nesse passeio de dia inteiro você vai poder aproveitar toda a infraestrutura de um elegante beach club à beira-mar.
O LUP Beach Club conta com piscina de frente para o mar, lounges exclusivos, música selecionada, alta gastronomia e drinks autorais. E se desejar, poderá fazer um passeio de lancha até a ilha de Santo Aleixo e a praia de Ferradura.
Se você estiver de carro, pode ir por conta fica a uns 40km de Porto de Galinhas. Mas também pode contar com transporte partindo de Porto de Galinhas. Dá para comprar ingresso, com ou sem opção de transfer neste link — também tem opção de incluir o passeio de barco.
Jéssica Weber
Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.