Chapada Diamantina
Monique Renne Repórter fotográfica. Com um mundo inteiro a ser descoberto.

Passeios na Chapada Diamantina

A região da Chapada Diamantina surpreende pela organização com que recebe os turistas. As principais bases para os turistas se hospedarem na região oferecem boas agências de turismo e associações de guias que podem ser contratados por grupos de viajantes independentes, sem intermediário de agências. Não será difícil realizar os passeios na região, mas certamente não será tarefa fácil definir as prioridades dentro dos dias destinados à viagem. Para conhecer o básico da Chapada Diamantina, serão necessários, no mínimo, sete dias inteiros na região, mas quem desejar fazer trilhas mais longas e visitar regiões mais isoladas deve avaliar a possibilidade de ficar de dez a quinze dias por lá. E tenha certeza de que não será suficiente. A Chapada é lugar para voltar muitas vezes.

Vale-do-pati

Com quem fazer os passeios na Chapada Diamantina

Os passeios na Chapada Diamantina podem ser feitos tanto com agências de turismo quanto por conta própria, com a contratação de guias quando necessário. A maneira mais econômica, para grupos de mais de duas pessoas, é a contratação dos guias independentes, mas sem dúvida as agências de viagem são bem mais práticas e fáceis para quem não quer dor de cabeça. O custo, para viajantes sozinhos, será o mesmo entre as duas opções. Já para casais o guia particular já começa a ser mais econômico. A contratação de um guia particular tem custo, em média, de R$ 150 e o preço é válido para grupos de até quatro pessoas (não inclui transporte). Já os passeios contratados em agência têm custo entre R$ 150 e R$ 350 por pessoa em tours de um dia.

Em todas as principais bases de hospedagem da Chapada Diamantina (Lençóis, Vale do Capão, Mucugê, Andaraí e Ibicoara) há associações de guias locais e agências de turismo que oferecem passeios. Para quem deseja viajar contratando tours e não está de carro, a base mais indicada é a cidade de Lençóis. Por lá, a oferta de agências é grande e há opções de passeio para todas as principais atrações da Chapada Diamantina. Por mais que a cidade não esteja próxima de todos os destinos turísticos da região, não haverá dificuldade de contratar roteiros para todos eles, alguns com a possibilidade de pernoite para facilitar o deslocamento. O ideal é tentar fazer primeiro os passeios mais próximos, com bate e volta em Lençóis, e depois optar por roteiros com pernoite em outras regiões — como Mucugê, Vale do Capão, Igatu e Andaraí — para fazer os passeios mais distantes. Economizar no tempo de deslocamento ajuda a tornar a viagem menos cansativa, mas o custo dos roteiros com pernoite será mais alto.

Os pacotes de passeios oferecidos pelas agências costumam incluir os veículos para deslocamento, o serviço de guia, a entrada nos atrativos e a refeição (lanche) durante o passeio. Os tours que têm mais de um dia de duração e oferecem pernoite podem ou não ter o hotel incluído no valor, mas é comum que a agência ofereça as duas opções para os turistas, com e sem o hotel. No caso de pernoite em camping (caso de trilhas para cachoeiras mais distantes), o habitual é que a empresa ofereça todo o equipamento, como barraca e saco de dormir, além das refeições. 

Poco-encantado

Quem optar por viajar por conta própria, contratando guias particulares, terá uma grande economia de dinheiro, mas certamente precisará se preocupar com mais detalhes. Transporte, lanches de trilha e entrada nos atrativos não estão incluídos no valor do serviço de guia particular, assim como a hospedagem e equipamentos de camping. É preciso avaliar com calma se o guia particular é a melhor solução em cada caso. Veja mais sobre como se locomover pela Chapada Diamantina.

Lista de agências para realização de passeios na Chapada Diamantina

Contatos das associações de condutores e guias na Chapada Diamantina

  • ACVL - Lençóis - (75) 3334-1425
  • ACVVC - Vale do Capão - (75) 3344-1087
  • ACVM - Mucugê - (75) 98292-8121
  • ACVIB - Ibicoara - (75) 3413-2048
  • ACVA - Andaraí - (75) 98128-8441
  • ACVI - Itaetê - (75) 99124-4682

Cachoeira-da-fumaca

Como escolher os passeios na Chapada Diamantina

Quem começa a organizar uma viagem para a Chapada Diamantina pode ficar bastante confuso no começo. São muitas opções de passeios e não será fácil escolher entre eles, muito menos entender como funciona a logística para visitar cada um dos famosos cenários da região. A dúvida é frequente e comum a quase todos os turistas que embarcam rumo à Chapada. Ainda que haja muitas opções, alguns passeios estão entre os mais populares e será difícil escapar deles em uma primeira visita. Como resistir a ver o incrível raio de luz no Poço Encantado ou o pôr do sol no Pai Inácio? Não há por que fugir das principais atrações. 

Quanto mais tempo houver disponível para a viagem, maiores serão as chances de aproveitar atrações menos populares e trilhas mais longas. Tudo vai depender de quantos dias você ficará na cidade. Se houver muitas dúvidas e pouco tempo para decidir, opte por um dos roteiros de vários dias oferecidos pelas agências. Seja qual for o passeio, sempre será lindo. E se não der para fazer tudo na primeira vez (é mesmo quase impossível), já marque uma nova visita à Chapada Diamantina! Afinal, são mais de trezentas cachoeiras catalogadas na região. Escolher entre elas é trabalho árduo, por isso vale começar pelas atrações mais populares entre os viajantes e agências de turismo. Veja, a seguir, os principais passeios oferecidos da Chapada Diamantina.

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Roteiros de apenas um dia

Se essa é a sua primeira vez na Chapada Diamantina, não deixe de fazer os roteiros básicos. Eles são oferecidos por quase todas as agências e os preços são bem similares entre elas. Muitos podem ser feitos por conta própria e nem será necessário contratar um guia. Os roteiros são montados pelas agências de acordo com a localização e tempo necessário para visitação. Por isso, em um mesmo passeio, você irá conhecer várias atrações. Para ajudar a definir qual passeio fazer, selecionamos uma lista com os roteiros mais comuns e classificamos em ordem de prioridade pelo que consideramos imperdível, apesar de termos a certeza de que todos são maravilhosos! Mas como nem sempre há tempo para tudo, vamos ajudar na tarefa de definir prioridades!

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Morro do Pai Inácio, com visita ao Poço do Diabo, Gruta Azul, Gruta da Pratinha e Gruta da Lapa Doce ou Gruta da Torrinha

Este roteiro permite ver algumas das mais famosas imagens da Chapada Diamantina. O passeio começa com visita ao Poço do Diabo, uma linda cachoeira para banho no Rio Mucugezinho. Na sequência, o tour faz paradas na Gruta da Lapa Doce ou na Gruta da Torrinha, para ver os espeleotemas, estalactites e estalagmites; na Gruta Azul, onde um facho de luz forma um coração; e na Gruta da Pratinha, local onde é possível fazer flutuação. O passeio termina com a subida ao Morro do Pai Inácio, de onde é possível assistir a um lindo pôr do sol e também ver os morros Três Irmãos. É provável que esse seja o roteiro mais popular de toda a Chapada Diamantina. E vale cada minuto do passeio! 

  • Cidade base para partida do tour: Lençóis;
  • Valor: entre R$ 200 e R$ 250 por pessoa e com as entradas nos atrativos incluídas (não inclui a flutuação na Pratinha);
  • Nível de dificuldade: fácil.

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Poço Encantado e Poço Azul

Os fachos de luz que entram pelas grutas do Poço Encantado e Poço Azul estão entre os mais belos cartões postais da Chapada Diamantina. O fenômeno, que acontece em meses específicos do ano, é mesmo espetacular. Independente de ser ou não o período do raio de sol, a visita às duas grutas vale o passeio, principalmente porque é possível flutuar nas águas transparentes do Poço Azul. Experiência maravilhosa!

  • Cidade base para partida do tour: Lençóis, Ibicoara ou Mucugê;
  • Valor com agência: entre R$ 250 e R$ 280 por pessoa. É comum que esse roteiro seja oferecido também em conjunto com a Cachoeira do Buracão e pernoite fora de Lençóis, quase sempre em Mucugê;
  • Nível de dificuldade: fácil.

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Cachoeira do Buracão com Cachoeira das Orquídeas, Recanto Verde e Buracãozinho

Escolher entre a Cachoeira do Buracão e a Cachoeira da Fumaça não é fácil! E as duas empatam na nossa preferência. Porém, se for possível fazer apenas um passeio, invista no Buracão. O trajeto de carro a partir de Lençóis é bem longo (é possível optar por passeios com pernoite mais próximo), mas o esforço é recompensado. Basta iniciar o percurso a nado por dentro do cânion para entender o porquê de o Buracão ser imperdível! E quando você der de cara com a cachoeira, será difícil não se emocionar. Depois ainda será possível conhecer o Buracão também por cima! Uma visão maravilhosa da grandiosidade da força daquela queda d’água. No percurso, há paradas ainda para visita ao Buracãozinho, à Cachoeira das Orquídeas e à Cachoeira do Recanto Verde. 

  • Cidade base para partida do tour: Lençóis, Ibicoara ou Mucugê,
  • Valor com agência: entre R$ 350 e R$ 420 por pessoa (sem pernoite e saindo de Lençóis). É comum que esse roteiro seja oferecido também em conjunto com o Poço Encantado e o Poço Azul, com pernoite fora de Lençóis;
  • Nível de dificuldade: fácil.

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Cachoeira da Fumaça por cima com Riachinho

A Cachoeira da Fumaça é a mais alta de toda a Chapada Diamantina e uma das mais altas do Brasil. São quase 400 metros de queda d’água que pode ser vista tanto por baixo quanto por cima e essa é a maneira mais comum de visitá-la. Nesse roteiro, chamado de Fumaça por Cima, a visita acontece apenas por cima. A trilha começa com uma subida pesada, contudo, ultrapassado o esforço inicial, o percurso segue em terreno plano. A Cachoeira da Fumaça oferece lindo visual em meio aos paredões rochosos e pode ser vista de vários mirantes. Não há parada para banho na Cachoeira da Fumaça, mas, ao final do passeio, os turistas fazem uma visita ao Riachinho, onde é possível aplacar a vontade de um banho de água gelada. 

  • Cidade base para partida do tour: Lençóis, Vale do Capão e Palmeiras;
  • Valor com agência: entre R$ 150 e R$ 190 por pessoa (saindo de Lençóis);
  • Nível de dificuldade: médio.

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Cachoeira do Mosquito

Com acesso bem fácil e lindo visual, a Cachoeira do Mosquito agrada por aliar facilidade à beleza. Não será preciso fazer uma longa trilha e a cachoeira tem uma deliciosa queda que permite até se sentar “dentro” da cachoeira, atrás do véu de água. Um passeio excelente, com bom preço e que agrada a todos. O passeio para a Cachoeira do Mosquito costuma ser aliado à visita ao Poço do Diabo, ao Parque da Muritiba (onde é possível conhecer o Serrano, o salão de areias coloridas, a Cachoeira da Primavera, a Cachoeirinha e o Poço Halley) ou à Serra das Paridas. 

  • Cidade base para partida do tour: Lençóis;
  • Valor com agência: entre R$ 150 e R$ 200 por pessoa (saindo de Lençóis);
  • Nível de dificuldade: fácil.

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Cachoeira do Sossego com Ribeirão do Meio

O passeio para a Cachoeira do Sossego está entre as trilhas mais difíceis entre as possíveis de serem feitas em um dia a partir de Lençóis. O percurso de 6 km que leva à Cachoeira do Sossego tem grandes desníveis, boa parte do trajeto em leito de rio e exige um bocado do fôlego dos turistas. Claro que todo o esforço é recompensado ao chegar à cachoeira, que oferece belo poço para banho e linda queda d’água em um grande paredão rochoso. Na volta, ainda é possível curtir uma parada para banho no Ribeirão do Meio, onde a cachoeira desce em uma parede de pedras lisas que permite até a experiência de um toboágua. Ótima para descasar depois da trilha pesada. 

  • Cidade base para partida do tour: Lençóis;
  • Valor com agência: R$ 150 por pessoa (saindo de Lençóis);
  • Nível de dificuldade: moderado.

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Parque da Muritiba com Serrano

O passeio mais próximo e mais fácil de ser feito a partir de Lençóis é o Parque da Muritiba. Localizado a poucos minutos a pé do centro de Lençóis, o Parque da Muritiba é ótima opção para quem tem meio dia livre ou não quer fazer trajetos de carro. O passeio pelo Muritiba começa com uma visita ao Serrano, onde um conjunto de caldeirões de água corrente forma belo visual com vista para a cidade. Mais à frente, é possível visitar o Salão de Areias Coloridas (formação rochosa de onde eram retiradas areias coloridas para artesanato), a Cachoeira da Primavera, o Poço Halley e a Cachoeirinha. Um delicioso passeio que custa barato e não toma muito tempo. 

Também destinado ao público que gosta de um pouco mais de aventura, no Parque da Muritiba é possível fazer passeios para prática de escalada. As vias têm nível fácil e você poderá aliar o passeio a um pouco de aventura. As vias são ideais para amadores que desejam experimentar o esporte, mas também há aquelas para profissionais.

  • Cidade base para partida do tour: Lençóis;
  • Valor com agência: R$ 80 por pessoa (saindo de Lençóis) e entre R$ 250 e R$ 350 por pessoa a escalada (a depender do número de turistas no grupo);
  • Nível de dificuldade: fácil.

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Águas Claras

A trilha das Águas Claras é um ótimo passeio para quem deseja ter a experiência do trekking sem fazer esforço demais. Com terreno quase sempre plano e visual para alguns dos mais espetaculares cartões postais da Chapada, essa é a melhor trilha para fazer sem sofrer. O ponto de partida e chegada pode variar entre as agências, mas o visual é sempre grandioso. No percurso, será possível apreciar o Morro do Pai Inácio, o Morrão e os Três Irmãos. Tudo com direito a um refrescante banho em meio a águas realmente cristalinas. Os roteiros saem do Vale do Capão e chegam ao Pai Inácio ou vice-versa. É possível ainda fazer bate e volta a partir dos dois pontos e com percurso apenas até a metade. 

  • Cidade base para partida do tour: Lençóis;
  • Valor com agência: R$ 200 por pessoa (saindo de Lençóis);
  • Nível de dificuldade: moderado.

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Rappel na Gruta do Lapão

A Gruta do Lapão é um dos pontos prediletos entre os turistas que desejam experimentar um pouco de adrenalina, mas sem sacrifício demais. O local é ideal para o rappel iniciante e o visual completa o passeio. A descida, com 50 metros de altura, acontece na boca da gruta. Há agências que oferecem o passeio apenas com o rappel e outras que fazem a travessia pelo interior da gruta. Os dois são boas pedidas!

  • Cidade base para partida do tour: Lençóis;
  • Valor com agência: entre R$ 150 e R$ 300 por pessoa (a depender do número de turistas no grupo);
  • Nível de dificuldade: fácil para moderado.

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Mirante do Pati

O Pati é um lugar mágico na Chapada Diamantina e o mais comum é que seja explorado em trilhas de três a cinco dias. Entretanto, o Mirante do Pati, localizado nas Gerais do Rio Preto, pode ser visitado em passeio de um dia, com bate e volta a partir da Guiné. Não é a melhor maneira de conhecer o Pati, mas certamente vale o esforço para ver um pouquinho de uma das mais lindas atrações de toda a Chapada Diamantina. O visual no alto do mirante é impressionante e, com certeza, você ficará com vontade de voltar para fazer a trilha completa e ter a experiência de “fazer o Pati”, como os locais dizem por lá. O roteiro não é habitualmente oferecido entre as agências, mas pode ser casado com outros passeios. O mais comum é que esteja incluído nos roteiros de volta ao parque.

  • Cidade base para partida do tour: Guiné;
  • Valor com agência: sob consulta;
  • Nível de dificuldade: moderado.

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Principais roteiros com trilhas de dois ou mais dias

Muitos viajantes que chegam à Chapada Diamantina estão em busca de roteiros mais longos e trilhas mais difíceis. A experiência da Chapada Diamantina vai bem além de fazer alguns passeios de bate e volta para as atrações mais populares. Por isso, se quiser ir fundo na Chapada, o negócio é investir em passeios que ofereçam trilhas de dois ou mais dias. Só assim será possível alcançar paisagens espetaculares em meio à imensidão da Chapada Diamantina, muitas delas bem pouco visitadas pelo grande público.

Os roteiros mais procurados pelos aventureiros de trilhas são: o Vale do Pati, a Cachoeira do Mixila, a Cachoeira da Fumacinha e a Cachoeira da Fumaça por baixo. Vale dizer, entretanto, que há dezenas de cachoeiras, poços e trilhas à disposição dos turistas. E quanto mais você conhecer a Chapada Diamantina, mais trilhas pouco usuais irá procurar para fazer. A pedida, para quem é amante dos percursos mais longos, é voltar várias vezes. Mas se essa é a sua primeira vez na Chapada, experimente um dos roteiros abaixo. 

Pati com trilha de três a cinco dias

Um dos roteiros mais desejados entre os viajantes que investem em trilhas mais longas é o Vale do Pati. E se você nunca ouviu falar do Pati, não se preocupe. Ao botar os pés na Chapada Diamantina, o nome Pati vai se tornar onipresente nas conversas, principalmente se o papo for sobre os lugares mais incríveis da Chapada Diamantina. O Pati é algo mágico para os amantes de trilhas. No local, acessível apenas a pé, há poucas famílias e algumas delas recebem trilheiros que estão de passagem entre um ponto e outro do vale. O Pati pode ser visitado em roteiros de três a cinco dias, sendo que o mirante principal, de onde se tem linda vista para o vale, é acessível em um bate e volta a partir da Guiné. Ainda que o mirante seja acessível em um dia de passeio, nós recomendamos fortemente as trilhas de vários dias. É uma das experiências mais incríveis de toda a Chapada Diamantina e indicada a todos que desejam maior contato com a natureza e até um certo grau de isolamento do mundo. 

  • Cidade base para partida do tour: Guiné e Vale do Capão;
  • Valor com agência: a partir de R$ 300 o dia;
  • Nível de dificuldade: alto.

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Cachoeira da Fumacinha com trilha de um ou dois dias

A Cachoeira da Fumacinha é uma das imagens mais famosas da Chapada Diamantina. Com queda d’água única em meio a um lindo paredão com formação de cânion, ela é um cenário digno do sacrifício da trilha. O acesso é bem difícil e a trilha não é para pessoas sem preparo físico. Boa parte do trajeto é feita pelo leito do rio e exige atenção e equilíbrio dos viajantes a todo instante. O passeio para a Fumacinha por baixo tem fama de ser um dos mais cancelados da Chapada, isso porque as condições climáticas precisam estar perfeitas para que não haja risco de queda, como em pedras escorregadias devido à chuva. A trilha tem 18 km, ida e volta, e pode ser percorrida em dois dias, com pernoite em camping, ou ser feita inteira em um só dia, com partida bem cedo de Ibicoara, cidade base para a trilha. Por volta de 6h da manhã, os trilheiros já precisam estar na trilha rumo à Cachoeira da Fumacinha para realizar o passeio em um dia. 

  • Cidade base para partida do tour: Ibicoara;
  • Valor com agência: R$ 550, com hospedagem em Ibicoara para partida bem cedo;
  • Nível de dificuldade: alto.

Cachoeira do Mixila com trilha de dois dias

A queda d’água da Cachoeira do Mixila, com 80 metros de altura, é um convite a lindas fotos. Localizada no cânion do Rio Capivari, o Mixila é o ponto final do passeio, mas durante a trilha serão visitados também a Cachoeira do Capivari — com 40 m de queda — e o Poção, onde está a área para camping e pernoite dos trilheiros. A Cachoeira do Mixila será alcançada apenas no segundo dia da trilha. Se a saída da trilha for no Rio Capivara, o primeiro dia de percurso terá 9 km de caminhada e no segundo, mais 9 km, somando o percurso de 18 km. A segunda parte do trajeto é mais difícil e acontece toda em leito de rio, em meio ao cânion. Será necessário ultrapassar dois grandes poços a nado para chegar ao final do trajeto. Um percurso difícil, mas recompensador.

  • Cidade base para partida do tour: Lençóis;
  • Valor com agência: R$ 800, com equipamento de camping incluído;
  • Nível de dificuldade: alto.

Cachoeira da Fumaça por baixo com trilha de três dias

A Cachoeira da Fumaça pode ser visitada por cima ou por baixo. O roteiro mais comum, e que pode ser feito em apenas um dia, é o da Fumaça por cima. Quem for mais aventureiro e quiser investir em uma bela trilha pode experimentar a visita à Cachoeira da Fumaça por baixo. O percurso exige muito dos participantes e não é recomendado para pessoas com baixo preparo físico. O mais comum é que o roteiro da Fumaça por baixo inclua também a visita à Fumaça por cima, por isso é importante consultar a agência sobre a rota. No primeiro dia, acontece a visita à Fumaça por cima, com pernoite na Serra do Macaco. No segundo dia, acontece o trekking para alcançar o pé da cachoeira. O banho no poço da Fumaça é com vista para os 400 m da queda d’água, a maior da Chapada Diamantina. Na volta, o pernoite acontece na Cachoeira do Capivara. O terceiro dia de trilha parte da Cachoeira do Capivara rumo à Cachoeira do Palmital e logo depois os turistas voltam para Lençóis. 

  • Cidade base para partida do tour: Vale do Capão;
  • Valor com agência: sob consulta;
  • Nível de dificuldade: alto.

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