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Salar de Uyuni
Camille Panzera Entusiasta da fotografia, curiosa por outros idiomas, culturas, costumes e histórias!☺️

Primeiro dia de passeio ao Salar de Uyuni

Fizemos o passeio do Salar de Uyuni em 4 dias e três noites, partindo de San Pedro de Atacama, no Chile, e retornando a San Pedro no fim da viagem. Abaixo você confere o cronograma de nossa viagem. Lembre-se que quem faz o passeio começando por Uyuni verá os pontos de interesse na ordem contrária. 

Nossa partida de San Pedro estava marcada para o dia 6 de dezembro e antes das 8h da manhã já estávamos na porta da agência aguardando por instruções. Por volta das 8h, nosso grupo de 6 pessoas (as mesmas que fariam toda a viagem conosco) partiu em uma van até o controle de imigração do Chile. A essa altura a ansiedade e o receio do que estaria por vir estavam à toda, principalmente depois do guia dessa parte do passeio nos dizer que a única parte boa da viagem era a paisagem.

Permanecemos na imigração menos 30 minutos e depois viajamos cerca de 1h rumo ao controle de imigração da Bolívia. Nesse local, já na Bolívia, deixamos a van e trocamos para um veículo 4x4 com capacidade para 7 pessoas. Fizemos os trâmites de imigração boliviana e então tomamos café da manhã ao ar livre. Devidamente legalizados, partimos para a famosa viagem com destino ao Salar de Uyuni. Nosso grupo era composto por um americano, três brasileiros e dois chilenos, além do motorista boliviano. Nosso carro ia acompanhando um outro carro da mesma empresa que escolhemos para realizar a atividade. 

A primeira parada do passeio foi no posto onde se compra o ingresso da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa. Esse ingresso custou Bs150 e tem validade de 4 dias. Ele deve permanecer com você durante toda a viagem porque há alguns postos de controle que exigem sua apresentação.

Logo após a compra do ingresso nos deparamos com a primeira parada da viagem: a Laguna Blanca, uma lagoa que tem águas claras, que refletem os morros ao seu redor. Essa lagoa tem bastante pedras ao seu redor e tinha alguns flamingos na água… sua coloração era bem diferente, vez ou outra suas águas pareciam até prateadas. Ficamos em torno de 20 minutos no local, tirando fotos e apreciando a paisagem incrível. 

A segunda parada do passeio aconteceu poucos minutos depois, na Laguna Verde. Essa lagoa tem águas muito esverdeadas até parecidas com as águas do Caribe. Quando há pouco vento na lagoa, o visual fica ainda mais incrível. O motorista deixou os turistas perto da lagoa e disse que podiam ir andando até um ponto de encontro mais ao alto, onde seria possível ter uma vista panorâmica da lagoa. Ficamos também uns 20 minutos no lugar, talvez um pouco mais, até que todos estivessem satisfeitos com suas fotos. 

Laguna-verde

Seguimos viajando pela estrada de terra no deserto, onde podíamos observar pelas janelas montanhas com diferentes tons de marrom. Paramos rapidamente num local conhecido como Deserto de Dalí, um local bem árido, mas com uma paisagem sensacional. Montanhas com formas diferentes, vulcões e terras com diferentes tons formavam a paisagem nesse lugar. A parada seguinte foi em uma terma ao ar livre, onde havia a opção de pagar e mergulhar por alguns minutos na água quente. Próximo à terma havia uma grande lagoa salina que refletia o céu. Nesse local, o outro carro da empresa que fazia o passeio conosco apresentou um defeito e os motoristas tentaram consertar (os motoristas dos passeios fazem tudo que as necessidades exijirem!). No primeiro dia de viagem foi necessário fazer umas três paradas para acertar os problemas do outro carro, mas depois de resolvido não houve mais contratempos. 

Seguimos viajando por mais estradas de terra e cascalhos e fizemos uma parada nos gêiseres conhecidos como “Sol de Mañana”. Esse gêiseres estão ativos e têm diversos tamanhos diferentes. Ao contrário dos gêiseres que se vê no Deserto do Atacama, eles têm uma espécie de lama no lugar de água. Eles também soltam gases e seu odor nem sempre é agradável. Aqui é possível caminhar por entre eles e vê-los bem de pertinho, mas tenha cuidado para não cair em um local indevido, pois a temperatura da lama que sai dos gêiseres chega a atingir 90°C. 

Viajamos mais um longo trecho de terra até chegar no abrigo onde passaríamos a noite. O lugar era realmente muito simples, mas como tínhamos as expectavias lá embaixo, até achamos um alívio encontrar um lugar de alvenaria, com camas que dariam para dormir confortavelmente. Deixamos nossas coisas no quarto, que tinha 6 camas, uma para cada pessoa pessoa do grupo. Almoçamos no abrigo e, como o local não tinha água quente, aproveitamos para tomar um banho enquanto a água não ganhava a temperatura insuportável que teria durante a noite. 

Logo após o almoço e banho, partimos para a Laguna Colorada, que ficava localizada próximo ao abrigo. Em nossa opinião, esse foi o lugar mais bonito do passeio. Permanecemos nessa lagoa pouco mais de uma hora e poderíamos ter ficado mais. O lugar é de uma beleza singular! A água da lagoa é avermelhada e tem uma quantidade enorme de flamingos. Você pode ver os pássaros bem de pertinho, observá-los procurando alimentos, brincando, brigando… o cenário dessa lagoa é incrível. Para quem gosta de paisagens naturais, dá para ficar muito tempo aqui só admirando o visual.

Laguna-colorada

Como as expectativas para a comida do passeio eram bem baixas, até nos surpreendemos com a comida servida nesse abrigo. No almoço havia salada de tomate e pepino, purê de batata e salsicha. Houve um chá da tarde e, pela noite, sopa de verduras, macarrão à bolonhesa e pêssego em calda de sobremesa. 

Após o jantar, saímos para observar o céu e as estrelas. Como o refúgio ficava em um local muito isolado, podíamos ver as estrelas com muita tranquilidade. A lua estava cheia e o céu estava lindo. Fazia frio, como era de se esperar, mas suportável com as roupas certas. 


 Abrigo-na-primeira-noite-de-passeio-ao-salar-de-uyuni

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