Brasília
Monique Renne Repórter fotográfica. Com um mundo inteiro a ser descoberto.

Transportes em Brasília

Brasília não é dessas cidades onde tudo pode ser feito a pé, ou o metrô vai a qualquer lugar. Locomover-se por conta própria pode ser bem complicado para quem está acostumado com endereços “normais”. Boa memória para siglas e números, uma excelente noção dos pontos cardeais e desapego a tudo o que você conhece sobre organização de cidades são grandes facilitadores para os turistas mais entusiasmados. Seja qual for o seu meio de transporte predileto, o importante é que a vista do caminho será sensacional! Anote o endereço e escolha aqui a melhor opção para percorrer as largas avenidas da capital.

A pé

A fama é de cidade projetada para carros, não para pedestres - mas há um pouco de exagero nessa afirmação. As superquadras são muito arborizadas e convidam a um longo passeio entre os pilotis dos blocos de apartamentos - raridade em um mundo onde os prédios são todos gradeados. 

Em Brasília quem está a pé é bem respeitado. É até curioso como os motoristas param na faixa de pedestre. Basta dar o famoso "sinal de vida" (abanando o braço na calçada) e os motoristas param para que você atravesse em segurança. 

Percorrer os principais pontos turísticos caminhando é outra história. A ampla visão que se tem de toda a Esplanada dos Ministério dá a falsa impressão de proximidade, porém são 4km da Torre de TV ao Palácio do Planalto, e o calor costuma castigar quem anda por lá. Esteja sempre preparado com uma garrafa d'água e um guarda-chuva (que será mais  bem usado como guarda-sol)m pois esse percurso não é impossível. Aproveite para tirar lindas fotos no caminho!

De carro

Se andar não for o seu forte, a melhor opção é o carro. O trânsito segue uma lógica infalível. Assim que você entender o uso das tesourinhas - como são chamados os trevos na cidade - não irá mais se perder. As largas pistas da cidade são um perigo para os que gostam de velocidade. Cuidado com os pardais (radares), pois eles estão espalhados por todas as vias e controlam o ritmo dos mais apressadinhos. 

Em alguns setores, estacionar é tarefa árdua. Quase todos os estacionamentos são públicos e lotados de guardadores de carro. Há um credenciamento desses trabalhadores que os obriga a usar um colete verde com número de identificação. Com ou sem o colete, ninguém é obrigado a pagar nada. Em Brasília ainda não vigoram "regras" - como no Rio de Janeiro ou em São Paulo - de pagamento antecipado. Não caia nessa! 

Na cidade o pedestre é muito respeitado. Por isso parar na faixa é, além de lei, um hábito! Se vir alguém na calçada fazendo o "sinal de vida" (como é chamado o aceno para o carro), não hesite em parar. Outro costume brasiliense é não buzinar. Demorar no semáforo, por exemplo, não é motivo para meter a mão na buzina. Lá a buzina é mesmo para acidentes.  

Comparada com outras capitais, Brasília ainda tem um trânsito tranquilo. Os engarrafamentos acontecem com mais frequência na hora do rush e se restringem às áreas centrais e às saídas principais para as cidades-satélites. Ficou preso em um engarrafamento? Procure rotas alternativas. Sempre há outra opção, mesmo que o caminho seja mais longo. 

Ônibus

O transporte público é um dos principais pontos negativos da cidade. A qualidade dos veículos nem sempre é boa e a frequência com que os ônibus passam é imprevisível.

Para distâncias curtas e rotas mais comuns - como Asa Sul e Norte e Esplanada dos Ministérios -, vale a tentativa. Para qualquer outro trajeto menos comum - como Ponte Jk, Palácio da Alvorada, Ermida Dom Bosco -, prepare-se para uma longa espera. 

A Rodoviária do Plano Piloto é a grande central distribuidora das rotas. De lá é possível conseguir transporte para quase todo o DF e entorno (região de Goiás que circunda o Distrito Federal). No horário de pico os ônibus costumam ficar lotados, principalmente para as cidades-satélites. Se possível, evite-os entre as 7h e as 8h30, e das 17h às 19h. Durante a madrugada a frota é drasticamente reduzida. 

Uma das linhas mais comuns é chamada de Grande Circular. O ônibus faz toda a volta pelas asas Sul e Norte. Outra opção é o ônibus conhecido como Zebrinha. Um micro-ônibus listrado de vermelho e branco que faz rotas dentro do Plano Piloto. É mais caro, porém mais exclusivo.

Informações sobre linhas e horários no site: http://www.dftrans.df.gov.br.

A tarifa varia entre R$ 1,50 e R$ 3.                                                   

Metrô

Eficiente e pontual, o metrô é uma excelente maneira de se locomover, porém o trajeto que ele percorre é bem limitado. A linha começa na Rodoviária do Plano Piloto, segue por  Asa Sul, Parkshopping e Rodoviária Interestadual, Feira do Guará e vai até as cidades de Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. 

Para quem precisa ir a algum desses lugares, é a opção mais cômoda, confortável e segura. Atenção! Nos horários de pico o transporte costuma ficar bem cheio.

Em Águas Claras - no sentido Plano Piloto / regiões - os vagões se dividem em duas linhas: uma segue para Ceilândia e a outra, para Samambaia. Não perca o seu destino!

Horário de funcionamento

Das 6h às 23h30, de segunda a sábado;

Das 7h às 19h, aos domingos e feriados.

Tarifa

Segunda a sexta - R$ 3

Finais de semana e feriados - R$ 2

Intervalos entre trens

A operação do METRÔ-DF obedece a intervalos regulares entre os trens, que variam de 3min30 a 14min, dependendo da estação, do dia e do horário.

Mais informações no site: http://www.metro.df.gov.br.

Táxi

Em Brasília é raro um táxi parar para o passageiro no meio da rua. Aliás, é cena rara alguém acenando para os taxistas, como é comum em outras cidades. Nos prédios principais do Plano existem pontos onde os motoristas ficam permanentemente parados. Basta ir a um deles e pegar o primeiro da fila. 

O mais usual em Brasília é o radiotáxi. São várias as empresas que prestam o serviço. Se estiver em um restaurante ou hotel, basta pedir a um funcionário para chamar por telefone. Caso esteja na rua, e sem celular, as empresas aceitam ligação a cobrar. 

O preço não é muito convidativo. Uma corrida do início da Asa Sul ao final da Asa Norte custa, em média, R$ 35. Procure os táxis que oferecem desconto.

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