San Blas

A atual paz que reina em praias, manguezais e lagoas em nada lembra o período de guerra enfrentado por San Blas no século XIX . A cidade, com dez mil habitantes, já foi palco de grandes batalhas durante a independência mexicana. No período da colônia, foi sede do mais importante porto do Pacífico Norte, de onde partiram expedições espanholas para o Pacífico Norte. Se você não abre mão de conhecer – e viver – um pouco da história dos seus destinos, San Blas não pode deixar de ser visitada.

Fundada em 1531, ainda hoje é possível percorrer as ruínas dos fortes, construídos no século XVIII, à beira-mar do Porto de San Blas. La Contaduría, o Templo de Nuestra Señora del Rosário (La Marinera), o Forte de San Blas e a antiga Aduana Marítima (prédio do séc. XIX, hoje Casa de Cultura) são algumas das construções abertas a visitação.

Os que procuram maior contato com a natureza também estão no lugar certo. San Blas tem uma grande variedade de habitats naturais, o que permite a observação de muitas espécies da fauna, especialmente pássaros. No Parque Nacional La Tovara é possível percorrer os canais dos manguezais e ver mais de 300 espécies de aves, além de tartarugas e crododilos. Os pássaros podem ser vistos ainda na Isla Isabel (a 40km de San Blas), onde milhares deles se refugiam entre falésias e praias. O melhor período para a observação é de outubro a abril.

Como em toda a Riviera Nayarit, a região de San Blas também está rodeada de areia e mar; por isso, não deixe de visitar uma das praias. Las Islitas (mais sossegada), Matanchén (para a prática de esportes aquáticos), Los Cocos, Playa del Rey e Playa el Borrego são as mais conhecidas. Isso não significa que fiquem cheias, muito pelo contrário. San Blas costuma anunciar que é uma “região turística sem turistas”, ou seja, é para quem quer sossego e distância do agito.

Localizada no extremo norte da Riviera Nayarit (a 160km de Nuevo Vallarta), San Blas é ainda pouco explorada. A infraestrutura turística não é grande, porém a cidade oferece hotéis confortáveis e bons restaurantes. Vale se hospedar na região por, pelo menos, dois dias. Assim você terá a oportunidade de conhecer diferentes praias e fazer passeios pelo mangue, pelas ilhas, além de visitar as ruínas. 

Dica: Não há como ignorar os mosquitos da região. Jejenes, como são conhecidos, têm fama de devoradores. 

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