Onde ficar na Chapada Diamantina
A Chapada Diamantina ocupa uma área de 38 mil km² e há atrações espalhadas em todas as regiões. Escolher a hospedagem para curtir todos os dias da viagem não será difícil, porém é preciso estar atento ao roteiro para que os pernoites ajudem a não perder tempo demais em deslocamento. São várias as bases para hospedagem que merecem uma visita, mas a principal delas é a cidade de Lençóis, onde está a maior concentração de pousadas, agências de turismo, restaurantes e serviços. O ideal é tentar dividir o tempo na Chapada Diamantina em pelo menos duas bases, para economizar nos trajetos e, claro, curtir os diferentes pontos de apoio. Mesmo que a viagem seja feita com agências de turismo, vale a pena investir em pernoites em regiões variadas.
Entre as bases de hospedagem na Chapada Diamantina, as principais são: Lençóis, o Vale do Capão (oficialmente chamado de Caeté-Açu), Mucugê e Igatu (Andaraí). É preciso dizer, entretanto, que para quem está de carro, há diversas opções de hospedagem mais isoladas ao longo das estradas, não necessariamente localizadas nas cidades e vilarejos mais populares.
As hospedagens na Chapada Diamantina seguem o perfil de pousadas, algumas mais rústicas, outras mais elegantes e muitas delas com ar descolado e alternativo. Não há grandes redes hoteleiras ou hotéis com alto padrão de luxo. O mais comum na Chapada Diamantina são ambientes simples, mas sempre de bom gosto e com grande foco na natureza, como não poderia deixar de ser. Os preços são amigáveis e, se comparados aos valores dos passeios, não pesarão tanto no total do orçamento da viagem. Com R$ 150 é possível conseguir um bom quarto duplo, com ar-condicionado e café da manhã. Aliás! As pousadas da Chapada Diamantina, especialmente de Lençóis, costumam ser muito bem lembradas pelo café da manhã, principalmente as pousadas que se preocupam em manter um cardápio regional. E para quem quiser hostels, aluguel de temporada ou pousadas um pouco mais sofisticadas, também não faltará opção.
Além das pousadas e hotéis, quem vai à Chapada Diamantina poderá se deparar com hospedagens em campings e casas de moradores da região. Os campings são comuns especialmente nos casos de trilhas longas, com mais de um dia de duração e pernoite no meio do caminho. Nesses casos, as agências costumam fornecer o material de acampamento. Caso vá contratar um guia particular, será necessário levar todo o necessário para o acampamento. Quando falamos em campings, não estamos falando necessariamente de locais com infraestrutura. Quase sempre o pernoite nas trilhas é em meio à natureza. Em algumas rotas, como a do Vale do Pati e da Cachoeira do Roncador, o pernoite pode ser na casa de nativos, que fazem as vias de pousadas e recebem os viajantes. Nesses casos, é comum que haja oferta de quartos e também de refeições, não sendo necessário carregar barraca ou alimentos para todos os dias de trilhas.
Vejas as opções de pousadas na Chapada Diamantina.
Hospedagem em Lençóis
A principal base de hospedagem para quem visita a Chapada Diamantina é Lençóis. A cidade abriga o maior número de pousadas e hotéis da região, tem muitos restaurantes e oferece diversas agências de turismo para fazer os passeios pela Chapada Diamantina. Por ter a melhor infraestrutura turística, Lençóis acaba sendo ponto de passagem obrigatório dos turistas que vão para a região. Muitas vezes, a cidade é a única base em toda a viagem.
Temos que admitir que Lençóis é mesmo uma cidade deliciosa! Os casarões históricos e ruas de pedra são charmosos, a gastronomia se destaca com cardápios regionais bem elaborados e à noite ainda é possível curtir o movimento do centro, tomar uma boa cerveja e até ir pra balada. Se for preciso escolher apenas uma base para os dias da viagem, certamente a melhor pedida é a cidade de Lençóis.
Locomover-se a partir de Lençóis para os passeios ao redor da Chapada Diamantina não será difícil. As agências locais oferecem todos os passeios principais. Vale, entretanto, buscar por roteiros que façam pernoites em outras cidades, para evitar deslocamentos muito longos, como é o caso da Cachoeira do Buracão, que está bem mais próxima de Ibicora e de Mucugê, e a Cachoeira da Fumaça e o Vale do Pati, com acesso mais rápido pelo Vale do Capão. Ainda que Lençóis seja a melhor base entre as opções da Chapada Diamantina, não necessariamente ela precisa ser a única.
Para quem busca pousadas de alto padrão e não está com orçamento limitado, vale conferir o Hotel de Lençóis, o Canto das Águas, a Pousada Vila Serrano e a elegante Estalagem do Alcino. Para uma boa relação custo x benefício, com delicioso café da manhã e ótima localização, procure pela Hospedaria Tayrona. Na mesma linha, veja conferir também a Pousada Canto Verde, a Pousada Casa de Geleia, a Pousada Solar Azul e a Villa Justen Pousada. Para economizar, procure o Viela Hostel, o Hostel das Estrelas, e o Albergue Chapada Hostel.
Veja as melhores opções de pousadas em Lençóis.
Hospedagem no Vale do Capão
O Vale do Capão é a segunda principal base para quem deseja conhecer a Chapada Diamantina. O vilarejo, com nome oficial de Caeté-Açu, está localizado a noroeste do Parque Nacional da Chapada Diamantina e oferece o clima mais alternativo entre as bases de hospedagem. O lugar é repleto de pousadas com foco no contato com a natureza e terapias, sendo uma boa opção para quem deseja dias de descanso independente de fazer passeios pela região. O Vale do Capão tem um clima bem místico e oferece exatamente isso aos viajantes que desejam se hospedar por lá. No vilarejo, há boa variedade de pousadas, restaurantes e agências que oferecem tanto os passeios pela Chapada Diamantina quanto cursos e experiências em tratamentos alternativos para o corpo e alma.
O Vale do Capão não é muito grande e o comércio se concentra em uma rua principal. As pousadas seguem um pouco além do centro e o ideal é encontrar um cantinho que ofereça linda vista para as montanhas. Quem procura pousadas no Vale do Capão pode conferir a Pousada Zazen, Pousada Pé no Mato, a Pousada Tarumim, a Pousada do Capão, a Pousada Rosa dos Ventos e o Savi Café e Hospedagem.
Veja as melhores opções de pousadas no Vale do Capão.
Hospedagem em Mucugê
Mucugê é pequenina, cheia de casarões coloniais coloridos e vida pacata como um bom destino de interior. Famosa por ter sido o primeiro local onde encontraram diamantes na região, Mucugê é um convite ao ritmo lento. As ruas são pequenas e o visual é cercado por igreja, coreto, pracinhas, namoradeiras nas janelas e também pela Serra do Sincorá. Ótimo ponto de parada para quem vai fazer o roteiro de volta ao parque. A principal atração a levar turistas até Mucugê é a Cachoeira do Buracão, que tem fácil acesso a partir da cidade. É bem mais fácil e também mais próximo sair de Mucugê que de Lençóis para conhecer a atração. Quem se hospeda em Mucugê pode também conhecer o lindo Cemitério Bizantino que marca a entrada da cidade; fazer trilhas para a Cachoeira de Três Barras e a Cachoeira dos Funis; além de conhecer o Museu do Garimpo, que fica a pouco mais de 5 km da entrada de Mucugê. Para quem busca hospedagem em Mucugê, boas pedidas são a Pousada Monte Azul, a Pousada Recanto da Chapada, a Pousada Refúgio na Serra e o Alpina Hotel.
Veja as melhores opções de pousadas em Mucugê.
Hospedagem em Igatu
O vilarejo de Igatu, parte de Andaraí, é um tesouro ainda pouco explorado pelo turismo. O lugar guarda a memória dos tempos de garimpo em ruínas de pedras das antigas casas dos homens que batalhavam por diamantes e pedras preciosas nas terras da Chapada Diamantina. Igatu é especial pelo visual exótico que lembra um cenário de cinema. Não há muitas atrações na cidade, mas um belo museu a céu aberto, chamado de Galeria Arte e Memória, apresenta obras de artistas locais e lembranças do tempo de garimpo. Igatu também é conhecida por ser um bom polo de escalada e boulder. Quem busca pousadas em Igatu encontrará boa hospedagem na Pousada Flor de Açucena e no Art Hotel Cristal de Igatu. Em Andaraí, cidade vizinha, veja a Pousada Sincorá.
Veja as melhores opções de pousadas em Igatu.
Hospedagem no Vale do Pati
Quem percorre o Vale do Pati deve estar preparado para hospedagem na casa dos moradores locais. Não há pousadas ou hotéis na região e são os próprios nativos que acolhem os turistas. As casas são aconchegantes, com quartos duplos ou compartilhados e a refeição é sempre deliciosa e reforçada. A má notícia é que não há água quente para banho nos chuveiros, por isso é preciso encarar o banho frio, mesmo durante o inverno. O ideal é chegar da trilha com o corpo quente e entrar direito no banho para enganar o frio. As principais hospedagens no Pati são: a casa do Seu Wilson; a casa da Dona Raquel; a Prefeitura; a Igrejinha; a Casa de Dona Leia; e a Casa do Seu Aguinaldo e Miguel. Os guias e agências se encarregam das reservas, já que o contato com as casas é muito difícil. Veja mais sobre o Vale do Pati.