Wellington
Capital da Nova Zelândia e segunda cidade mais populosa do país, Wellington — localizado ao sul da Ilha Norte — está entre as cidades prediletas do visitantes que buscam um clima mais descontraído para curtir a área urbana do país. Repleta de cafés, cervejarias artesanais, espaços culturais e lojinhas descoladas, Wellington alia bem a história aos hábitos contemporâneos e por isso mesmo é a queridinha de tantos viajantes que percorrem a Nova Zelândia. Wellington é uma cidade para curtir sem pressa, passear a pé e entrar em cada beco e viela que tenha um colorido e atraente grafite para direcionar os passos. Sente-se às mesas na calçada, peça um café — especialidade local — e curta o ritmo descontraído de Wellington, do jeitinho que só os neozelandeses sabem fazer. E para os fãs da saga O Senhos dos Anéis, Wellington guarda um experiência bem especial: os estúdios da Weta Cave!
Além de ser uma cidade encantadora, Wellington é também ponto de partida do Ferry Interislander, que faz a travessia da Ilha Norte para a Ilha Sul, com chegada em Picton. Caso esteja viajando de carro, motorhome ou campervan, será possível atravessar com o veículo para a Ilha Sul sem precisar devolver o carro. Vale também deixar o carro na Ilha Norte, fazer a travessia apenas como passageiro e depois alugar outro veículo na Ilha Sul. A travessia de ferry é linda e vale cada minuto da viagem.
O que fazer em Wellington
Para começar o passeio por Wellington, vale a pena vê-la bem do alto. E para chegar ao topo das colinas que rodeiam a cidade, nada como o clássico cable car vermelho, com mais de cem anos de funcionamento. O trajeto parte do centro (280 Lambton Quay) até o topo de Kelburn Hill. O custo, para subir e descer, é de apenas NZD 7,50 e a viagem leva apenas cinco minutos. Ao chegar ao mirante, não deixe de apreciar a cidade. Aproveite o passeio para conhecer o Jardim Botânico de Wellington (entrada gratuita); o planetário Space Place, no Carter Observatory (NZD 12,50); e o Cable Car Museum, onde é possível ver um pouco mais sobre a história do charmoso bondinho vermelho (entrada gratuita).
No topo da Kelburn Hill, onde para o Cable Car, há um transfer que leva direto ao Zealandia Wildlife Sanctuary, uma ampla área verde reflorestada onde são preservadas espécies raras de aves, como o kiwi, ave símbolo da Nova Zelândia. Se natureza é o seu foco, esse santuário é imperdível. Ver um kiwi não é tarefa fácil, mas nos passeios noturnos ele costuma aparecer. O custo do ingresso é a partir de NZD 19,50 e o tour noturno é NZD 85.
Após descer do Cable Car, caminhe até a orla de Wellington, do Queens Wharf até Oriental Bay. A região é deliciosa para um passeio despretensioso, uma cerveja ao ar livre ou um bom café. Estão também na orla alguns dos mais belos museus de Wellington. Para começar o circuito cultural, visite o Museu da Nova Zelândia Te Papa Tongarewa, espaço onde a interatividade ajuda a contar a história dos povos Maori e o crescimento da Nova Zelândia até os dias de hoje. Na orla, há ainda o Wellington Museum, com acervo que remonta a história da cidade; a New Zealand Academy of Arts, com mostras dedicadas à arte visual e mostras itinerantes; e a Portrait Gallery, dedicada à arte dos retratos em diferentes meios, como pinturas, esculturas e fotografia. Todos os museus têm entrada gratuita, porém pode haver cobrança de ingressos no caso de mostras temporárias.
Além da linda região da orla, Wellington tem um centro bastante convidativo ao passeio. As vielas e esquinas guardam segredos que agradam em cheio aos turistas que gostam de garimpar as cidades por onde passam. Embrenhe-se em meio às pequenas ruas e descubra espaços como o quarteirão entre a Leeds Street e a Eva Street, onde o conjunto de lojas da vizinhança de Hannahs Laneway guarda preciosidades deliciosas como a Wellington Chocolate Factory e a Six Barrel Soda.
O passeio para degustar algumas delícias locais pode seguir a pé em direção ao Havanna Coffee Works, um dos mais charmosos cafés de Wellington. No caminho, será difícil resistir a algumas paradinhas, já que a região é repleta de boas opções de cafés e cervejarias, como o extravagante Memphis Belle e o clássico The Library. Ao caminhar, não deixe de passar pela Cuba Street, uma das mais descoladas de Wellington. Para experimentar um pouco das boas cervejas locais, invista em uma visita ao Garage Project, onde as artesanais saem direto das torneiras para os copos dos clientes. Por lá, você verá a produção e poderá experimentar várias cervejas em medidas que permitem a degustação de diversos tipos sem necessariamente ficar alcoolizado. Para os amantes da cevada, outras excelentes cervejarias são a Fork and Brewer, a Little Beer Quarter, a The Black Dog Brew Co. e a The Hop Garden.
Cervejas e cafés são mesmo grandes destaques de Wellington, mas uma passagem pela cidade não estaria completa sem uma visita ao Weta Cave, os estúdios de Peter Jackson e onde foram produzidas partes dos filmes da saga O Senhos dos Anéis e O Hobbit. O Weta Cave é um sonho para os amantes de Tolkien e até mesmo a lojinha da entrada — com a maravilhosa estátua de Gollum e action figures de todos os personagens — já é capaz de causar comoção. O estúdio oferece diversas opções de tour, com valores a partir de NZD 28. Durante o Weta Cave Workshop Tour, os fãs podem ver de perto peças produzidas para os filmes, como a armadura de Sauron, os pés dos Hobbits e algumas espadas utilizadas durante as batalhas. Vale dizer que as peças vistas durante o tour não são exclusivamente dos filmes do Senhor dos Anéis. Há peças também do Avatar, Distrito 9 e outros. Os tours também são oferecidos em sistema VIP, com passeio privativo.
Para fechar a estada em Wellington e seguir viagem, vale experimentar mais uma linda vista do alto da cidade. A trilha do Mount Victoria, com circuito de 4,7 km, é uma boa pedida! Para chegar ao topo, vá a pé pela trilha que sai de Oriental Bay ou de carro até o estacionamento que dá acesso ao mirante. É uma boa despedida de Wellington antes de botar o pé na estrada, seja rumo ao norte ou à Ilha Sul, com a viagem de ferry.
Onde se hospedar em Wellington
Wellington tem muitas opções de hotéis para hospedagem. A cidade recebe bem os turistas e a rede hoteleira atende toda a demanda. A região central de Wellington, chamada de Te Aro, é a melhor localização para quem deseja ficar perto das principais atrações e não ter que se preocupar com deslocamentos de carro. E quanto mais perto da orla à beira da baía, melhor. Entre as opções em Te Aro, vale conferir o James Cook Hotel Grand Chancellor, Ibis Wellington, o CityLife Wellington, o West Plaza Hotel, o QT Museum Wellington Apartments, o InterContinental Wellington, o James Cook Hotel Grand Chancellor e o Novotel Wellington. Para quem viaja de campervan ou motorhome, será mais difícil conseguir um bom camping pertinho do centro. A melhor opção é o Wellington Top 10 Holiday Park.
Como chegar a Wellington
Wellington está localizada no extremo sul da Ilha Norte e para chegar até lá é possível realizar trajetos aéreos, terrestres e também marítimo, com o Ferry Interislander, que faz a travessia da Ilha Norte para a Ilha Sul. Para quem pretende chegar por via aérea, o Aeroporto Internacional de Wellington (WLG) recebe voos de Auckland, Christchurch, Queenstown e outros destinos nacionais, além de voos de Fiji e dos destinos australianos de Brisbane, Gold Coast, Sydney e Melbourne. Se o trajeto for a partir da Ilha Norte por via terrestre, as estradas que levam a Wellington são a State Highway 01 e State Highway 02.
Para quem pretende fazer a travessia da Ilha Sul para a Ilha Norte, além da opção dos voos entre os aeroportos das duas ilhas, há também o Ferry Interislander, que leva passageiros e veículos de Picton (na Ilha Sul) para Wellington (na Ilha Norte) e vice-versa. A travessia do ferry tem entre 3h e 3h30 de duração e acontece cinco vezes ao dia. O custo do trajeto, por pessoa, é de NZD 65. Já a travessia dos veículos é bem mais cara. O custo para levar um carro é a partir de NZD 140, enquanto que uma campervan sai, em média, por NZD 190. Para quem não quer interromper a viagem e trocar de veículo, vale pagar o preço da travessia. É importante deixar claro que em Picton há diversas locadoras de carro, mas não de campervans e motorhomes. Não será fácil conseguir outro veículo logo ao chegar. Caso não queria passar de uma ilha para a outra com a campervan, procure uma cidade maior (como Christchurch ou Queenstown) para alugar novamente o veículo. Nesses casos, o trajeto aéreo é mais indicado.
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