Transportes em São Francisco
Uma cidade que tem como principal ponto turístico um meio de transporte não poderia decepcionar os visitantes no quesito locomoção. São Francisco é famosa pelos históricos e charmosos bondinhos - ou cable cars - que percorrem algumas das mais íngremes ladeiras na área da baía. Eles são realmente encantadores e vivem lotados de gente pendurada por todos os lados. É difícil resistir à tentação de subir em um deles e curtir a sineta que toca a cada cruzamento.
Diferente do que muitos pensam, o bondinho não é apenas um passeio turístico. Ele é realmente um meio de transporte eficiente (mesmo que sempre esteja lotado), porém é apenas um entre tantos que a cidade oferece. Você encontrará em São Francisco todo meio de locomoção: bicicleta, ônibus comum e elétrico, bondinho, trem, metrô e ferry são algumas das opções para circular pela área. É preciso estar atento para as denominações diferentes que os meios de transporte recebem por lá. Muni, Bart, Cable Car e Trolley são algumas das nomenclaturas que explicaremos a seguir.
A organização de São Francisco é como um tabuleiro de xadrez. É fácil de entender e localizar-se. Além disso, os pontos mais visitados estão centralizados em um trecho pequeno da cidade. Com um mapa turístico na mão você identificará facilmente todos os transportes disponíveis. Eles seguem quase sempre em linhas retas; por isso, basta procurar o ponto onde você está e aquele para onde quer ir. Certamente, no meio do caminho uma linha o levará até lá.
Os moradores costumam ser extremamente gentis e cordiais com os turistas. Basta abrir um mapa para alguém perguntar se você precisa de ajuda. Os motoristas também estão adaptados às dúvidas e muitas vezes questionam (sem precisar pedir) para onde você está indo. Caso esteja no transporte errado, ele indicará o caminho correto.
Apesar da excelente oferta de transporte público, uma das melhores maneiras de circular por São Francisco é a pé. O sobe e desce de ladeiras pode ser infinito, porém é na rua que estão as melhores surpresas. Em pouco tempo você entenderá a lógica do mapa e já estará sentindo-se um local. Se a ladeira for das piores, siga para a próxima rua. Você vai perceber que a próxima sempre pode ser mais plana. Outra dica é sempre ter em mãos um mapa da cidade. Distribuídos em todos os pontos turísticos, hotéis e restaurantes, eles serão imprescindíveis na viagem. Marque seus pontos preferidos para visitar, tome fôlego e siga adiante. São Francisco é linda, segura e o passeio (seja de bondinho ou a pé) faz parte da viagem.
Transportes públicos em São Francisco
Independentemente de quantos dias você ficará viajando, a melhor opção para se locomover é o eficiente transporte público. Alugar um carro pode ser uma ótima ideia em outras regiões, porém não em São Francisco. Renda-se aos fatos: poucas cidades do mundo têm uma locomoção tão tranquila para turistas de primeira viagem. Apesar de ser realmente fácil, algumas dicas nunca são demais. Então, vamos lá!
- Cable Cars
Este é o xodó da cidade de São Francisco. Os bondinhos, lá chamados de cable cars, estampam camisetas, lojas, canecas e, de tão populares, ganharam até um museu! Passeando pela cidade você certamente cruzará com algum deles nas ladeiras. Se ouvir o sino tocar, prepare a câmera para registrar uma das mais famosas cenas locais.
Além de atração turística, os cable cars realmente são utilizados como transporte. O público-alvo é formado basicamente por turistas, já que a passagem custa mais do que no transporte normal. Para economizar os USD 6 de cada viagem, é preciso adquirir um dos passes que dão direito a circular em vários transportes públicos (explicaremos a seguir).
Para pegar o transporte, basta aguardar em uma das estações sinalizadas com o desenho do bonde. A cobrança é feita pelo condutor; se não houver mais lugares, não adianta chorar, pois o bonde passará reto por você sem dó nem piedade. As filas nos pontos próximos à baía costumam ser grandes (até uma hora de espera). É mais fácil subir em um deles nas estações do centro.
As linhas são limitadas a apenas três opções:
- Powell St/Mason St: Esta linha faz a ligação entre Powel Street (Union Square) e a Bay St, próximo ao Fisherman’s Wharf. O caminho é feito pela Mason St e passa por Chinatown e Nob Hill.
- Powell St/Hyde St: A linha, com trajeto inicial similar ao da anterior, tem percurso que segue pela Hyde St e termina na Ghirardelli Square, bem próximo ao Fisherman’s Wharf. No caminho você passará pelas ladeiras Russian e Nob, pelo Cable Car Museum e pelas sinuosas curvas da Lombard Street.
- California: Com percurso em uma única linha reta, este cable car passa pela California St. O ponto de partida é o encontro com a Van Ness Avenue e a chegada acontece na Market Street, próximo ao Embarcadero Center. O percurso atravessa a Nob Hill e passa por dentro de Chinatown.
- Muni
O meio de transporte mais utilizado na cidade é o Muni (San Francisco Municipal Railway). O nome é genérico e faz referência à companhia de transporte. Vale para ônibus (Muni Bus ou Trolleybus) e metrô (Muni Metro Light Rail ou streetcars). Os cable cars também fazem parte da rede Muni, porém com tarifas diferenciadas.
O Muni Metro - um tipo de metrô híbrido -, por enquanto, tem apenas 6 linhas em circulação e algumas expansões previstas. É prático, rápido e bem fácil de usar. A maioria dos percursos é de superfície e as estações, bem sinalizadas. Apenas ao longo da Market Street o metrô é subterrâneo. Todas as linhas partem da estação de Embarcadero e seguem múltiplos destinos. O horário é mais pontual do que os ônibus e a viagem, mais rápida e confortável. A desvantagem é que a área de cobertura do Muni Metro ainda é limitada e muitas vezes é preciso completar o percurso em um ônibus.
Alguns street cars antigos ainda percorrem as ruas de São Francisco. Eles não são tão famosos quanto os cable cars, porém são igualmente charmosos. Eles circulam pela linha F, partem do Fisherman’s Wharf e seguem à beira da baía pela Embarcadero.
O Muni Bus, ou Trolleybus, não é a maneira mais divertida de andar pela cidade, mas certamente é a que tem mais linhas disponíveis e cobre a maior área. Os ônibus estão espalhados por toda a região de São Francisco e levam à grande maioria dos destinos turísticos. Com um mapa na mão é possível identificar, entre mais de 40 opções, uma linha que chega aonde você quiser. Como o trânsito não é dos piores, andar de ônibus torna-se confortável e até rápido.
As estações (algumas têm apenas uma plaquinha no poste) são sinalizadas com o número do veículo que faz aquela rota. Poucas dispõem de painéis luminosos que avisam o horário do próximo veículo ou até um mapa da região. É verdade que pontualidade não é o forte dos ônibus de São Francisco - por isso, se tiver hora marcada, saia com antecedência do hotel.
Dica: Quem estiver com internet no celular poderá baixar aplicativos que auxiliam no transporte. Eles sugerem a melhor rota para o percurso, avisam onde parar, quanto tempo o percurso vai levar e (o melhor) em quanto tempo passará outro transporte. Apps como Google Maps e Muni+ podem ajudar bastante quando você estiver esperando.
Tarifa: Existem várias opções de tarifa para os turistas que visitam a cidade e querem usar o transporte público. A tarifa individual do Muni é de USD 2; ela vale por até 90 minutos e permite a troca de transporte dentro desse período. O custo do cable car é mais alto - USD 6 por viagem - e não é possível a transferência de transporte.
Quem for ficar na cidade por alguns dias pode avaliar a compra do Visitor Day Pass. O sistema dá direito a entrada em todos os transportes do Muni, incluindo o cable car. Eles podem ser adquiridos nas principais estações e também com os condutores do bondinho. Os valores são:
- 1 dia – USD 15;
- 3 dias – USD 23;
- 7 dias – USD 29.
Outra maneira prática e econômica é o CityPass. O passe dá direito a várias atrações e também permite entrada ilimitada em todos os transportes do Muni durante sete dias corridos. O passe vale, inclusive, para o cable car. O City Pass custa USD 86.
- Bart (Bay Area Rapid Transit)
Para os visitantes, pode parecer um pouco complicado entender a diferença entre o Bart e o Muni. Na prática, o Muni funciona apenas dentro de São Francisco, enquanto o sistema de trens do Bart circula por toda a região da baía. Ligação entre a região da península e as cidades no lado leste da Baía, o Bart é como um transporte de longa distância. Ele também faz a ligação da cidade com o Aeroporto Internacional de São Francisco e o Aeroporto Internacional de Oakland.
Alguns trajetos dentro de São Francisco podem ser convenientemente feitos de trem, porém a tarifa não faz parte do mesmo sistema do Muni. Sendo assim, passes de visitante não valem para o Bart. Fique atento ao entrar nas estações compartilhadas pelos dois sistemas – Bart e Muni. As entradas são muito parecidas e você poderá cair no vagão errado.
Tarifa: Os t[iquetes podem ser comprados em máquinas eletrônicas dentro das estações e o valor varia de acordo com a distância percorrida.
- Ferry
Nem todas as barcas que atravessam a baía são para passeio. Algumas são transportes públicos e atendem os moradores da região. O visual, no entanto, é bonito para todos. Os trajetos são muitos, porém dois são mais populares entre os turistas. Quem faz o famoso passeio de bicicleta até Sausalito termina o trajeto voltando para São Francisco de ferry. Outro ponto turístico que atrai muitos visitantes (acessível apenas em balsa) é o Parque de Alcatraz. O bilhete que os turistas pagam para visitar o presídio, na verdade, é a passagem da balsa, já que o acesso ao parque é gratuito.
Outros destinos do ferry são: Angel Island, Tiburon, Larkspur, Vallejo, Alameda e Oakland. As balsas partem do Píer 41 e do Ferry Building.
A estação de Ferry Building é a mais popular. Além de ser ponto de partida dos barcos, ela conta com um maravilhoso mercado gourmet que atrai turistas em busca de boas experiências gastronômicas.
Tarifa: Os tíquetes podem ser comprados em máquinas automáticas próximas ao embarque. O valor varia de acordo com o trajeto. A exceção é para Alcatraz, que deve ter o bilhete comprado com muita antecedência para garantir o lugar.
Alugando um carro
Por ser uma cidade pequena, com ótimas opções de transporte público, São Francisco não exige o aluguel de um carro. Se você pretende ficar apenas na cidade, o automóvel é altamente dispensável, mesmo que você chegue de viagem dirigindo.
Apesar da diária do aluguel ser bem barata (com US$ 300 você pega um carro econômico por uma semana), os custos na cidade são altos. Estacionar pode pesar um bocado no bolso. Todos os hotéis cobram taxas de estacionamento, que variam entre USD 40 e USD 60. Se preferir um estacionamento por fora, o valor médio na região da Union Square é de USD 35 a diária, mas o pagamento também pode ser feito por hora e varia de acordo com o turno.
Para quem pretende estacionar na rua, o custo do parquímetro, por hora, é de USD 2 a USD 3.50. Todos aceitam pagamento em moeda e celular, mas só alguns podem ser pagos com cartão de crédito. Fique atento ao horário de funcionamento do parquímetro para não ser multado.
Preste atenção também às regiões onde é permitido estacionar. Se vir uma marcação vermelha no meio-fio, a área é proibida. Alguns pontos turísticos de maior circulação oferecem grandes estacionamentos, muitas vezes gratuitos. Consulte o seu destino para ter certeza de que poderá parar por lá.
A verdade é que não é nada prático andar de carro em São Francisco. O transporte se mostra uma boa opção para passeios mais longos, como Muir Woods, Yosemite Park, Napa Valley e outras cidades próximas.
Empresas para aluguel de automóvel:
- Hertz;
- Dollar;
- Happy Tours;
- Alamo.
Vá de bike!
A cidade de São Francisco é muito bem servida de áreas para ciclistas. As pistas funcionam tanto como ciclovias (exclusivas para bicicletas) quanto ciclofaixas (compartilhadas com carros). Nem todas as regiões são fáceis de pedalar, considerando o tamanho das ladeiras. No entanto, um dos mais populares passeios da cidade é o trajeto de bike entre o Fisherman’s Wharf e a cidade de Sausalito, do outro lado da ponte Golden Gate. Veja mais detalhes sobre o passeio clicando aqui.
Alugar uma bicicleta é fácil. O custo da diária é de aproximadamente USD 32 e você encontrará várias empresas que oferecem o serviço. Até bicicletas elétricas estão disponíveis para quem não tem gás para subir as ladeiras.
Outra opção é usar o serviço de bicicletas compartilhadas. O Bay Area Bike Share permite que o visitante alugue uma bike apenas com um cartão de crédito e um telefone celular. O primeiro passo é cadastrar-se no sistema on-line. Em uma das estações, ao escolher a bike, você receberá um código para desbloqueio no telefone cadastrado. O custo é de: USD 9 por dia; USD 22 por três dias; ou USD 88 para um passe anual.
O uso está limitado a 30 minutos por vez. Depois é preciso devolver a bicicleta para pegar outra com novo código. Você poderá também optar por pagar mais USD 4 para permanecer por 1 hora. A relação custo x benefício perde para o aluguel, caso a ideia seja passar o dia em um passeio, mas ganha em deslocamentos rápidos. O projeto conta com mais de 35 estações, localizadas principalmente na área da Market Street e Embarcadero.
Clique nos links e veja algumas empresas que alugam bicicletas em São Francisco: