Jéssica Weber Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.

Teatro Solís

O Teatro Solís é o mais importante do Uruguai e também um dos mais famosos da América do Sul. Construído em 1856, ou seja, há mais de 160 anos, ele tem capacidade para 1,5 mil pessoas. Fica ao lado da Praça Independência, a poucos metros da Porta da Cidadela, e é um ponto turístico obrigatório de Montevidéu.

Imponentes colunas na entrada destacam o estilo neoclássico do prédio. Um lustre gigante de cristais decora o teto do salão principal, com grandes nomes das artes inscritos ao redor — Mozart, Shakespeare, Verdi... Tem cinco andares de galerias, com tapete, poltronas e paredes vermelhos e não economiza em detalhes dourados.

Teatro Solís

Dá para fazer o tour guiado pelo prédio: em fevereiro de 2023, eles ocorriam de terça-feira a domingo, às 16h, e custavam 150 pesos uruguaios (cerca de R$ 20), sendo grátis às quartas-feiras. Quando tem algum evento fechado, a visitação pode ser cancelada — mas costumam avisar com antecedência no site, então vale conferir antes.

Programação do Teatro Solís

Vale ficar de olho na programação do Teatro Solís para assistir a um espetáculo durante sua passagem por Montevidéu — opte por peças na sala principal, que é a das fotos. Você a acessa na aba "calendário" do site oficial.

Eu assisti a um drama chamado Estudio para la mujer desnuda, baseado em um romance de Armonía Somers, de 1950. Comprei o ingresso na bilheteria do teatro mesmo, que abre às 15h, e custou 500 pesos uruguaios (cerca de R$ 65).

Antes de ir ao seu assento (são lugares marcados), você pode conhecer a exposição de fotografias na ala à esquerda de quem entra, são quatro andares com lembranças de apresentações realizadas ali.

A história do Teatro Solís

Pouco depois da independência do país, um grupo de empresários decidiu criar o teatro com a intenção de dar à cidade um “coliseu digno” para as artes, um lugar também para ver e ser visto em um contexto de crescente socialização. Isso mesmo durante a guerra civil que assolou o país nas primeiras décadas da independência.

As obras começaram em 1842 e foram interrompidas em 1843, quando ocorreu o Cerco de Montevidéu pelo exército do General Manuel Oribe. Até então, as fundações haviam sido feitas e as paredes erguiam-se duas hastes acima do nível do solo. A diretoria conseguiu guardar, ao longo da guerra, uma série de materiais de construção vindos da Europa, como madeira siberiana para a estrutura, colunas, capitéis de mármore italiano e ardósia para o telhado.

A inauguração oficial foi em 25 de agosto de 1856, na presença do presidente Gabriel Antonio Pereira, com a apresentação da ópera "Ernani" de Verdi. Desde então, foi palco de galas de ópera, bailes carnavalescos, entrega de diplomas universitários e até velórios. O nome do teatro homenageia o navegador que descobriu o Rio da Prata, Juan Díaz de Solís.

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Teatro Solís

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