Como se locomover na Chapada dos Veadeiros
A Chapada dos Veadeiros engloba uma grande região do interior de Goiás, sendo as principais bases para os turistas as cidade de Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante, além do charmoso vilarejo de São Jorge, onde está a sede do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Para circular entre essas bases e visitar as cachoeiras, o mais recomendado é estar de carro. Não há transporte público eficiente na área e muito menos até os pontos turísticos, que muitas vezes exigem longos trechos em estrada de terra. A logística pode não ser nada fácil e até bem cara para quem viaja sem carro. Nesse caso, para economizar, será necessário contar com as caronas, prática que é bem comum na região. Vale também contratar serviços privativos e agências de turismo, o que certamente aumentará os custos da viagem. Vale lembrar que muitas cachoeiras da Chapada dos Veadeiros exigem que os turistas percorram longas trilhas. Sendo assim, prepare o físico e as botas de caminhada!
Se a sua dúvida é sobre como circular entre cada uma das cidades base (com ou sem carro), veja o nosso post sobre como chegar à Chapada dos Veadeiros. Agora, se você quer mesmo é saber mais detalhes saber como circular entre as cachoeiras e atrações da Chapada, fique por aqui!
Chapada dos Veadeiros de carro
Sem dúvidas, a melhor maneira de percorrer as diversas atrações da Chapada dos Veadeiros é de carro. A distância entre as cachoeiras e as cidades muitas vezes é longa e se torna inviável conhecer muitas atrações sem estar motorizado. Na região, não há transporte público e o turismo incipiente faz com que o passeios tenham preços bem elevados. Se a ideia é economizar e ter liberdade de roteiros e horários, vá de carro!
Não é perigoso andar de carro pela Chapada dos Veadeiros, mas as estradas nem sempre são fáceis. As pistas que conectam as cidades são de boa qualidade e asfaltadas, já o acesso às cachoeiras é quase sempre em estrada de terra, muitas delas de péssima qualidade. Cuidado nunca é demais, especialmente nas estradas sem asfalto. Por isso a atenção deve ser constante. Deixe a pressa de lado e não corra. Os buracos podem aparecer a qualquer momento e é bem comum ver carros avariados no retorno da viagem.
No geral, os carros comuns passam bem pelas estradas, mas há exceções, como a Cachoeira Santa Bárbara e a Cachoeira Candaru. Por lá, a estrada é tão ruim que há oferta de um transfer alternativo em jardineira para fazer o trecho mais difícil e o turista economizar um pouco o carro. A qualidade da estrada varia entre as atrações e também depende da época do ano (na chuva, algumas podem ficar intransitáveis para carros sem tração), por isso veja os detalhes sobre o acesso de cada uma das cachoeiras que visitamos nos posts abaixo.
Para quem viaja de carro, vale ficar alerta ao tanque de combustível. Há postos para reabastecimento em Alto Paraíso e em Cavalcante. Não há postos em São Jorge nem nas estradas que conectam as três bases. Esteja sempre com combustível de sobra para não passar aperto. Outro detalhe importante são os estacionamentos. Quase sempre o custo do estacionamento é gratuito, mas há exceções, como o acesso ao Parque Nacional (onde a única opção de estacionamento é um terreno particular) e o Complexo do Rei do Prata (onde os moradores cobram uma “contribuição espontânea” para vigiar os carros). Em dias de grande movimento, pode ser difícil estacionar em alguns locais, especialmente no vilarejo de São Jorge. O ideal é encontrar uma pousada que ofereça vagas privativas. Ao estacionar nas atrações, evite deixar bens de valor dentro do veículo. Cuidado nunca é demais.
Chapada dos Veadeiros sem carro
A vida de quem viaja sem carro para a Chapada dos Veadeiros pode não ser das mais fáceis. O carro realmente ajuda um bocado na hora de visitar as atrações, já que não há transporte público na região. Quem viaja sem carro contará com algumas alternativas para se locomover. A mais barata delas é a carona, prática bastante comum na região. Não é raro e nem estranho ver turistas pedindo carona na beira da estrada ou na saída das cidades. Se você é do time acostumado a dividir a corrida com estranhos, você se dará muito bem por lá! Alguns grupos de Facebook (Conexão Chapada e Carona Solidária Chapada dos Veadeiros) ajudam a manter o esquema organizado, mas eles funcionam melhor para percursos longos. Se a ideia é pedir carona para uma cachoeira, o melhor é o boca a boca na cidade. Pedir nunca é demais e o “não" você já tem. Os turistas costumam ser legais e a Chapada dos Veadeiros é um convite a fazer amigos. Dificilmente um turista ficará sem passeio por falta de transporte.
Se você não é adepto da carona e não quer viajar de carro, o esquema será contratar as agências de turismo. Apesar de parecer uma prática comum, a Chapada dos Veadeiros ainda está engatinhando no turismo e há pouca oferta de serviços especializados. Grande parte dos turistas faz os passeios por conta própria e são poucas as agências que oferecem tours. Ainda assim, há opções nas três principais cidades, sendo que a maior oferta de agências está em Alto Paraíso.
- Travessia Ecoturismo
- Alternativas Ecoturismo
- Ecorotas Turismo
- Suçuarana Ecoturismo
- Chapada Nativa Turismo
- Agência Chapada dos Veadeiros
- Tour Chapada
Chapada dos Veadeiros a pé
Para conhecer as principais cachoeiras da Chapada dos Veadeiros será necessário botar o pé na trilha! O percurso que leva às principais atrações da região quase sempre tem como trecho final uma bela trilha em meio ao cerrado. O tempo, distância e grau de dificuldade variam bastante e há caminhadas para todos os graus de aptidão física. Não se preocupe se você não fizer as vias de atleta. Sempre há uma cachoeira com acesso mais fácil para ser feliz.
Ao visitar as atracões da Chapada dos Veadeiros, é preciso buscar informações sobre o nível de dificuldade da trilha. A boa notícia é que grande parte delas é autoguiada, o que dispensa a contratação de guias e torna a viagem mais barata. Locais como o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Vale da Luz, Cachoeiras Almécegas I e II, Cachoeira São Bento, Cachoeira do Segredo, Cachoeira dos Cristais e outras podem ser conhecidas por conta própria. Há, entretanto, algumas cachoeiras onde a exigência de guias é obrigatória ou recomendada para quem não tem experiência em trilhas. Atrações localizadas em território quilombola, como a Cachoeira Santa Bárbara, Cachoeira da Capivara e Cachoeira Candaru, têm como obrigatoriedade a contração de guia, que pode ser feita no CAT próximo às atrações ou mesmo nas cidades base. O mesmo acontece com as Cachoeiras do Complexo do Prata (onde está a Cachoeira do Rei do Prata), que recentemente passaram a exigir a presença de um guia. Em outras atrações, como a Catarata dos Couros e a Trilha da Janela, um guia é recomendado para quem não tem costume de fazer trilhas. Vale dizer que no período de chuvas é preciso buscar informações sobre as condições das cachoeiras antes de sair para o passeio. O risco de trombas d’água é grande em várias delas e, nesse caso, um guia pode ser altamente recomendável.
Se você pretende se aventurar sozinho, recomendamos o uso de aplicativos de locomoção em trilha (como o Wikiloc). Além disso, é importante deixar avisado com alguém o local para onde você está indo. Ainda que as trilhas sejam tranquilas, acidentes são imprevisíveis e é sempre bom ter alguém alerta para o caso de um resgate. Essa preocupação deve ser ainda maior no período de chuvas, quando há o risco de tromba d’água.
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