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Normandia
Monique Renne Repórter fotográfica. Com um mundo inteiro a ser descoberto.

Giverny e os Jardins de Monet

O caminho pela rua, repleto de jardins floridos e casas coloridas, já dá uma mostra do que os visitantes encontrarão a diante. Pela estreita pista, mais de meio milhão de turistas caminham todos os anos em busca do local que serviu de inspiração para Claude Monet. O pintor impressionista passou metade de sua vida na pequena cidade de Giverny. Entre 1883 e 1926, Monet viveu rodeado por incríveis jardins, que foram transportados para algumas de suas mais importantes telas. Difícil não se emocionar ao ver os cenários reais que serviram de inspiração para as grandes obras de arte de Monet. E, ao andar pelos jardins, é impossível não se sentir parte de suas telas. 

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A antiga casa onde Claude Monet viveu por 43 anos foi doada por seu filho, em 1966, à Académie des Beaux-Arts. Os jardins, casa, móveis e obras de arte do artista passaram por um longo processo de restauração. O local, desde 1980 aberto ao público, abriga a Fundação Claude Monet e presenteia os fãs do artista com cenários surreais, ou, para não sair do contexto artístico, cenários impressionantes! Quem visita Giverny tem a oportunidade de caminhar por várias locações retratadas pelo pintor. Não só isso! Pode também visitar a casa onde ele viveu e até o ateliê onde trabalhava. 

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A área aberta ao público é composta por dois jardins principais, ligados por uma passagem subterrânea. O mais disputado dos espaços é o Jardin d’eau, onde o pequeno lago, cheio de referências orientais, serviu de inspiração e base para algumas das mais célebres obras de Monet. O lago tem nas águas uma grande quantidade de ninféias, as flores semi-aquáticas que serviram de inspiração para a famosa série intitulada Les Nymphéas. As obras de artes podem ser visitadas em Paris, no Musée de l’Orangerie, especialmente dedicado a elas. A ponte japonesa que atravessa o lago também é reconhecida em obras do artistas. Hoje, ela é palco de várias declarações de amor feitas por casais apaixonados, que trocam alianças sob o lindo teto florido da ponte de madeira. 

O segundo jardim, Le Clos Normande, abriga a casa do artista e uma quantidade inacreditável de flores das mais diferentes cores e espécies. Para preservar o lugar, os visitantes podem caminhar por poucas passagens, que chegam a engarrafar com tanta gente tentando retratar a beleza do lugar. Monet, encantado com o espaço que tinha na nova casa, trabalhou com afinco em seu próprio jardim e projetou, muitas vezes seguindo seus conhecimentos de luz e sombra e perspectiva, os ambientes que permanecem vivos até hoje. Um dos mais belos espaços é o arco com metal aparente, que leva os visitantes direto para a porta de sua casa. O perfume das flores é inebriante e a paleta de cores formada por elas se reflete na beleza dos quadros de Monet.

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A casa onde vivia um dos maiores nomes do impressionismo, totalmente restaurada, pode ser percorrida pelos turistas que visitam a Fundação. Quem é fã do artista terá a oportunidade única de entrar em contato com a intimidade de Monet, entender um pouco do seu processo criativo e conhecer como ele vivia. O passeio segue por várias salas, repletas de obras colecionadas por Monet. O destaque é a vasta coleção de arte oriental, que influenciou Monet a ponto de ter sido transportada para os seus jardins. 

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O ateliê é um dos momentos mais emocionantes da visita. Na sala, pode-se ver obras originais de outros grandes artistas, como Paul Cézanne e Auguste Renoir, amigos pessoais de Monet. A visita segue pelos quartos e a maravilhosa vista que Monet tinha do segundo andar da casa, onde as grandes janelas mostravam o jardim. O azul e o amarelo se destacam nos ambientes da cozinha e sala de jantar. Andar por dentro da casa de Monet é um passeio imperdível, especialmente pela possibilidade de ver nas paredes vários dos quadros que retratam Giverny. O ateliê onde o artista pintou a série Les Nymphéas, ao lado da casa, hoje funciona como uma bela loja, onde é possível adquirir todo tipo de objetos ilustrados com obras de Monet. O Jardim de Monet é um passeio imperdível, seja em um bate e volta a partir de Paris, seja para quem está seguindo toda a rota da Normandia.

Ingressos

A visita à Fundação Claude Monet tem o custo de EUR 9,50 para adultos e EUR 5,50 para crianças entre 7 e 12 anos. Crianças com menos de 7 anos não pagam. As filas para comprar ingresso direto na fundação podem ser longas, a depender do dia e horário. Para evitar perder tempo, o visitante poderá comprar o ingresso da Fundação Claude Monet  online, neste caso, há uma pequena taxa de serviço cobrada pelo site.

Outra possibilidade é fazer a compra casada com o ingresso de outros museus, oferecida pelo Musée des Impressionnismes (localizado a poucos metros da Fundação Claude Monet), Musée de l’Orangerie (em Paris), Musée Marmottan Monet (em Paris) e  Musée de Vernon A.G.-Poulain (em Vernon). A entrada para quem adquire o ingresso antecipadamente está localizada na lateral da fundação e dificilmente apresenta fila.  

Horário de funcionamento

As portas dos Jardins de Monet são abertas ao público em abril e fecham em novembro. Consulte o site oficial para ver o dia exato do início e término das atividades no ano corrente. A Fundação Claude Monet permanece fechada durante todo o inverno. O horário de funcionamento é das 9h30 às 18h. Os últimos visitantes podem entrar até às 17h30. 

Além dos Jardins de Monet

A cidade de Giverny é bem pequenina, porém extremamente charmosa. Apesar de a maioria dos turistas irem direto para os Jardins do Monet, há alguns outros encantos a serem explorados por lá. Quem quiser aproveitar a beleza e tranquilidade do lugar, deve viajar sem pressa para voltar. Há vários jardins nos arredores da Fundação Claude Monet que merecem ser vistos, apreciados e fotografados. Até mesmo as jardineiras que decoram as janelas valem um clique. 

Há deliciosos restaurantes e cafés (dentro dos Jardins de Monet não há restaurante) cercados de verde que são um convite a relaxar; galerias com artistas ainda não descobertos e que trilham os caminhos de Monet; e várias lojinhas, com produtos inspirados no movimento impressionista, que são uma perdição. Tudo está localizado em apenas uma rua, a Claude Monet, que pode tranquilamente ser percorrida a pé.  

A principal atração fora dos muros do jardim é o Musée des Impressionnismes. Com acervo dedicado ao movimento impressionista, este pequeno museu apresenta trabalhos não só de Claude Monet, mas também de artistas que o influenciaram ou foram influenciados por ele. O espaço é pequeno, mas constantemente recebe importantes exposições itinerantes. Outra atração do museu é o belo jardim que circula o prédio onde está o acervo. 

Giverny

A cidade de Vernon, porta de entrada para quem visita Giverny, também vale o passeio. Ela ainda preserva ruas com construções medievais. Uma das construções é a casa símbolo da cidade, que resiste sobre uma antiga ponte que cruzava o Sena. O local também já foi retratado por Monet. 

Quando ir a Giverny e à Fundação Claude Monet

 Visitar a casa de Monet é, além de um presente, um desafio. Especialmente nos finais de semana de tempo bom, Giverny lota de turistas. Caminhar pelo jardim pode ser até difícil. Porém nada que um pouco de desenvoltura para passar os grandes grupos de excursão não resolva. Se quiser aproveitar intensamente o passeio, olhar tudo com calma e não se chatear com a multidão, prefira ir nos dias de semana e tente chegar bem cedo.  

A Fundação Claude Monet abre as portas de 1º de abril a 1º de novembro. O local permanece fechado durante todo o inverno. O verão é o período que o jardim está mais belo, mas também é quando está mais cheio. No mês de abril, quando a Fundação acaba de abrir as portas, o jardim ainda não floresceu por completo, por isso o viajante pode não vê-lo em sua total beleza. O mesmo acontece com o mês de outubro, próximo ao fechamento do espaço, quando ele já perdeu muito de sua beleza. E como o jardim é incrivelmente mais interessante recheado de flores, recomendamos que ele não seja visitado nesses meses.

Como chegar

Giverny é um dos lugares mais fáceis de visitar em toda a Normandia. Localizado a 70 km de Paris, a cidade pode ser facilmente acessada de carro ou trem. É uma ótima opção para quem está visitando a capital francesa e deseja fazer apenas um passeio de bate e volta. Não haverá problemas para visitar o Jardim de Monet em apenas um dia.

Para quem optar por fazer o trajeto de trem, o melhor percurso é pegar o trem em Paris (Gare Saint Lazare) até Vernon. São muitas opções de horário ao longo do dia. O trajeto tem duração aproximada de 45 minutos e custo a partir de EUR 7 o trecho. Ao descer em Vernon, será necessário pegar o ônibus que faz o trajeto até Giverny. O ônibus realiza quatro viagens por dia: às 9h25, 11h25, 13h25 e 15h50. O custo é de EUR 8 (ida e volta). O ônibus não faz parada na porta do Jardim de Monet, porém basta seguir o fluxo de turistas para encontrá-lo com facilidade.  

O trajeto do ônibus pode também ser feito de bicicleta ou a pé. São apenas 5 km até a Fundação Claude Monet e o percurso é lindíssimo. Não será nenhum sacrifício passear de bike entre os jardins e charmosas residências da região. Dê preferência ao caminho que segue pela Rue Claude Monet. 

O acesso para quem vai de carro saindo de Paris se dá primeiro pela A14, na sequência A13 e então a D201 até Giverny. O GPS fará esta rota com facilidade. Há um estacionamento pago, oferecido pela fundação, no local.  

Para mais informações, acesse o site oficial da Fundação Claude Monet

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