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Londres
Jéssica Weber Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.

Transportes em Londres

Londres é conhecida mundialmente pelo seu transporte público eficiente, especialmente pelo metrô — eles são tão orgulhosos do underground que o símbolo estampa vários tipos de souvenir. A capital britânica também conta com trens DRL, bondes, barcos no Rio Tâmisa, bikes compartilhadas, e, é claro, os icônicos ônibus vermelhos de dois andares.

O Transport For London, do governo de Londres, é o site oficial para simular seu trajeto: você coloca seu local de origem, seu destino, e ele te aponta qual transporte é mais vantajoso, quanto vai custar, quanto tempo vai demorar, nome de linha, estação, e tudo mais. Mas aplicativos como o Google Maps também funcionam muito bem — foi só o que eu usei para me deslocar por lá. Lida melhor com o mapa mesmo? Você acessa o do metrô neste link.

Transportes em Londres

Como pagar o transporte público em Londres

Tentar pagar transporte com dinheiro é uma má ideia em Londres. Não é possível comprar bilhetes dentro dos ônibus. Já no metrô, até é possível adquirir passagens únicas em totens ou bilheteria na entrada das estações, mas essa não é uma opção prática, nem barata. Isso porque a tarifa costuma ser a mais cara, ou seja, 6,70 libras.

Tem duas formas práticas e econômicas de usar o transporte público em Londres: cartão Oyster ou pagando com o seu próprio cartão de crédito ou débito internacional com aproximação.

O sistema de ambos é inteligente e só cobra a menor tarifa de acordo com o trajeto que você faz. Além disso, mesmo usando o transporte público para caramba, existe um teto que o governo te cobra. Ou seja, você pode fazer quantas viagens quiser e, quando todas as suas tarifas somarem um determinado valor, não será cobrado a mais.

Crianças com até 11 anos não pagam para usar o transporte público em Londres. Elas podem passam junto com um adulto sem ter de apresentar nenhum documento.

Como usar o cartão com aproximação no transporte de Londres

Você só precisa passar o cartão (ou relógio, ou celular) direto na leitora que fica na catraca de entrada. No caso do metrô, só atente que vai precisar passar esse mesmo cartão na leitora na hora de sair, para que a portinha se abra e finalize a sua viagem. Isso não é necessário nos ônibus ou bondes.

Ah, outro detalhe importante: não dá para compartilhar o mesmo cartão com outra pessoa na hora de passar na catraca. Cada pessoa tem que usar um cartão diferente para que o sistema faça o cálculo da tarifa.

Se você prefere não usar seu cartão de crédito, pensando nas taxas adicionais que seu banco pode cobrar, uma ótima ideia é criar uma conta digital com saldo em moeda estrangeira. A maioria delas não tem nenhum custo para abertura ou manutenção, oferece uma cotação mais competitiva do que comprar moeda em espécie ou utilizar o cartão de crédito e tem IOF reduzido. As mais comuns no Brasil são a Nomad, a Wise, C6 e Inter.

A Wise até é britânica, e permite que você mantenha e movimente dinheiro em mais de uma moeda estrangeira — incluindo libras. Para abrir uma conta, clique aqui. Outra opção muito boa é a Nomad, que opera em dólares e converte na hora da compra.

Se você ainda não é cliente, baixe o app Nomad clicando aqui e utilize o cupom MELHORESDESTINOS20 no código de convidado (não pule essa etapa!). Depois, insira os seus dados pessoais e envie a foto do seu passaporte, RG ou CNH. Você receberá 2% de bônus do valor da sua primeira remessa limitado a US$ 20 bônus em até 15 dias úteis.

Como usar o Oyster Card em Londres

Antes do embarque, você precisa adquirir um Oyster card, o cartão que garante acesso ao metrô, trens, ônibus, bondinhos elétricos de South London, Docklands Light Railway (DLR) e até o Thames cable car (Emirates Air Line). Custa £ 7 para expedir um cartão, dá para comprar na estação de metrô mesmo.

Toda vez que o cartão é utilizado, o valor do trecho em questão é debitado automaticamente. São as chamadas tarifas pay as you go. Sugestão da própria administradora do metrô: se você estiver visitando Londres por dois dias, comece com £ 15 de crédito. Se você estiver visitando Londres por quatro dias, comece com £ 30 de crédito.

Bem como o cartão de crédito, você aproxima o Oyster do "símbolo amarelo" que fica nas catracas das estações, a fim de liberar a sua entrada. Caso não haja mais créditos, a sua entrada será negada. Você pode se dirigir a uma máquina automática ou guichê de atendimento para efetuar a compra com cartão de crédito.

Na saída do metrô, você volta a aproximar o cartão na catraca para a portinhola se abrir e o sistema finalizar sua viagem. Isso não é necessário nos ônibus ou bondes.

Cada passageiro precisa portar o seu próprio Oyster, exceto menores de 11 anos que viajam gratuitamente com um adulto pagante.

Mas bora falar mais sobre cada opção de transporte em Londres!

Metrô em Londres

O metrô é o transporte favorito de moradores quanto de turistas. É a opção mais pontual e abrange praticamente toda a cidade: tem mais de 400 quilômetros de extensão. Tem mais de 270 estações, onde passam 12 linhas:

  • Bakerloo
  • Central
  • Circle
  • District
  • Elizabeth
  • Hammersmith & City
  • Jubilee
  • Metropolitan
  • Northern
  • Piccadilly
  • Victoria
  • Waterloo & City

São 9 zonas no total, e quanto menor o número da zona, mais central é a área. A área mais turística corresponde às zonas 1 e 2. Praticamente todos os pontos turísticos famosos, como o Palácio de Buckingham e o (Big Ben), concentram-se nessa região. Já o aeroporto de Heathrow, a principal porta de entrada da cidade, fica na zona 6, a 25 km do centro.

Transportes em Londres

Os londrinos são tão orgulhosos de seu sistema de metrô que o símbolo estampa camisetas, moletons, almofadas e até meias. E eu vi até casais fazendo ensaios fotográficos na entrada de estação de metrô — consegue imaginar isso no Brasil? 

Além disso, a frase escrita nas estações para lembrar os usuários de cuidar o vão entre o trem e a plataforma ("mind the gap") virou praticamente um slogan da cidade.

Como usar o metrô em Londres

Como eu já disse, a forma mais mais fácil de descobrir qual metrô pegar é por aplicativos como o Google Maps ou o site do governo britânico, Transport For London. Chegando na estação, você precisa ir ao encontro da sua linha — placas vão indicar a direção, com o nome e a cor dela. Atente que pode ter mais de três linhas na mesma estação.

Ao final, provavelmente, você vai encontrar uma placa dividindo a mesma linha para dois lados: é a hora que você checa pra que direção vai o trem, e também o destino final. Passam, na na mesma plataforma, trens da mesma linha que tem destinos finais diferentes. Painéis pendurados no teto mostram quantos minutos faltam para chegar o trem que você precisa pegar.

Transportes em Londres

Mesmo depois de prestar atenção a tudo isso, eu ainda me acostumei a checar se a primeira parada depois de entrar no metrô condizia com a estação que o aplicativo apontava, e que eu não estava indo para a direção contrária (aconteceu, admito).

Quanto custa o metrô de Londres

Esses são os preços das tarifas de metrô partindo da zona 1 em 2023, fora do horário de pico:

Zonas Passagem avulsa Oyster ou cartão com aproximação
Zona 1 £ 6,70 £ 2,80
Zona 1-2 £ 6,70 £ 3,40
Zona 1-3 £ 6,70 £ 3,70
Zona 1-4 £ 6,70 £ 4,40
Zona 1-5 £ 6,70 £ 5,10
Zona 1-6 £ 6,70 £ 5,60

Horário do metrô em Londres

Em linhas ferais, o metrô de Londres funciona das 5h à 0h de segunda a sábado e, aos domingos, das 7h30 às 23h30. As linhas Central, Victoria, Jubilee, Northern e Piccadilly oferecem serviço noturno às sextas e sábados. É uma vantagem para quem quer curtir a noite londrina, sem ter que gastar com táxi ou Uber.

Ônibus em Londres

Ônibus é o meio de transporte coletivo mais barato em Londres. A viagem custava, em junho de 2023, £ 1,75, e não há o sistema de zonas de transporte de Londres que pode encarecer o trajeto. Além disso, você só será descontado uma vez em cada hora que usa o ônibus, então pode trocar de linha sem custo adicional.

E além de econômicos, eles ainda são um símbolo da cidade. Os ônibus vermelhos começaram a circular em 1909 pelas ruas londrinas e ganharam o segundo andar na década de 1950. Se você conseguir sentar no vidro dianteiro do segundo piso, então, o passeio fica perfeito. Dica: as rotas 9, 11 e 24 passam por vários pontos turísticos, dá para fazer um passeio barato com vistas como essa:

Transportes em Londres

A desvantagem é que o trânsito em Londres consegue ser bem lento e, diferente dos metrôs ou trens, o ônibus não foge dele. A primeira vez que eu peguei um ônibus, estava rolando uns desvios em Westminster e teria sido bem mais rápido ir caminhando.

Os ônibus geralmente começam a circular por volta das 5h até à 0h30, porém as rotas principais também oferecem ônibus noturnos (da 0h às 5h ou 24 horas por dia).

Transportes em Londres

Ônibus hop-on hop-off em Londres

Tem várias empresas que operam rotas de turismo em ônibus no sistema hop-on hop-off. São veículos de dois andares, com o andar superior aberto, que costumam incluir audioguia em português, espanhol, inglês e várias outras línguas. Se você não tem muito tempo na cidade, ou quer chegar aos pontos turísticos sem se preocupar muito com o transporte, essa pode ser uma boa opção.

Tem pelo menos três trajetos diferentes, que passam por pontos turísticos como Big Ben, London Eye, St. Paul’s Cathedral e Tower Bridge. Você pode descer na atração que quiser e depois pegar outro ônibus da mesma empresa para continuar o trajeto.

Você pode consultar os preços, as rotas e fazer a reserva neste link.

Transportes em Londres

Bicicletas compartilhadas em Londres

Ainda falando sobre meios de transporte econômicos, há as bikes do Santander Cycle. O passeio de até meia hora custava, em junho de 2023, 1,65 libras, ou seja, um pouco mais de 10 reais.

É um sistema de aluguel de bicicletas em Londres bem fácil de utilizar, praticamente igual ao Bike Itaú que existe em capitais brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Há cerca de 800 estações espalhadas por Londres. Você pode fazer o aluguel usando cartão de crédito ou débito internacional junto aos totens de cada estação, optando pelo Single Ride (Casual Pass). Se você não devolver em até 30 minutos, taxas extras vão sendo acrescentadas no seu cartão.

Transportes em Londres

Quando você faz o pagamento, o totem imprime um bilhetinho com uma senha de cinco números, que você vai digitar no painel da bike escolhida. Você pode devolver a bicicleta em qualquer estação do Santander Cycle, não precisa ser a mesma em que você retirou, mas atente que é necessário acender a luz verde no painel para garantir que a bike foi devidamente estacionada.

Transportes em Londres

Para saber onde ficam as estações, eu recomendo baixar o aplicativo do Santander Cycle no celular. Lá também é possível fazer planos de pagamentos por mais dias, para evitar de pagar nos totens, mas não consegui testar essa opção porque o sistema não aceitou o meu endereço brasileiro no cadastro. Mais informações sobre tarifas, estações espalhadas pela cidade e mais, aqui.

Eu usei muito as bikes do Santander por lá, talvez até mais do que o metrô. Só atente que o trânsito para bikes também é em mão inglesa, ou seja, no sentido inverso ao que estamos habituados.

Também há outras empresas de bikes compartilhadas que operam na cidade, como a Lime, que tem bikes elétricas. Mas não há estações fixas: você consegue encontrá-las, desbloqueá-las e pagar por meio do aplicativo do Uber. Como cobra também por quilômetro rodado, acaba saindo significativamente mais caro. 

Transportes em Londres

Docklands Light Railway (DLR) de Londres

Trens partem a cada 4 - 10 minutos das estações Bank e Tower Gateway com destino a Docklands, leste e sudeste de Londres. Além disso, o meio de transporte é útil para aqueles que desejam visitar o centro financeiro Canary Wharf, o histórico veleiro Cutty Sark e Greenwich e para aqueles que precisam ir e vir do aeroporto London City. Os trens funcionam das 5h30 à 0h30, de segunda a sábado, e das 6h30 às 23h30, aos domingos.

Táxi em Londres

Os táxis pretos são outro símbolo de Londres — como eles valorizam seus meios de transporte, né? Os black cabs estão por toda parte. Até existem alguns pontos em lugares estratégicos, como na frente de teatros, mas a forma mais comum é "atacá-los" levantando a mão. Se a luz laranja em cima dele estiver acesa, é porque está disponível.

Mas eles também estão suscetíveis ao trânsito pesado e a tarifas nada convidativas. Na verdade, é caro mesmo, e os preços podem variar de acordo com horário, distância e velocidade. Eu usei uma vez só, para testar, e um trajeto de 2,5 km, custou 18,80 libras. Mais de 100 reais em um trecho que dava para percorrer a pé!

O carro era superespaçoso, nesse cabiam até seis pessoas, e tinha teto solar. O banco motorista é separado dos passageiros por um painel de acrílico, com um autofalante para a gente se entender. Aceita pagamento com cartão.

Transportes em Londres

Uber em Londres

Também é bem caro, não vou mentir. Eu simulei esse mesmo trajeto de 2,5 km em Uber e daria 17 libras. Mas é uma opção, em via de regra, um pouco mais vantajosa do que o táxi, ainda mais para quem já está habituado a tecnologia de chamar um veículo pelo aplicativo. 

Me chamou atenção também a quantidade de categorias oferecidas. Tinha Uber pet, que aceitava cachorro; Uber Executivo e também Uber Lux, com carros de luxo; Uber Green, com carros elétricos; UberXL, para até seis pessoas, e até Uber pela Ucrânia, que ajuda a comprar ambulâncias para o Ministério da Saúde do país em guerra.

Uberboat em Londres

O Uberboat é o "river bus" oficial de Londres, o barco que é projetado para servir de meio de transporte. Ele atravessa o Rio Thamis nos dois sentidos e vai parando nos 23 píers entre Putney e Woolwich. É possível comprar ingresso na hora. Mas já alerto que pode ter fila: em uma tarde domingo ensolarada, eu esperei uma hora para conseguir embarcar. 

A maior parte dos assentos são em área fechada, com janelas panorâmicas — tomara que você consiga lugar nos corredores laterais, para admirar melhor a vista. Tem alguns poucos bancos no exterior, que costumam ficar na parte traseira do barco. Tem um café e bar dentro do Uberboat também.

Existe a opção de adquirir um trecho apenas ou um dia inteiro de viagens (como se fosse um hop on-hop off). Um dia nessa última modalidade é gratuito com o London Pass. É possível obter mais informações sobre o Uberboat neste link.

Aluguel de carro em Londres

Carro no centro de Londres não costuma ser muito útil, porque pode ser difícil encontrar lugar para estacionar e porque o transporte público é bem eficiente.

Mas alugar um carro pode ser uma opção bacana para quem pretende seguir viagem pelo Reino Unido, conhecendo outros cantinhos do país. A gente indica fazer a reserva de forma antecipada pelo site da Rentcars, que reúne as melhores locadoras, também, em Londres. Use o cupom exclusivo MDGUIA5 e tenha 5% de desconto.

Ah, e tome bastante cuidado! Nós, brasileiros, não estamos acostumados a dirigir na mão inglesa.

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