Nova Zelândia
Monique Renne Repórter fotográfica. Com um mundo inteiro a ser descoberto.

Roteiro Ilha Sul na Nova Zelândia

A viagem pela Ilha Sul (South Island) na Nova Zelândia é um deleite para quem gosta de belas paisagens. Se seu sonho é conhecer cenários incríveis nessa viagem, South Island é o seu destino no país. E com tantos lugares incríveis para visitar, o tempo de viagem pela Ilha Sul pode render bem mais que o programado. É impossível não parar a cada mirante para uma foto. Aliás, esse é o melhor ponto da Ilha Sul, por isso, aproveite cada paradinha. 

A Ilha Sul oferece atrações que vão de praias a geleiras, sempre com foco na natureza exuberante que cerca a região. Entre as principais atrações de South Island estão a cidade de Queenstown (repleta de esportes de aventura), os fiordes do Fiordland National Park (com destaque para o Milford Sound), o grandioso Mount Cook (maior montanha da Nova Zelândia), as paisagens do Mount Aspiring National Park (com a Routeburn Track, uma das mais famosas do país), os glaciares Fox e Franz Josef e lagos magníficos, como o Pukaki,Tekapo e Wanaka. E, como se não bastasse, ainda tem na Ilha Sul regiões de praias, vinícolas, pequenas e charmosas cidades, estradas que parecem levar ao paraíso e paisagens realmente inesquecíveis! 

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Montar um roteiro pela Ilha Sul não é tarefa fácil, especialmente para quem está com dias contados. E não importa quanto tempo você invista na viagem, sempre ficará a sensação de ter deixado muito por ver. O nosso roteiro pela Ilha Sul é destinado a viagens de doze dias, tempo suficiente para conhecer os principais pontos turísticos. Para quem quiser ficar menos ou mais dias, temos algumas dicas ao final do post para reajustar o itinerário ao tempo da viagem.

Nosso roteiro é circular, com rotas por estradas e prevê início em Christchurch, cidade que recebe voos das principais cidades do país e tem grande oferta de locadoras de carros, campervans e motorhomes. O início da viagem pode ser ajustado também para Queenstown, onde chegam voos de Wellington e Auckland. Ao final do roteiro, daremos também uma sugestão alternativa para quem vai fazer a travessia da Ilha Norte para a Ilha Sul de ferry e começará, portanto, na cidade de Picton, onde está o porto. 

É importante dizer que testamos esse roteiro durante o mês de maio, quando a luz do dia acabava entre 17h30 e 18h. No verão, os dias são bem mais longos e é possível que os passeios sejam feitos com mais calma e até com mais atividades. No caso do inverno, é o contrário. Os dias serão mais curtos e será preciso fazer algumas adaptações. O importante é ter em mente que aqui estão os principais destinos turísticos da Ilha Sul e que, combinado com o roteiro pela Ilha Norte, você terá até um mês de atrações para serem vistas. No roteiro abaixo, não consideramos trilhas que levam mais de um dia para serem completadas. Caso deseja fazer alguma delas, inclua os dias de trilha na sua rota. Vamos à Ilha Sul!

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  • Dia 01 - Partida de Christchurch e chegada em Greymouth - 333 km de trajeto
  • Visita a Castle Hill e Punakaiki - West Coast.

Se você chegou de viagem da Ilha Norte em Christchuch muito tarde, passe a noite na cidade e saia no dia seguinte pela manhã bem cedo. Apesar do trajeto curto, a estrada é movimentada e você levará mais tempo que o esperado para cumprir todo o percurso. Saia de Christchurch e siga até Castle Hill. No local, visite lindas formações rochosas que lembram castelos e foram cenário do filme As Crônicas de Nárnia.

Se tiver saído bem cedo, você terá tempo de ir até Punakaiki, onde as rochas à beira-mar têm formato de panquecas que dão show de splash quando as ondas batem forte nos buracos encravados nelas. No caminho de Castle Hill até Punakaiki, na West Coast, passe por dentro do Arthur's Pass National Park e aproveite a paisagem. Ao chegar em Punakaiki, visite as rochas à beira-mar e, se o tempo permitir, faça uma das trilhas do Paparoa National Park. Se não tiver mais tempo de viagem ou sair tarde de Christchurch, deixe o passeio por Punakaiki para o dia seguinte. À noite, escolha um dos campings ou hotéis próximos a Greymouth.

Todos os passeios desse dia têm acesso gratuito.

Veja mais dicas e sugestões de hospedagem para a West Coast, Punakaiki e Greymouth.

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  • Dia 02 - Partida de Greymouth e chegada no Glacial Fox - 244 km de trajeto
  • Visita ao Glacial Franz Josef e ao Glacial Fox.

Saia de Greymouth bem cedo e siga a Highway State 06 rumo ao Glacial Franz Josef. Na estrada, você encontrará opções de sobrevoo de helicóptero pelos glaciais. Caso esteja interessado, pare antes de chegar ao glacial para fazer o passeio. Acredite! A experiência é maravilhosa e o passeio vale cada dólar neozelandês. Você terminará o sobrevoo por volta de 11h ou meio-dia. Siga então para fazer a trilha do Glacial Franz Josef. O tempo médio do percurso é entre 1h30 e 2h, com total de 5,4 km (somando ida e volta).

Depois de terminar a trilha, siga de carro até a entrada do Glacial Fox. Você terá o final da tarde para fazer a trilha. Não perca tempo! A trilha do Glacial Fox demora, em média, uma hora para ser percorrida. Ao todo, serão 2,6 km de trajeto, ida e volta. Você fará a trilha de volta ao pôr do sol, com lindo visual! Quem quiser conhecer mais de perto os glaciais poderá investir em passeios que fazem caminhadas e escaladas no gelo. O custo é alto, mas a sensação é incrível! À noite, escolha um dos campings ou hotéis próximos ao Glacial Fox. 

As trilhas para os glaciais têm acesso gratuito, mas os passeios de helicóptero e caminhadas sobre o gelo são pagos.

Veja mais dicas e sugestões de hospedagem para o Glacial Franz Josef e o Glacial Fox.

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  • Dia 03 - Partida do Glacial Fox e chegada a Wanaka - 262 km de trajeto
  • Visita ao Mount Aspiring National Park, às Blue Pools e Wanaka

Saia do Glacial Fox rumo a Wanaka, passando dor dentro do Mount Aspiring National Park. No percurso do parque, há várias trilhas e visitas a cachoeiras. Uma boa parada, sem trilha, é o local para ver Thunder Creek Falls. Pare para fotos, siga até as Blue Pools e passe um bom tempo observando o incrível azul da água que desce da corredeira e forma belas piscinas azuis. O tempo para aproveitar será por sua conta, já que a trilha é bem pequena e facinha. Caso queira aproveitar outras trilhas, faça um passeio mais rápido.

Siga viagem rumo a Wanaka. No caminho, faça uma parada para apreciar o Lago Hawea. Ao chegar em Wanaka, aproveite o final da tarde para fotografar a famosa árvore da cidade, que fica dentro do Lago Wanaka. A árvore é conhecida como “That Wanaka Tree” e realmente proporciona belos clicks! Aproveite o final do dia em um dos restaurantes locais e veja o pôr do sol de frente para o maravilhoso lago. À noite, escolha um dos campings ou hotéis próximos ao Lago Wanaka. 

Todos os passeios desse dia têm acesso gratuito.

Veja mais dicas e sugestões de hospedagem no Mount Aspiring National Park e em Wanaka.

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  • Dia 04 - Partida de Wanaka rumo a Queenstown - 67 km de trajeto
  • Visita às cidades de Wanaka e Arrowtown, com chegada a Queenstown

Aproveite a manhã para passear por Wanaka. A cidade tem um lindo lago, parques e vários deliciosos restaurantes à beira da orla. Você poderá escolher entre almoçar em Wanaka ou na cidade de Arrowtown, um antigo povoado remanescente do período da febre do ouro na Nova Zelândia. É um lugar bastante peculiar e delicioso para passar a tarde, especialmente durante o outono.

Depois de aproveitar a tarde em Arrowtown, siga rumo a Queenstown. Se chegar antes do pôr do sol, desça até o lago para apreciar o entardecer. Outra opção desse dia é seguir até o Mount Aspiring National Park (agora do outro lado) para fazer a trilha que leva ao Glacial Rob Roy. Serão 4h de caminhada em um trajeto de 10 km (ida e volta). A trilha começa no Raspberry Creek Car Park, a 54 km de Wanaka. Se quiser fazer os dois trajetos, inclua um dia a mais no roteiro. À noite, escolha um dos campings ou hotéis de Queenstown. Vale também passar a noite em Wanaka. 

Todos os passeios desse dia têm acesso gratuito.

Veja mais dicas e sugestões de hospedagem em WanakaQueenstown.

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  • Dia 05 - Queenstown - sem deslocamento para outras cidades
  • Esportes de aventura e atrações na cidade de Queenstown

Este dia é inteiramente dedicado a Queenstown, cidade conhecida pela grande oferta de esportes de aventura. Não faltarão opções de passeios para quem deseja experimentar alguns bungee jumps, saltos de paraquedas, voos de parapente, passeios em lanchas rápidas, rafting em corredeiras e trilhas de mountain bike. Os esportes de aventura costumam tomar muito tempo, por isso será difícil praticar mais de dois deles em um mesmo dia. Caso deseje investir em várias atividades, fique mais dias em Queenstown. 

Se um esporte apenas for suficiente, aproveite o tempo também para subir a Skyline Gondola, fazer um passeio à beira do Lago Wakatipu, passear pelo Jardim Botânico de Queenstown ou simplesmente bater perna pela cidade, que é linda! Durante o pôr do sol, aproveite os restaurantes com vista para o lago e já emende uma degustação de vinhos ou cervejas artesanais neozelandesas. Passe a noite em Queenstown, onde não faltam opções de bons hotéis.

Os esportes de aventura e a subida da Skyline Gondola são passeios pagos, mas caminhar à beira do lago e no Jardim Botânico é de graça.

Veja mais dicas e onde se hospedar em Queenstown.

Queenstown

  • Dia 06 - Queenstown e Glenorchy - 46 km de trajeto entre as duas cidades
  • Passeios por Queenstown e Glenorchy, com a Routeburn Track

Apenas um dia para conhecer Queenstown é pouco. Vale investir em mais uma estada na cidade dos esportes de aventura. Faça nesse dia o que não deu tempo de fazer no dia anterior. A Skyline Gondola, por exemplo, merece meio dia de passeio, com direito a algumas corridas no Luge, uma espécie de carrinho de rolimã que desce ladeira abaixo e arranca muitas risadas. Aproveite também para fazer algumas das trilhas no topo da gôndola ou a Queenstown Hill Time Walk, com três horas de duração e uma subida que leva ao cume do Monte Te Tapu Nui, de onde se tem linda vista panorâmica para a cidade.

Caso não queria passar mais um dia em Queenstown, faça um passeio até Glenorchy. A cidade, localizada à beira do Mount Aspiring National Park, tem visual incrível para os Alpes do Sul e é ponto de partida para uma das trilhas mais populares da Nova Zelândia: a Routeburn Track. Será inviável percorrer os 32 km da trilha (só ida) em um só dia, mas é possível fazer o trecho inicial e curtir um bocado da paisagem. Caso deseje fazer a trilha completa, adicione de dois a quartro dias ao roteiro. A noite de hospedagem nesse dia pode ser em Glenorchy ou Queenstown. Caso esteja com tempo livre, vale seguir para Te Anau e encurtar o percurso até Milford Sound no dia seguinte.

Os passeios de Queenstown nesse dia são pagos, mas a Queenstown Hill Track é gratuita, assim como a visita a Glenorchy e a trilha Routeburn.

Veja mais dicas e sugestões de hospedagem em QueenstownGlenorchy.

Queenstown

  • Dia 07 - Partida de Queenstown ou Te Anau para Milford Sound - 287 km de trajeto a partir de Queenstown e 118 km a partir de Te Anau
  • Visita ao Fiordland National Park e ao fiorde Milford Sound

Este é o dia de seguir rumo ao Fiordland National Park. Para quem dormiu em Queenstown, o ideal é acordar bem cedo e botar o pé na estrada direto para o fiorde Milford Sound. A estrada está entre as mais difíceis e demoradas da Ilha Sul. Saia com calma para ter tempo de fazer paradas no caminho até o fiorde Milford Sound, com destaque para a floresta de faia, os Mirror Lakes (lagos que espelham a paisagem) e, se o tempo permitir, a Lake Gunn Nature Walk, uma bela trilha com apenas 45 minutos de duração. Quanto mais tempo tiver no Fiordland National Park, mais paradas você poderá fazer para aproveitar a paisagem.

O Milford Sound, com cerca de 16 km de extensão, é o único fiorde acessível de carro. Ao chegar, procure um passeio de cruzeiro para conhecer mais de perto a beleza do lugar. O ingresso poderá também ser comprado com antecedência. Caso faça a compra anteriormente, calcule bem o horário para não perder o passeio. O ideal é pegar os cruzeiros que acontecem depois de meio-dia. Apesar de o cruzeiro mais comum ter apenas 1h30 de duração, o deslocamento de ida e volta tomará todo o dia da viagem.

Caso queira investir de verdade nas belezas de Milford Sound, cogite a possibilidade de fazer um cruzeiro noturno, com direito a dormir no barco. Vale também aumentar os dias de viagem e investir na Milford Track, trilha com 53 km de percurso e que passa pelo alto dos fiordes. Para cumprir a trilha toda, serão necessários de quatro a mais dias no roteiro.

Depois de passear pelo Milford Sound, opte por se hospedar na região do fiorde ou na cidade base de Te Anau, onde há mais opções de hotéis e você já estará mais perto do passeio do dia seguinte.

Nesse dia, o passeio de barco é pago, porém as trilhas são todas gratuitas.

Veja mais dicas e sugestões de hospedagem no Fiordland National Park.

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  • Dia 08 - Partida de Te Anau para Manapouri, com final em Queenstown - 193 km de trajeto total 
  • Visita ao Doubtful Sound e final do dia em Queenstown

Se você se apaixonou pela beleza do fiorde Milford Sound, vale investir em um passeio também para o Doubtful Sound, o mais profundo e segundo mais longo fiorde da Nova Zelândia. O passeio é diferente do Milford Sound, já que não é possível chegar até esse fiorde de carro. O tour exige trajetos de barco na travessia pelo Lago Manapouri, um trecho de ônibus e só depois o cruzeiro pelo Doubtful Sound. Apesar de ser um passeio espetacular, esse é um bom dia para ser substituído no roteiro final para quem está com o tempo corrido, já que o passeio do dia anterior foi ao Milford Sound. O tour para Doubtful Sound tem duração de 7h e toma o dia todo. Vale também usar esse dia para fazer mais passeios pelo Milford Sound, como o sobrevoo de helicóptero, canoagem, trilhas e até mergulho.

Ao final do dia, siga para dormir em Queenstown, assim você já terá percorrido boa parte do caminho até o Mount Cook National Park, próxima parada do roteiro.

O passeio pelo Doubtful Sound é pago.

Veja mais dicas e sugestões de hospedagem no Fiordland National Park.

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  • Dia 09 - Partida de Queenstown para o Aoraki Mount Cook National Park e Lago Pukaki - 264 km de trajeto
  • Visita ao Lago Pukaki e chegada a Mount Cook Village

Saia de Queenstown bem cedo para aproveitar com calma a estrada que leva ao Mount Cook National Park, umas das mais espetaculares rotas da Nova Zelândia. O trajeto, com quase 300 km, pode levar o dia todo para ser feito. Tudo isso porque é incontrolável a vontade de parar a todo tempo para fotos. No percurso, não deixe de reparar nas vinícolas de Gibbston Valley e na beleza de Lindas Pass. 

Ao chegar ao Lago Pukaki, por onde segue a estrada até a Mount Cook Village, aproveite para registrar o lindo espelho formado pelas águas desse lago incrivelmente azul. Um bom ponto para descanso é o Lake Pukaki Overnight Campervan Parking, considerado um dos campings públicos mais bonitos da Nova Zelândia e com vista espetacular para o Pukaki e o Mount Cook. Durante o trajeto até Mount Cook Village, há vários outros mirantes dignos de paradas para fotos. Aproveite cada um deles! Você chegará à Mount Cook Village já quase ao anoitecer. Se o tempo estiver aberto, aproveite para fazer o passeio noturno para observação de astros na Aoraki Mackenzie International Dark Sky Reserve.

Nesse dia, a única atividade paga é o passeio noturno pela Aoraki Mackenzie International Dark Sky Reserve.

Veja mais dicas e sugestões de hospedagem no Aoraki Mount Cook National Park.

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  • Dia 10 - Aoraki Mount Cook National Park - sem trajeto para outras regiões
  • Visita ao Aoraki Mount Cook National Park

O dia de hoje é todo dedicado a explorar o Mount Cook. Você terá várias opções de trilhas e passeios à disposição. Quanto mais tempo ficar, mais poderá conhecer o parque. Se quiser ir direto a uma das mais bonitas trilhas para o Mount Cook, não tenha dúvida em fazer a Hooker Valley Track. Com duas horas de duração, trajeto acessível e muito bem sinalizado, essa é uma excelente opção para passeio de um dia. Sem contar que o visual é fantástico! Se tiver com disposição, encare mais uma das trilhas, preferencialmente à beira do Lago Pukaki.

À noite, a hospedagem será na Mount Cook Village. Se quiser fechar o dia com lindo visual, não deixe de tomar um café no restaurante do Hermitage Hotel. Vale jantar por lá também. E, se o orçamento permitir, pegue um quarto com vista para a montanha.

Os passeios desse dia têm acesso gratuito.

Veja mais sobre o Aoraki Mount Cook National Park.

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  • Dia 11 - Partida do Aoraki Mount Cook National Park para o Lago Tekapo - 107 km de trajeto
  • Trilhas no Mount Cook National Park e visita às atrações do Lago Tekapo

Aproveite a manhã deste dia para explorar mais uma trilha pelo Aoraki Mount Cook National Park. Uma boa pedida é o percurso que leva ao Glacial Tasman. O trajeto pode ser feito todo a pé. Ao final, porém, vale investir em um passeio de barco que leva os turistas bem pertinho do gelo. Outra boa pedida para o dia, se você for fã de vistas aéreas, é o passeio de helicóptero para ver de perto a maior montanha da Nova Zelândia, o Mount Cook.

À tarde, bote o pé na estrada e siga para o Lago Tekapo. Ao chegar, aproveite para já subir ao Mount John Observatory. Com sorte, você conseguirá vaga para os passeios noturnos nesse trecho da Aoraki Mackenzie International Dark Sky Reserve. Ainda que não haja ingresso, o passeio diurno também é maravilhoso, até porque será possível ver a imensidão do Lago Tekapo. Se não quiser fazer subida de carro, faça a trilha a partir da vila e aproveite o lindo caminho até o topo. Para esta noite, escolha um dos hotéis e campings com vista para o Lago Tekapo, assim você terá um belo amanhecer próximo à despedida da Ilha Sul.

As trilhas desse dia são todas gratuitas, porém os passeios (barco, helicóptero e visita ao Mount John) são pagos.

Veja mais dicas e sugestões de hospedagem no Aoraki Mount Cook National Park e no Lago Tekapo.

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  • Dia 12 - Último dia - Partida do Lago Tekapo rumo a Christchurch - 245 km de trajeto
  • Visita aos arredores do Lago Tekapo e à cidade de Christchurch 

A beleza do Lago Tekapo merece um calmo e delicioso passeio pela orla. Deixe a pressa de lado e aproveite os últimos momentos diante da natureza da Ilha Sul. O tom da água desse lago é impressionante e, para vê-lo um pouco mais de perto, vale fazer a caminhada da vila até a Igreja do Bom Pastor (Church of the Good Shepherd), construção que é marco da região e que rende lindas fotos. Se for época de lavandas, registre uma das mais famosas imagens da Nova Zelândia, que são as flores roxas diante do lago extremamente azul. Não há muitas obrigações a cumprir em Tekapo e o bom mesmo é curtir o visual do lago, por isso não tenha preguiça e caminhe pela orla. 

Ao terminar o passeio pelo Tekapo, siga viagem para Christchurch. A cidade, considerada a maior da Ilha Sul, é vibrante e vive um grande processo de reconstrução após um grave terremoto ocorrido em 2011. Caminhe pelo centro, visite os museus que contam a história da cidade e não deixe de passar pelo Re:Start, shopping a céu aberto formado por containers e construído para abrigar os comerciantes vítimas do terremoto. Christchurch é a última parada da roteiro. Daqui, siga de avião de volta para a Ilha Norte. Se for fazer a travessia de ferry, siga as sugestões abaixo para complementar o roteiro.

Todas as atrações desse dia são gratuitas.

Veja mais dicas e sugestões de hospedagem para visitar o Lago Tekapo e Christchurch.

Christchurch

Sugestões para ampliar o roteiro rumo ao extremo norte da Ilha Sul

Claro que as atrações da Ilha Sul da Nova Zelândia vão além do roteiro de doze dias que recomendamos. Se tiver mais tempo, temos outras sugestões para ampliar a visita. Todas as atrações permitem fazer um roteiro circular, sem precisar repetir itinerários. Caso vá alugar um veículo na Ilha Sul, é preciso avaliar as melhores cidades para a locação, já que não há agências em todas as regiões. 

No caso de campervans e motorhomes, o ideal é começar a viagem por Christchurch ou Queenstown, onde há ampla oferta de locadoras. Se fizer a travessia da Ilha Norte para a Ilha Sul já de carro ou com campervan, não haverá problema em começar a rota por Picton, onde está o porto de chegada do ferry que sai de Wellington, na Ilha Norte, rumo à Ilha Sul. Picton, no caso de quem chega de Ferry, tem opções de locadoras de carro, porém será bem difícil alugar uma campervan ou motorhome. 

Se você vai começar a viagem pela Ilha Sul por Picton ou pretende seguir mais ao norte depois de passar por Christchuch, veja algumas dicas para complementar o roteiro de doze dias sugerido anteriormente.

Marlborough - com Picton e Blenhein

Caso você faça a travessia da Ilha Norte para a Ilha Sul com o Ferry ou queira subir para o norte depois de Christchurch, inclua no percurso um dia em Picton e outro em Blenhein, na região de Marlborough. Picton é a cidade onde está o porto de chegada do ferry e por lá é possível fazer passeios de barco e caiaque pelos lindos canais e enseadas de Marlborough Sounds, com direito até a nadar com golfinhos em ambiente selvagem. Vale também fazer visitas às vinícolas de Blenheincom direito a degustação de vinhos e passeios de bike pelos vinhedos. Esse roteiro pode render um ou dois dias a mais na viagem, sendo o primeiro dedicado a Marlborough Sounds e o segundo às vinícolas. 

Nelson com o Abel Tasman National Park

Outra boa parada para quem tem mais tempo e está no extremo norte da Ilha Sul (caso de quem chega de ferry) é a cidade de Nelson, a Tasman Bay e o Abel Tasman National Park, localizado a 266 km de Picton. A região é repleta de lindas praias e, de quebra, ainda oferece a Nelson Craft Beer Trail, uma trilha especialmente dedicada aos amantes de cervejas artesanais. Se for amante do mar, não deixe de visitar o Abel Tasman National Park e fazer alguns trechos da Abel Tasman Coast Track, com 60 km de paisagens espetaculares e mar intensamente azul. Depois dessa parada, desça para Greymouth e siga o roteiro de doze dias sugerido acima. 

Kaikoura

Se você vai chegar por Christchuch, mas pretende ir primeiro para o norte do país para seguir as sugestões acima, faça antes uma parada na costa de Kaikoura. A região está no caminho entre Christchuch e Picton e é bom ponto para inserir no roteiro. A região é famosa por ser excelente ponto para observação de baleias e focas. Vale dizer, entretanto, que o período mais recomendado para ver as baleias é de novembro a março, sendo assim, pense bem no roteiro.

Sugestões para ampliar o roteiro rumo ao extremo sul da Ilha Sul

Quem quiser ir até o extremo sul da Ilha Sul poderá fazer uma quebra no roteiro de doze dias sugerido anteriormente e seguir um pouco mais para baixo. Depois de passar pelo Fiordland National Park, faça uma quebra no roteiro e desça até a Stewart Island, a ilha mais ao sul do país. O acesso para os passeios e o ferries que levam à Stewart Island é por Invercargill, principal base para quem deseja seguir rumo à ilha. Pegue um dos tours de barco e vá em busca da natureza selvagem da região, onde ainda é possível avistar kiwis (o pássaro símbolo Nova Zelândia) vivendo em território livre. Vale passar uma noite por lá para conhecer as praias, fazer trilhas e, claro, passeios de barco nos arredores de Stewart Island.

Depois de Passar por Stewart Island, siga pelo sul rumo à Costa Leste até a curiosa cidade de Dunedin, onde a corrida do ouro levou a região a se tornar um belo polo arquitetônico, com destaque para exemplares de edifícios em estilo gótico e vitoriano, sendo possível visitar até o belo Castelo de Larnach, na península de Otago. Também com destaque para o quesito arquitetura, mas esse bem mais contemporâneo, dê uma passada pelo Toitū Otago Settlers Museum. Depois de terminar a visita por Dunedin, siga para Queenstown, de onde será dada sequência ao roteiro proposto com doze dias.

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