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Salar de Uyuni
Camille Panzera Entusiasta da fotografia, curiosa por outros idiomas, culturas, costumes e histórias!☺️

Terceiro dia de passeio ao Salar de Uyuni

Fizemos o passeio do Salar de Uyuni em 4 dias e três noites, partindo de San Pedro de Atacama, no Chile, e retornando a San Pedro no fim da viagem. Abaixo você confere o cronograma de nossa viagem. Lembre-se que quem faz a viagem começando por Uyuni verá os pontos de interesse na ordem contrária. 

No terceiro dia de passeio, o mais esperado por todos, tomamos o café da manhã cedo e deixamos o Hotel de Sal por volta das 6h da manhã. Andamos bons quilômetros por estradas de terra e passamos por alguns vilarejos até, finalmente, chegarmos ao famoso Salar de Uyuni. Como viajamos no início do verão, o Salar estava seco, com formações geométricas sobre o sal. A planície de sal é enorme, tem 12.000 km² e passando por ela vemos o chão branco, de sal, até onde a visão pode alcançar. Algumas vezes não se vê nada no horizonte, outras vezes vemos pedras bem distantes que parecem flutuar. Como o chão é muito branco, é extremamente importante ter óculos de sol para proteger os olhos e passar protetor solar para que o sol refletido pelo sal não queime sua pele. 

O Salar é formado por diferentes camadas de sal, umas mais finas e outras mais grossas, por isso é importante atravessá-lo com alguém que tenha experiência em dirigir nesse local. Se o motorista dirigir o veículo sem rumo certo, ele pode se perder, ou pior, ficar atolado em um local onde a camada de sal é muito fina-sim, esse tipo de coisa pode acontecer. Como ponto de referência, os motoristas costumam seguir as trilhas já deixadas por veículos que passaram anteriormente pelo salar. 

Ilha-incahuasi

Nossa primeira parada no Salar foi na Ilha Incahuasi, uma ilha de cactos no deserto! É um lugar extraordinário, como um oásis no meio de tanto sal. Dizem que a ilha tem resquícios de corais, ainda da época em que o salar era uma área completamente alagada. A entrada na Ilha é paga (Bs30) e nela você pode fazer uma caminhada até o seu topo, que oferece uma visão panorâmica belíssima do Salar. A subida não é tão fácil, afinal, a altitude nesse lugar ultrapassa os 4.600 metros, mas com calma você pode subir e observar a paisagem. A quantidade de cactos é enorme, dos mais diversos tamanhos. A Ilha de cactos tem um banheiro e uma pequena lojinha de lembranças. 

Após a parada para admirar os cactos em um local tão inesperado, fizemos uma parada no meio do Salar para tirar as famosas fotos em perspectiva. O tempo aqui foi menor do que gostaríamos, afinal, esse era o local que mais esperávamos conhecer ao longo do passeio, mas pudemos tirar várias fotos e conhecer a estrutura de sal sob nossos pés (bem mais dura do que imaginávamos). Passamos um tempo no meio do nada, tirando fotos e curtindo o visual que era dividido entre um branco que quase cegava e um céu azul de tirar o fôlego. 

Seguindo nossa travessia pelo Salar, fizemos uma breve parada em um antigo hotel abandonado. Próximo ao local fica um monumento em homenagem ao Rally Dakar e uma área onde várias pessoas colocaram bandeiras de seus países de origem. Esse é mais um ponto onde há tempo para tirar fotos para levar de lembrança. 

Salar-de-uyuni-bandeira-de-diversos-paises

Saímos do Salar e paramos para almoçar em Colchani, um povoado que fica nos limites do Salar de Uyuni. Nesse povoado há pessoas vendendo lembranças da Bolívia e aqui você poderá comprar alguns presentes. O almoço foi feito em uma espécie de lanchonete, que vendia bebidas e lanches, como biscoitos e salgadinhos. No almoço servido ao nosso grupo havia macarrão, salada e carne, além de melancia de sobremesa. Não gostamos muito da cara da carne e acabamos não almoçando-melhor do que passar mal. 

Terminado o almoço, viajamos mais 20 km até o último ponto turístico da viagem: o cemitério de trens, em Uyuni. O nome do lugar reflete exatamente o que ele é: um terreno onde há vários vagões de trens abandonados e surrados pelo tempo em exposição ao ar livre. Há quem ache o lugar sem graça, mas ele tem lá seu charme… é interessante para quem gosta de coisas diferentes. Ficamos vários minutos por lá, tiramos fotos e então seguimos para a Uyuni, chegando em torno das 14h na cidade. 

Chegando em Uyuni, há pessoas que seguem viagem pela Bolívia, outras retornam para San Pedro de Atacama: nosso caso. Ficamos em Uyuni entre 14h e 16h, mais ou menos, e aproveitamos o momento para andar um pouco pela cidade. O comércio local é bom para comprar lembranças e fazer câmbio de moedas; há várias lojinhas no centro, além de uma feira. Como não havíamos almoçado, reservamos um tempo antes de voltar a viajar para almoçar. 

Cemiterio-de-trens-uyuni

Aqueles que começam a travessia ao Salar de Uyuni em San Pedro de Atacama e retornam a San Pedro, iniciam o retorno no terceiro dia de viagem. Saímos de Uyuni e então viajamos cerca de 3h em estrada de chão até um novo abrigo onde iríamos passar a noite. O carro no retorno era bem novo e como alguns dos turistas que faziam parte de nosso passeio ficaram em Uyuni, havia mais espaço. O retorno para San Pedro já não é considerado exatamente um passeio, e sim um “transfer”, mas se você fizer amizade com o motorista e quiser parar no caminho para ver alguns lugares e tirar fotos, provavelmente ele fará isso. 

Na terceira noite dormimos em Villa Mar, um local pequeno e bem precário em estrutura. Os quartos eram pequenos, com camas de mola,  alguns com duas camas, outros com três. O banheiro do local estava bem sujo e o chuveiro não tinha água quente. Nos haviam dito que pagando Bs10 o banho teria água quente, mas não foi bem essa a realidade. Vocês devem imaginar que tomar banho gelado a mais de 4.000 metros de altitude, à noite, é um pouco sofrido. 

O jantar foi simples como o lugar em que estávamos. Havia sopa de legumes de entrada, além de macarrão e carne. Optamos por não comer e “jantamos” o lanche que havíamos levado e comprado em Uyuni. 



Quarto-na-terceira-noite-de-passeio-pelo-salar 

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