Montevidéu
Jéssica Weber Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.

O que fazer em Montevidéu

Há muito o que fazer em Montevidéu. A capital uruguaia é uma cidade deliciosa para caminhar sem pressa, observar os prédios antigos, ir a museus, passear por parques urbanos, curtir a paisagem à beira do Rio da Prata e comer bem.

Nesse post, a gente traz as atrações mais incríveis da cidade por região, para que fique mais fácil montar o seu roteiro, evitando deslocamentos desnecessários. Se tiver mais tempo, também sugerimos três bate-voltas muito especiais, e, para os amantes de vinho, há sugestões de vinícolas próximas à Montevidéu — ou Montevideo, como é a grafia em espanhol. 

Dá uma olhada na nossa lista de hotéis abaixo, uma boa hospedagem vai tornar a experiência mais especial. Depois a gente percorre todas as atrações dessa muy preciosa cidade. 

Montevidéu - as melhores opções de hospedagem!

A lista a seguir apresenta ótimas opções de hospedagem em Montevidéu. As acomodações foram escolhidas pela nossa equipe, priorizando qualidade, preço das diárias e localização. Também incluímos as notas do Booking.com, que indicam a avaliação que hóspedes reais tiveram da acomodação.

As 7 atividades preferidas dos turistas em Montevidéu

Montevidéu e a costa uruguaia estão cheias de atrações, para diferentes públicos. Essa lista aqui inclui os passeios mais buscados pelos turistas, dá uma olhada:  

O que fazer em Montevidéu: Ciudad Vieja

A Cidade Velha, ou Ciudad Vieja, em espanhol, é o bairro com a maior concentração de pontos turísticos. Prefira visitar essa região entre terça-feira e sábado, quando tudo funciona por lá.

O que fazer na Ciudad Vieja:

1 - Comece pela Praça Independência

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O coração turístico da cidade é a Praça Independência, ou Plaza Independencia. Ela foi fundada no século XIX após a demolição dos muros da cidade colonial — Montevideo ficava dentro de uma fortaleza construída pelos espanhóis. Esse portão de entrada, que era usado apenas por autoridades e militares, foi movido para o edifício da Escola de Artes e Oficios em 1879, e, 80 anos depois, reconstruído em seu lugar original. É a Porta da Cidadela (ou Puerta de la Ciudadela), não deixe de garantir seu registro ali.

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Quase no centro da praça, fica o monumento a José Artigas, que foi o foi o líder da resistência republicana contra as forças da Espanha na região. Embaixo da estátua do general em seu cavalo, de 17 metros de altura, tem o mausoléu do grande herói uruguaio — os restos mortais dele são guardados por guardas em posição de sentido, tipo os guardas reais de Londres. Vale descer as escadas ao lado do monumento para visitar esse espaço. 

Ao redor da Praça, ficam o Palácio Salvo, que é uma das principais obras arquitetônicas da cidade, o Palácio Estévez, hoje Museu da Casa do Governo, e o elegantíssimo Teatro Solís. Vale muito a pena assistir a uma peça na sala principal, ou ao menos fazer a visita guiada pelo prédio.

2 - Garanta boas fotos do Palácio Salvo

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Localizada junto à Praça Independência, o Palácio Salvo é uma das obras arquitetônicas que mais dá orgulho aos uruguaios. O prédio foi erguido entre 1922 e 1928 com uma rica decoração no estilo Art Déco e levou o sobrenome da família de comerciantes que o idealizou.

Ele 95 metros de altura e foi a segunda torre mais alta da América do Sul até 1935. Foi projetado pelo arquiteto Mario Palanti para ser um hotel e sede de escritórios. Na década de 1930, foi ainda casa de artistas, palco de tertúlias literárias e salão de bailes da alta sociedade. Se você tem uns dias a mais na cidade e se interessou pela história e pela arquitetura desse prédio, há visitas guiadas saindo do saguão principal. Informe-se dos horários na recepção. 

3 - Conheça o Palácio Estévez, o Museu da Casa do Governo

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O Palácio Estévez é a sede do Museu da Casa do Governo, expondo trajes, objetos, móveis, quadros e outros artigos que fizeram parte do dia a dia de presidentes uruguaios. Também é um dos prédios antigos que rondam a Praça Independência. Trata-se da  

O prédio foi construído em 1874 como um palacete residencial, mas pouco depois foi comprado pelo governo, remodelado e utilizado durante um século como sede da presidência do Uruguai. A entrada é gratuita. 

4 - Faça um tour ou assista a uma peça no Teatro Solís

Construído há mais de 150 anos, o Teatro Solís é o mais importante do Uruguai e também um dos mais famosos da América do Sul. Imponentes colunas na entrada destacam o estilo neoclássico do prédio. Fica ao lado da Praça Independência, a poucos metros da Porta da Cidadela.

Conhecer esse lugar está entre as coisas legais para fazer em Montevidéu. Dá para fazer o tour guiado pelo prédio, a um preço bem acessível, ou então fique de olho na programação para assistir a um espetáculo durante sua passagem por Montevidéu — opte por peças na sala principal, que é a das fotos. Você a acessa na aba "calendário" do site oficial.

5 - Passeie pela Rua Sarandí

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Atravessando a Porta da Cidadela, você adentra na rua Sarandí, que é a mais bonita da Cidade Velha, exclusiva para pedestres. Repare que há uma espécie de calçada da fama, com sóis em vez da marca das mãos das celebridades. Você vai logo avistar dois prédios antigos que merecem sua visita.

Ali tem muitas lojas e livrarias, como a Librería Más Puro Verso. O prédio é muito chique, inaugurado há mais de um século como uma espécie de ótica. A escadaria de mármore rouba a cena logo na entrada, e sobre ela há um vitral de decoração sóbria com um grande relógio no topo. Cada estante de livros estava milimetricamente arrumada e, de alguma caixa de som escondida, brotava um tango, baixinho. Queria eu estar vestindo um chapéu fedora e um sobretudo de veludo para combinar com esse lugar. 

Essa rua te leva até a Catedral de Montevidéu, que eu descrevo mais abaixo. 

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6 - Conheça a obra de Torres García

O primeiro museu da Rua Sarandí é o Museu Torres García, com exposições do artista que ficou conhecido pelo desenho do mapa da América do Sul de ponta-cabeça, crítica às normas cartográficas e culturais ditadas pela Europa e Estados Unidos. 

Além dessa peça, lá você vai ver dezenas de telas e réplicas fotográficas do artista sul-americano com maior contato europeu de vanguarda no século XX. O museu funciona de segunda a sábado, e o ingresso pode ser adquirido direto na recepção.

7 - Entre na Catedral de Montevidéu

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Uma quadra adiante na Sarandí, você já chega à charmosa Praça da Matriz, ou Praça da Constituição. Ela é coberta por plátanos e rodeada por restaurantes, com mesas na rua. Ali fica a Catedral de Montevidéu, inaugurada em em 1804 em estilo neoclássico. 

A igreja matriz da cidade é um legítimo monumento do período colonial. O prédio começou a ser erguido em 1790 e foi inaugurado em 1804, portanto testemunhou o nascimento do Uruguai. Na verdade, fez até parte dele: virou hospital durante as invasões inglesas e velou os heróis do processo de independência. 

É tido como o maior expoente do estilo neoclássico da região do Rio da Prata. Possui três naves, que correspondem aos três arcos da fachada de cor crua. Mas, no seu interior, não faltam ornamentos em mármore e cor de ouro. A visitação é gratuita. 

8 - Escolha um desses três museus históricos: 

Próximo à catedral e Praça Matriz, há três museus, que contam, cada qual, um pedaço da história dos uruguaios. Se tiver com bastante tempo, vale conhecer os três, ou então optar pelo que mais te interesse. 

  • Museu Histórico Cabildo: museu histórico ambientado em prédio colonial que serviu como primeira sede administrativa do Uruguai. Hoje, a ideia é que seja um lugar de reflexão e pensamento crítico em torno das narrativas históricas. Quando fui, tinha uma exposição com ácidas caricaturas políticas do século XIX. Não cobra entrada.
  • Museo Andes 1972: Ali perto, fica o museu que conta a história do mais emblemático acidente aéreo com uruguaios na Cordilheira dos Andes — a história já virou filme. A falta de alimento as obrigou a tomar a difícil decisão de alimentar-se com a carne dos amigos falecidos. Ah, quando eu fui, a bilheteria não aceitava cartão de crédito. 
  • Casa de Riveraesse fica a umas três quadras da Praça Matriz, e é a principal sede do Museu Histórico Nacional do Uruguai. Ela abriga uma exposição permanente sobre o processo de independência do Uruguai até a primeira metade do século XX. O acesso é gratuito. 

9 - Coma uma bela parrilla no Mercado del Puerto

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O lugar mais tradicional para comer na Ciudad Vieja é o Mercado do Porto, ou Mercado del Puerto, que parece um santuário da parrilla. Circulando entre as bancas, você vê pedaços suculentos de carne, linguiças, legumes estirados em grelhas por todo lado. O El Palenque é um dos restaurantes mais tradicionais ali (foto acima).

Caminhe entre as bancas de comida, e peça uma taça de medio y medio — ou uma garrafa inteira, por que não? É um vinho branco frisante doce e levinho, bem tradicional por ali, praticamente toda banca tem.

10 - Desfrute um café com história

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Se depois de encher a barriga você ficar a fim de um cafezinho ou uma sobremesa, eu tenho duas cafeterias maravilhosas para sugerir. O Café Brasileiro foi fundado (pasmem!) em 1877. Conserva tudo direitinho no mesmo lugar, inclusive a mesa onde o escritor Eduardo Galeano se sentava para escrever (foto acima). 

O outro é o La Farmacia, uma antiga drogaria que virou café. A decoração inclui armários de boticário que avançam do chão ao teto, potes de vidro com ervas e raízes, maceadores e, com destaque em uma parede, uma grande página amarelada do Ministério da Saúde que dita a legislação reguladora de medicamentos. Veja mais detalhes e dicas no post onde comer em Montevidéu.

11 - Veja um show de tango ou candombe no Baar Fun Fun

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À noite tem muito tango, candombe e outros gêneros musicais no divertido Baar Fun Fun, um patrimônio da noite uruguaia. Foi fundado em 1895 no centro de Montevidéu e tem apresentações de tango, candombe e outros gêneros típicos da região.

Localizado a uma quadra do Teatro Solís, o lugar parece um museu. Não tem um pedaço de parede vazio: fotos em preto e branco, recortes de jornais, relógios antigos, camisas de times — muitos, brasileiros —, uma bandeirola do Botafogo bicampeão carioca 2010, um sino, um violão e incontáveis outros objetos fazem a decoração do espaço. Em um cantinho, perto do banheiro, há expostos poemas escritos em guardanapos pelos clientes. Já frequentaram o Fun Fun nomes como Jorge Drexler, Michelle Bachelete, enquanto presidente do Chile, e Ana Maria Braga.

Vale reservar, para garantir mesa. O ticket artístico, em fevereiro de 2022, estava 390 pesos uruguaios (cerca de 50 reais).

Montevidéu: o que fazer na região central

Essa região uma região mais moderna de Montevideo, ou, pelo menos, menos antiga. Concentra muito do comércio da cidade, e também tem atrações interssantes para os turistas, só um pouco mais dispersas do que na Ciudad Vieja. 

O que fazer na região central de Montevidéu:

12 - Dê uma caminhada pela Avenida 18 de Julio

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Inclua no seu roteiro por Montevidéu uma voltinha na avenida principal do centro, a 18 de Julio. É o coração comercial da cidade, e também é bem convidativa para uma caminhada. Lá há bancos, casas de câmbio, muitas lojas — tem até Renner —, livrarias, restaurantes, lancherias, barraquinhas de churros e de sorvete, entre outros. É um bom lugar para fazer compras e almoçar.

Ela começa na Praça Independência, mais especificamente na esquina do já citado Palácio Salvo, e percorre 3,3 quilômetros até o parque do Estádio Centenário, que vai virar um tópico logo adiante. Um dos pontos que vale parar é a esquina da Avenida 18 de Julio com a Yí, onde fica a Fonte dos Cadeados (ou Fuente de Los Candados). Ela foi esculpida no México com pedra vulcânica e a grade de proteção instalada ao redor acabou atraindo casais para jurar amor eterno. 

13 - Veja toda Montevidéu do alto no mirante da prefeitura

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Essa mesma Avenida 18 de Julio passa pela prefeitura de Montevidéu, onde um elevador de vidro leva a um mirante panorâmico gratuito no 22° andar. O mirador, como eles chamam no Uruguai, é acessado pelos fundos do prédio, no número 1.372 da rua Soriano. Da rua mesmo, você já vê o elevador com paredes de vidro, descendo e subindo sem descanso. 

Você pode pegar um folheto que mostra foto e breve resumo de prédios icônicos enxergados do topo. No parapeito, também tem o desenho de alguns edifícios, mais ou menos no ângulo em que podem ser encontrados. É tipo um Onde Está o Wally urbanístico. A visitação é gratuita e oferece vista de 360°, uma das mais incríveis da capital uruguaia.

14 - Curta o domingo na Feira de Tristán Narvaja

Aos domingos, ocorre a tradicionalíssima Feira de Tristán Narvaja no bairro Cordón. Não dá nem para contar quantas bancas são montadas vendendo de legumes a antiguidades, de souvenir a roupas íntimas, de martelo a creme de arnica. É o maior mercado de pulgas que eu já vi. Vá com fome para almoçar nEl Imperio, um lugar com decoração muito doida e terraço com vista privilegiada para a feira

Aproveite para dar uma paradinha na Babilonia Libros, que também fica na Rua Tristán Narvaja. A livraria parece coisa de filme - dava vontade de puxar cada livro das estantes para ver se não abria algum portal mágico. Mas preferi evitar a fadiga, uma vez que a Babilonia é atulhada de publicações, antigas e novas. Algumas plantas, espelhos e máscaras dramáticas fazem parte da decoração.

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15 - Tome um café em uma livraria toda estilosa

Outra livraria interessante ali no bairro Córdon é a Escaramuza Libros. Localizada em uma casa centenária, é pequena e charmosa, com três salas bem iluminadas forradas de livros. Mas eu aposto que a maioria das pessoas vai até lá pela cafeteria que tem nos fundos, um bom lugar para tomar uma (ou duas) xícaras com um (ou dois) alfajores. Há um quintal com mesinhas entre folhagens e árvores e uma parte interna com teto removível para ver o famoso céu azul uruguaio. Mesmo em uma quinta-feira de tarde, tinha fila de espera. Ao menos dá para aguardar enquanto folheia uns livros.

16 - Conheça o Estadio Centenario

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O Estadio Centenário é um ponto turístico interessante para quem curte futebol. Ele pode não ser tão pomposo ou moderno quanto os estádios dos grandes times brasileiros, mas sobra em história: foi construído para sediar a primeira Copa do Mundo, em 1930, e segue recebendo jogos importantíssimos.

Lá fica o Museu do Futebo, que inclui troféus recebidos pela seleção, incluindo réplicas dos seus dois mundiais (a seleção não fica com a taça original). O mais legal do museu é que, ao final da galeria, no primeiro piso, tem uma porta que leva para o interior do estádio. 

O que conhecer em Montevidéu: Rambla 

Uma coisa que não pode faltar ao seu roteiro em Montevidéu é passear pela rambla, como os uruguaios chamam a orla do Rio da Prata. Ela é muito extensa, tem cerca de 30 quilômetros, e pode ser curtida em diferentes trechos, inclusive junto à Ciudad Vieja. Mas tem três bairros em que ela adquire uma importância ainda mais especial: Punta Carretas, Pocitos e Buceo.

Você vê muita gente correndo, andando de bicicleta, pescando, passeando com o cachorro, patinando em pistas públicas, caminhando ou apenas descansando nesses espaços. Para curtir o pôr do sol, dois bons pontos são junto ao Parque de La Rambla (foto abaixo) ou junto à Plaza España. 

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O que fazer por nessa região:

17 - Curta uma tarde na praia de Pocitos

Voltada para o Rio da Prata, a praia de Pocitos é considerada por muitos a melhor de Montevidéu. No verão, você vê uma galera tomando banho — ali a água não chega a ser clarinha como em Piriápolis, mas também é bem calminha.

Encontrei bastante gente pegando sol, jogando bola, crianças brincando na areia, e fiquei com uma invejinha do povo que relaxava e botava a leitura em dia estirado nas cangas. Na ponta da praia, fica o cenário mais demandado para fotos: o letreiro de Montevidéu.

18 - Conheça a casa de um alquimista

Na orla de Punta Carretas, você encontra o misterioso Castelo Pittamiglio (foto), a casa-labirinto do excêntrico alquimista Humberto Pittamiglio, que faleceu em 1966 sem deixar herdeiros. A fachada parece um barco flutuando em direção ao Rio da prata. A visitada custava 280 pesos uruguaios em fevereiro de 2023 (algo como 40 reais), na companhia de um guia que conta todas as curiosidades desse lugar. 

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19 - Passeie por Punta Carretas 

Nessa região de Punta Carretas, também tem dois dos principais pontos para compras da cidade: o Shopping Punta Carretas e o Shopping Montevideo, e também um farol do século XIX.

À noite, tem várias opções de baladas, restaurantes e bares. Eu recomendo o Tabaré, que abriu em 1919 como bar de pescadores e armazém de bairro, daqueles de secos e molhados. Ele manteve sua origem na decoração, com gavetas de vidro que expõem grãos, massas e feijão e o antigo baleiro, que hoje guarda as rolhas de vinhos bebidos ali, e tem noites de música ao vivo. O sorrentino de presunto cru, muçarela e manjericão com molho de tomates secos que comi ali estava divino!

20 - Caminhe sem pressa pelo Parque Rodó

O que fazer em Montevidéu

O Parque Rodó é um dos espaços mais adorados pelos montevideanos para passeios ao ar livre. A área que homenageia o escritor uruguaio José Enrique Rodó tem amplos gramados, árvores de flores e de sombra, um lago, vários monumentos e chafarizes. É um lugar interessante para fazer um piquenique ou apenas caminhar sem pressa. 

21 - Conheça o melhor museu de artes visuais do Uruguai

O que fazer em Montevidéu

Do lado do Parque Rodó, fica o Museu Nacional de Artes Visuais de Montevidéu (MNAV), mais uma atração gratuita incrível. O museu tem um acervo de seis mil telas e esculturas, a maior parte das obras é de artistas uruguaios, como Rafael Barradas, Carlos Federico Sáez, José Cúneo e Joaquín Torres García. Imagino que os amantes das artes visuais queiram gastar uma tarde inteira ali.

22 - Tente a sorte no cassino Sofitel

O que fazer em Montevidéu

Também na rambla, mas ainda mais distante do centro, fica o Sofitel. Além de um dos hotéis mais luxuosos de Montevidéu, é o cassino mais tradicional da cidade. Foi aberto em 1921 no bairro Carrasco como Hotel e Cassino Carrasco — hoje é Hotel Sofitel Montevideo Casino Carrasco and Spa.

Tem ilhas de caça-níqueis por toda parte (eles aceitam cédulas de pesos uruguaios e dólares). O cassino tem dois grades saguões divididos por uma escada rolante. No inferior, fica o "palace point exclusive", onde crupiês de camisa branca e colete distribuem fichas e operam as mesas de jogo. No mesmo andar, há um bar e um telão transmitindo jogos. O cassino fica aberto 24h por dia e não cobra entrada.

O que fazer em Montevidéu: bairro Prado

O bairro Prado fica a uns sete quilômetros da Cidade Velha, é um bairro com ruas cheias de plátanos e casarões estilosos. Queria morar ali se me mudasse para Montevidéu — e fosse rica, tem mais esse detalhe. 

Também existe um walking tour com contribuição espontânea pelo bairro Prado, você pode obter mais informações neste link.

O que fazer por ali:

22 - Curta a natureza do Jardim Botânico de Montevidéu

O bairro Prado onde fica o Jardim Botânico de Montevidéu, o melhor lugar que encontrei na cidade para sentar na grama e relaxar ouvindo os passarinhos cantar. É um parque cercado, superarborizado, com chafarizes e playground para a criançada. E o melhor: é uma atração gratuita.

23 - Caminhe pelo Parque Prado

Os treze hectares do Jardim Botânico se somam com os 106 hectares de área do grandioso Parque Prado e Roseiral, constituindo uma das maiores áreas verdes da cidade. O parque abriga grandes gramados, um laguinho, um miniparque de diversões e muitas esculturas. Um bom negócio é parar na Churreria Puerto Chico e comprar uma dúzia de churros fritos na hora. É um lanche barato, tradicional e gostoso - que provavelmente vai te dar um banho de açúcar.

O que fazer em Montevidéu

Já o Rosedal de Montevidéu, ou Rose Garden, é uma obra de 1912 de um paisagista francês. Foram importadas 12 mil roseiras da França, distribuídas por uma espécie de pergolado de metal de 60 metros de comprimento, com oito cúpulas em estilo Art Nouveau. Infelizmente, em fevereiro de 2023, quando fui, só vi duas rosas abertas, mas imagino o quão magnífico esse ponto turístico já foi todo florido.

O que fazer em Montevidéu

O que fazer em Montevidéu: Vinícolas

Vinho não é exatamente uma tradição uruguaia, pelo menos não uma reconhecida aqui no Brasil. Mas eu me surpreendi com alguns rótulos locais que provei — quem gosta de vinho, vai querer umas garrafas.

Para quem quer beber "direto da fonte", eu recomendo a premiada Bodega Bouza, que fica a uns 20 km da Cidade Velha. A propriedade é lindíssima, dá para almoçar lá e passar uma tarde superagradável.

Fiz a visita guiada e a degustação de quatro rótulos, acompanhados de tapas que harmonizavam. Obviamente também há no local uma loja de vinhos, os preços ficavam entre R$ 200 e R$ 3.700. A Civitatis tem passeio à Bouza, com transporte incluído — reserve o passeio neste link

Mas ela não é a única: na região de Montevidéu, há também a Bodega Carrau, a Bodega Juanicó & Familia Deicas e a H. Stagnari.

O que fazer em Montevidéu: bate-volta 

Para quem não tem muito tempo, o bate-volta é uma opção interessante para conhecer outros destinos icônicos do Uruguai, que ficam espalhados pela costa.

O que fazer em Montevidéu

  • Colônia do Sacramento: é uma vila histórica a 180 km de Montevidéu (foto acima). Foi fundada em 1680 por Manuel Lobo, então Governador da Capitania Real do Rio de Janeiro, e muito disputada entre portugueses e espanhóis a partir de então. É incrível caminhar pelas ruelas silenciosas de pedras irregulares, observando o casario colorido único e o Rio da Prata. Tem gente que faz bate-volta a partir de Montevidéu, mas vale ficar pelo menos uma noite por lá. 
  • Piriápolis: essa é uma das mais belas praias uruguaias e também uma das mais próximas de Montevidéu, a 100 km da capital. Ela tem um mar clarinho e uma atmosfera pacata.Caminhe pela simpática rambla (a avenida beira-mar), que tem um calçadão em curva e vários coqueiros enfileirados, e depois suba ao Cerro San Antonio. Ali também fica a estação de um teleférico aberto, que eles chamam de Aerosillas.
  • Punta del Este: é um destino de praia badalado, com praias de água doce e de água salgada, cassinos, restaurantes e festas na alta temporada. Fica a 130 km da capital, na curvinha do Uruguai, onde o Rio da Prata encontra o Oceano Atlântico. Tem quem faça bate-volta a partir de Montevidéu, existe até excursão (veja o preço aqui), mas o mais comum é ficar alguns dias por lá no verão — veja nosso guia completo de Punta del Este.

Se você tem mais tempo no Uruguai, não deixe de ler nosso post sobre as atrações próximas a Montevidéu.

Quantos dias ficar em Montevidéu?

Não é má ideia usar Montevidéu como uma porta de entrada para outro destino uruguaio, como Punta del Este, ficando dois ou três dias na capital. Dá para conhecer bastante coisa nesse período, mas, se não quiser ficar com gostinho de quero mais, o ideal é ficar pelo menos quatro dias. Daí dá para conhecer as diferentes regiões da cidade com mais calma e ainda bater ponto em uma das lindas vinícolas da região. 

O que fazer em Montevidéu à noite

A região de Punta Carretas, Pocitos e Buceo é uma das melhores para curtir a vida noturna da cidade. Ali se concentram bons restaurantes e bares, como o Tabaré (fotos), que volta e meia tem música ao vivo. Porém, entre o Centro e a Cidade Velha, também tem lugar legal para conhecer. Veja algumas dicas do que fazer de noite em Montevidéu

O que não se pode deixar de fazer em Montevideo?

O post ficou longo, né? Se você tem um dia apenas, eu diria que vale passear pela Praça Independência e entornos, dando atenção especial ao Teatro Solís, experimentar uma boa parilla, pode ser no Mercado do Porto ou em outro restaurante bem avaliado, conhecer um dos cafés históricos da Ciudad Vieja e ver um lindo pôr do sol na ralmba. Mas sendo bem objetiva mesmo, viu?! Tem muita coisa legal que fica de fora nesse resumão. 

Leia também nosso post de o que fazer no Uruguai

As 7 atividades preferidas dos turistas em Montevidéu