Jéssica Weber Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.

Parque da Redenção

A Redenção está para Porto Alegre como o Parque do Ibirapuera para São Paulo ou o Central Park para Nova York. Gaúcho é meio exagerado; nosso parque é bem menor do que esses outros, mas é também um oásis verde no meio da selva de pedras e guarda um bocado da essência da cidade. 

O nome oficial é Parque Farroupilha, mas a denominação que pegou mesmo foi Redenção, em homenagem à libertação dos escravos em Porto Alegre. Ele fica no meio de quatro bairros: Farroupilha, Cidade Baixa, Centro Histórico e Bom Fim. Não é um parque cercado, então dá para entrar por qualquer lado, mas o principal acesso é pela curtinha Avenida José Bonifácio. 

O eixo central é a parte mais frequentada do parque, onde há um chafariz colorido (que nem sempre está funcionando) e um espelho d'água. Costuma ter ambulantes vendendo pipoca, churros e bebida por ali, além de vários gramados, onde uma galera senta para tomar chimarrão. 

O eixo central começa no icônico Monumento ao Expedicionário, uma estrutura de granito em forma de arco duplo, com esculturas representando soldados, uma figura feminina inspirada nas estátuas de Atena, pisando em uma serpente, e a inscrição "À Força Expedicionária Brasileira — A Pátria agradecida".  

Redenção

O parque tem um lago com aluguel de pedalinhos, três diferentes playgrounds, cachorródromo, um trenzinho que passeia pelo parque e um parquinho de diversões, que não é muito grande, mas é bem mimoso. 

Tem também pista de corrida, canchas esportivas, academia ao ar livre e, ali pertinho, uma atração quase desconhecida que eu adoro, o último chafariz de uma era na capital.  

Há um século e meio, a distribuição pública de água potável na cidade ocorria por meio de oito chafarizes monumentais importados da Europa, e o Chafariz Imperial foi o único que resistiu. O chafariz é feito de ferro fundido e originário da França. Tem como elemento central as figuras de três meninos em pé, recostados contra o eixo central. A bandeja é cercada por 14 carrancas, por cujas bocas a água jorra ao tanque maior. Na base do modelo, há quatro carrancas de leões, cujas bocas também jorram água. Recentemente revitalizada, a área ao redor do chafariz se chama Recanto Europeu.

Também vale visitar o Recanto Oriental, ao lado do eixo central, que tem uma estátua de Buda, bancos e pontes ornamentadas ao redor de um mini laguinho. 

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Mas atenção: Porto Alegre é uma capital brasileira e, bem como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador etc., falha em segurança pública. Vale a pena conhecer a Redenção, mas prefira áreas com mais movimento. 

Restaurantes na Redenção

A Redenção ganhou recentemente um complexo gastronômico batizado de Refúgio do Lago — fica entre o lago e o eixo central do parque. O espaço conta com cinco estabelecimentos de comida, incluindo pizzaria napolitana, carnes e burguers, comida natural, gelateria e cafeteria, e um bar para venda de bebidas. 

É um lugar bem agradável para dias de tempo bom, com mesas no térreo e em um andar sobre os bares, à altura da copa das árvores. Vale ver a programação de música ao vivo no pequeno palco instalado ali. 

Redenção

Também tem bastante gente que opta pelos restaurantes no Mercado do Bom Fim, na esquina entre as ruas Osvaldo Aranha e José Bonifácio, ou pelos cafés do bairro Farroupilha. Tem um pet friendly bem legal chamado Fermata 29. Se você tiver sorte de pegar mesa na rua, melhor ainda. 

Brique da Redenção

O Brique da Redenção é uma feira a céu aberto que ocorre aos domingos no canteiro central da avenida José Bonifácio. Dezenas de expositores montam sua tenda para vender artesanato, objetos de antiquários, roupas e comidinhas. Além disso, é onde a arte de rua acontece em Porto Alegre: você encontra os mais diversos tipos de música passando o chapéu por ali. Acontece entre 9h e 17h, sempre aos domingos.

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Parque da Redenção

Bairro Farroupilha