Museu Julio de Castilhos

O Museu Julio de Castilhos é o mais antigo do Rio Grande do Sul, tendo sido criado em 1903. É, essencialmente, um museu histórico, que tem exposições temporárias e permanentes sobre relevantes fatos políticos, sociais, culturais e econômicos do Estado. Ele foi instalado na casa onde morou o presidente do Rio Grande do Sul por duas vezes e principal autor da Constituição Estadual de 1891, que dá nome ao centro cultural.

Tem alguns objetos pessoais da família, como móveis imperiais e um tinteiro de prata que pertenceu a Castilhos. Dentre as exposições estão “Memória e Resistência”, que exibe várias peças representativas do povo indígena, com destaque para as esculturas missioneiras, e “Narrativas do Feminino”, que expõe diferentes perspectivas de mulheres de meados do século XIX a meados do século XX. Você encontrará no museu, por exemplo, peças da vestimenta das mulheres negras gaúchas nesse período e também uma réplica de um vestido de Honorina, esposa de Castilhos.

Na visita para escrever o guia, eu encontrei uma peça que me intrigou já na minha primeira visita ao museu com a escola, quando eu era pequenina. Eram as botas de um rapaz que viveu no interior do Rio Grande do Sul no começo do século passado e tinha gigantismo; ele media 2,17 metros.

Também tem uma seção divertidíssima onde a gente é convidado a responder para que serviam determinados objetos antigos, como um estranho espremedor de laranja e um liquidificador do século XX, e outra seção com veículos de transporte antigos.

Um exemplo é uma cadeirinha de arruar, datada do século XIX, que, conforme destacam as próprias placas do local, registra não apenas os primórdios das formas de locomoção no Brasil, mas também a violência ao qual homens e mulheres trazidos da África foram submetidos, uma vez que a cadeirinha era movida à tração pelo trabalho forçado de escravos.

O ingresso é gratuito, e o museu abre de terça-feira a sábado, das 10h às 17h.