Jéssica Weber
Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.
Museu Moco
O Museu Moco é um museu de arte contemporânea, moderna e street art. É uma instituição independente que tem uma de suas sedes em Amsterdã, mais especificamente na Museumplein — as outras são em Barcelona e em Londres.
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O museu ocupa uma casa lindíssima de 1904, que era chamada de Villa Alberg. Quando eu visitei, a exposição mais notável era a de Banksy, provavelmente o grafiteiro mais famoso (e misterioso) do mundo. Embora não revele o rosto, o homem é conhecido pelas mensagens críticas sociais, tendo imagens reproduzidas pelo mundo inteiro. Outros nomes expostos eram de Andy Warhol, Keith Haring, Damien Hirst, Jeff Koons, Yayoi Kusama.
Me chamou atenção a quantidade de jovens visitando, provavelmente porque boa parte das obras são inspiradas em temas da cultura pop e movimentos sociais, com tiradinhas levemente irônicas, tipo o quadro com a frase "I don't believe in God, but she doesn't mind" — "Eu não acredito em Deus, mas Ela não liga".
Ah, o sucesso também se dá pelas exposições de arte imersiva digital. Tipo essa do Studio Irma, que abusa de luzes e espelhos e torna a experiência superinstagramável.
Mas foi essa exposição aqui que teve o poder de me transportar para outro lugar. Em The Symphony of Nature, o artista argentino baseado em Barcelona Ezequiel Pini, também conhecido como Six N. Five, usa ferramentas digitais para moldar nuvens, plantas e cachoeiras de flores, tudo tão doido e também harmônico que consegue propor uma prática meditativa por meio do design. Sim, eu meditei ali, no meio do museu.
E quando você acha que já não tem mais nada para ver no Moco, há uma série de esculturas modernas no jardim.
Museu Moco: ingressos
Como de praxe nos museus holandeses, o Moco é um museu pago. Custava 24,95 euros em setembro de 2024, sendo gratuito para crianças com menos de sete anos, e dava para comprar tranquilamente na hora. Para quem tem o passe de museus do I Amsterdam, sai de graça, mas, nesse caso, pede-se para já reservar antes pelo site.
Uma vantagem é que não precisa pagar para alugar um audioguia: tem uma plataforma para você usar no celular mesmo e ir conhecendo os detalhes da exposição ao seu tempo. Tem Wi-Fi no museu também.
Ah, vale passar na lojinha antes de sair, tem lembrancinhas que vão de reproduções das obras a capinhas de celular.
