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Camille Panzera Entusiasta da fotografia, curiosa por outros idiomas, culturas, costumes e histórias!☺️

Patagônia

A Patagônia é um forte motivo para conhecer o sul do Chile. Suas atrações bem preservadas são inúmeras: vulcões, fiordes, glaciares, ilhas, lagos e, é claro, fauna e flora de respeito. O salmão é uma renda importante da região e não faltarão oportunidades para comê-lo nas suas mais variadas formas. Os que fazem o tipo aventureiro e conhecem a Patagônia se tornam fãs de carteirinha e prometem retornar na próxima oportunidade que tiverem. 

Uma das cidades mais conhecidas dessa área é Puerto Varas, na belíssima Região dos Lagos chilena. Com um visual deslumbrante para o lago Llanquihue e o vulcão Osorno, não dá para sair da cidade sem tirar uma foto da vista belíssima ou caminhar no calçadão em torno do lago curtindo um friozinho. O vulcão tem neve durante todo o ano, mas o inverno é a melhor época para conhecê-lo e também para esquiar um pouco, aproveitando que aos seus pés está uma estação de esqui.  Puerto Varas é uma cidade muito tranquila, ótima para quem quer descansar, passar lua de mel ou simplesmente fugir da correria do dia a dia. 

Outra cidade muito bonita também no sul do país é Pucón, que embora seja um local pequeno é muito conhecido por suas belezas naturais. O maior símbolo local é o Vulcão Villarica, em que os turistas podem fazer uma ascenção até seu topo e que funciona como estação de neve no inverno. Nas proximidades da cidade ficam também as Termas Geométricas, termas naturais incríveis e a Reserva Biológica Huilo Huilo.

Cruzeiro pela Patagônia
Para conhecer partes menos exploradas da Patagônia, a Navimag oferece cruzeiros durante a temporada a bordo do Mare Australis. São quatro noites e cinco dias a bordo do navio, onde uma das atividades mais prazerosas é desfrutar das refeições, que se tornam verdadeiros acontecimentos. Depois da travessia no ferryboat até a Ilha de Chiloé parte-se de Castro, uma cidade cheia de casas de palafitas.

A primeira parada do cruzeiro é a Isla de Jéchica, onde, depois de uma caminhada e visita a um lago, o almoço típico é feito numa cabana em meio à mata, bem interessante. 

A segunda - e mais esperada - parada é, certamente, a mais incrível de todas elas: o Glaciar San Rafael, com todo o seu esplendor, convida a um passeio nos botes infláveis. O frio é intenso, mas nada que suprima a beleza e a imensidão da natureza. O passeio dura cerca de uma hora e nele passamos entre icebergs de um azul intenso, seguramos pequenos pedaços de gelo desprendidos, observamos cachoeiras que saem da mata e caem no mar, entre outros pequenos prazeres. A grande esperança de quem deixa o navio e desce na Laguna de San Rafael, no entanto, é poder observar ao vivo um pedaço da parede do glaciar se soltando e fazendo um estrondo no encontro com o mar. 

Na terceira parada a equipe do Mare Australis nos guia pela cidade de Chaitén, destruída pelas cinzas de um vulcão em 2008 e que atualmente vem tentando se reeguer. Casas abandonadas, tomadas pelas cinzas (que parecem areia) são grande parte da cidade atualmente. Apenas 900 pessoas, das 7.500 que antes viviam na cidade, continuam morando por lá na tentativa de ajudar a diminuir os estragos e reconstruir a história do lugar. A mata próxima da cidade está devastada, com árvores caídas e destruídas também pelo efeito do vulcão - uma tristeza só. Mas com alguns minutos pela estrada é possível conhecer árvores enormes, com dois mil anos de existência, exibindo todo o poder e a diversidade de uma natureza tão rica. 

A verdade é que um cruzeiro pela Patagônia é completamente diferente do modelo de cruzeiro que se faz pela costa brasileira. Numa viagem por essa região, além de ser frio todo o tempo, o ritmo é de expedição - não há piscina para pegar uma corzinha no sol, cassino, nada disso. Um navio como o Mare Australis, por exemplo, é pequeno e as opções de entretenimento à noite são bem limitadas. O ideal é saber que essa viagem não é muito focada no gosto de jovens e que quem vai está lá em busca de tranquilidade. Boa parte dos passageiros têm seus 40 anos e desfrutam do trajeto fazendo os passeios programados, bebendo e comendo. 

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