El Calafate
Jéssica Weber Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.

O que fazer em El Calafate

Em um primeiro momento, eu achei que a lista de o que fazer em El Calafate não era tão extensa como a dos outros grandes destinos argentinos. Contudo, quando comecei a escrever esse post, não conseguia parar de adicionar tópicos. Além disso, na "terra dos glaciares", muitos passeios são longos, então não recomendo ficar menos de três dias inteiros, sem contar o deslocamento. Se quiser ter uma experiência completa, programe pelo menos cinco dias. 

A expectativa que eu tinha nesse destino era grande e se pagou em cada centavo. Sim, preparar o bolso é uma dica que eu preciso dar logo de cara: mesmo estando nas terras dos hermanos, El Calafate não é barata. Começando pela hospedagem. Vale pesquisar logo para garantir vaga nos hotéis com melhor custo-benefício, especialmente se você for viajar no verão, a alta temporada. 

El Calafate — as melhores opções de hospedagem!

A lista a seguir apresenta ótimas opções de hospedagem em El Calafate. As acomodações foram escolhidas pela nossa equipe, priorizando qualidade, preço das diárias e localização. Também incluímos as notas do Booking.com, que indicam a avaliação que hóspedes anteriores tiveram da acomodação.

Eu separei 21 dicas bem legais de o que fazer em El Calafate, com as atrações que eu curti lá em fevereiro de 2024 e algumas coisitas a mais. Tem coisa para qualquer perfil de viajante. Ah, clicando nos links em negrito você acessa a matéria completa de cada atração, com fotos, dicas de como chegar e todas as informações que você precisa para visitá-la. 

O que fazer em El Calafate:

1. Perito Moreno: passarelas e passeio de barco

O que fazer

As paredes do Perito Moreno atingem 60 metros de altura no ponto mais alto, fora os 100 metros que a geleira tem debaixo d'água e não conseguimos enxergar. No interior, chega a ter 700 metros de altura de puro gelo; é tipo 18 vezes o tamanho do Cristo Redentor! E esse tanto de número não dá nem a ideia do que é a geleira. É necessário ir pessoalmente e ficar lá babando, enquanto torce para flagrar algum desprendimento de gelo. 

Andar pelas passarelas do Perito Moreno é a maneira mais tradicional de conhecer o glaciar. Há quatro quilômetros de caminhos construídos sobre rochas e a vegetação local, a até 300 metros de distância da geleira. As passarelas são divididas em cinco rotas identificadas com cores. Spoiler: a amarela tem a melhor vista, bem de frente. 

Você pode admirar o Perito Moreno de diversos ângulos pelas passarelas ou usar parte do tempo disponível lá para fazer também o passeio de barco. Esse é um adicional, que tem duração de uma hora. A distância que a gente chega é praticamente a mesma das passarelas, mas dali é possível ver em detalhes a parede norte do Perito Moreno. Também nos proporciona passar perto de icebergs com tamanhos e formatos diversos. 

Repare que o glaciar fica a 80 km de El Calafate. A forma mais comum é se deslocar até lá com ônibus de excursão, que pode ser contratado com qualquer agência local ou no site da Civitatis.

2. Trekking no Perito Moreno

O que fazer

Para quem não se contenta em admirar o Perito Moreno à distância, é possível caminhar EM CIMA dele. O minitrekking é uma experiência cara, mas parece coisa de outro planeta. A gente traz mais fotos e o relato completo neste link

Primeiro, a gente navega pelo lado sul da geleira e faz uma caminhada por terra de um quilômetro. Com grampos nos sapatos, o trekking no gelo dura uma hora. O grupo passa sobre profundas fendas no chão e riachinhos que caem em túneis dentro do gelo. É que a água derretida se transforma em rios que fluem, formando sumidouros na superfície congelada. E o tom de azul que irradia das profundezas da geleira, sério... É mágico! Se der sede, a galera toma água do glaciar mesmo. 

O minitrekking no Perito Moreno pode ser adquirido através de agências de El Calafate ou no site do Civitatis, onde você confere o preço final em reais. 

3. El Chaltén e o seu Fitz Roy

O que fazer em El Calafate

Com suas torres afiadas de granito e gelo rasgando o azul do céu, o Fitz Roy é a montanha mais fotogênica que já vi. Tirei fotos dele de diversas perspectivas: no horizonte da estrada, emoldurado por matas, acima de um lago... Acho que tem mais Fitz Roy na galeria do meu celular do que meus gatos, e olha que sou gateira. 

Para conhecer a montanha de 3.375 metros você precisa ir para El Chaltén, que é considerada a capital argentina do trekking. Há opções de trilhas fáceis, médias e difíceis, sendo que a mais famosa, a Laguna de Los Tres, tem 20 km. O Fitz Roy é a estrela da maior parte delas, mas também é possível admirar a cascata Chorrillo del Salto e o Cerro Torre. 

A 215 km de El Calafate, a cidade pode ser visitada em um bate e volta. Dá para ir de carro, contratar o translado de ônibus, fazer excursão com guia ou excursão com tempo livre. Mas se puder ficar uma noite por lá, melhor ainda. A gente traz uma lista de bons hotéis neste link

4. Navegação no Parque Los Glaciares

O que fazer em El Calafate

O Parque Nacional Los Glaciares é uma gigantesca área de proteção na região da Patagônia Argentina. É cinco vezes a cidade de São Paulo, tão extensa que todas as atrações listadas acima ficam dentro dessa área. 

Uma das melhores formas de se ter uma palinha do parque nacional é a navegação pelo Lago Argentino partindo do porto de Punta Bandera. É um passeio de dia inteiro, e pode ser adquirido neste link. A primeira estrela do passeio é o grandioso glaciar Upsala. Ele é maior que o Perito Moreno, tem uma área de aproximadamente 765 km², o que equivale a mais de 90 mil campos de futebol. Tem icebergs gigantes ao redor, oriundos de desprendimentos. 

Daí navega-se em direção ao Canal Spegazzini para admirar geleiras suspensas, como a Geleira Dry, a Geleira South Heim e a Geleira Peineta. Mas economize a memória da sua galeira de fotos, porque a grande atração do passeio ainda está por vir: a imponente Geleira Spegazzini. Na Base Spegazzini há um refúgio onde é possível passear sobre passarelas de metal, descansar em lounges com sofás ao ar livre e também almoçar. 

5. Glaciarium — Museu do Gelo

Antes de ir até o Perito Moreno, o Upsala, o Spegazzini ou qualquer outra geleira, eu indico uma visita ao GlaciariumÉ um museu que explica de forma simples e lúdica o que são e como se formam as geleiras da Patagônia Argentina. Vale para já chegar às atrações entendendo sua dimensão e importância. 

O formato do prédio é a primeira coisa que chama atenção: lembra um glaciar. A segunda, na verdade, porque a vista dos morros e do Lago Argentina ali é deslumbrante. Entrando no museu, uma frase do famoso escritor Pablo Neruda nos recepciona: "O gelo fez cidades elevadas sobre uma agulha de cristal". Ah, Neruda...

É possível conhecer o Glaciarium sozinho ou em uma das várias visitas guiadas. A gente descobre, por exemplo, que as geleiras são feitas de neve que se deposita e se compacta ali ao longo de anos e que vai se esparramando como resultado da tensão produzida pelo próprio peso. E tem uma atração inusitada no subsolo do Glaciarium: um bar de gelo. Mas deixo para o próximo tópico.

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6. Bares de gelo em El Calafate

O que fazer em El Calafate

Se na rua já não está frio o suficiente, que tal tomar um drink em um copo de gelo em um bar com temperatura negativa? Quando visitei El Calafate havia dois bares de gelo: o Yete Ice Bar, na avenida principal, e o Glaciobar, no subsolo do Glaciarium Museu do Gelo. Eu fui neste último. 

Entrei com um grupo de aproximadamente 15 pessoas. Todos ganharam dois drinks e o direito de ficar 20 minutos dentro do bar, o que é normal em bares de gelo, para que a pessoa não se congele de fato. Tocava música latina relativamente alta lá dentro, mas não chegava a ficar muito animado. Eu admito que dancei um pouquinho apenas para me esquentar hehe. O bar é pequeno e tem algumas (poucas) esculturas de gelo, basicamente uma poltrona, um iglu e uma águia.  

Antes de entrar no grande freezer que abriga o bar, eles nos emprestaram ponchos e luvas, mas eu recomendo que você vá com calça comprida e botas, porque o frio não é brincadeira. Eu admito que bar de gelo não é minha praia, mas se você nunca foi em um, pode ser divertido. 

7. Centro de El Calafate

O Centro de El Calafate é um charme, com prédios baixos, pés de lavanda e um corredor de ciprestes no canteiro central. Ele fica entre os balcones (morros baixos com uma pegada meio desértica) e o Lago Argentino, com seus tons inacreditáveis de azul. 

O centrinho corresponde basicamente à via principal, chamada Avenida del Libertador, e às quadras no entorno, mais especificamente ao trecho entre o cruzamento da Avenida 17 de Octobre e a ponte do Arroio Calafate, que tem uma passarela com telhadinho fake de madeira, bem fofa. 

No Centro você encontrará lojas de roupa, souvenirs, restaurantes, bares, farmácias, mercado (La Anonima é a referência), agências de turismo, casas de câmbio e até uma agência conveniada da Western Union. É o lugar perfeito para passear de dia ou à noite. 

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8. Paseo de Los Artesanos

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Uma das coisas para fazer no Centro de El Calafate é visitar o Paseo de Los Artesanos, um beco colorido com várias bancas de artesanato. A entrada é pela Avenida del Libertador mesmo; há um pórtico com o nome da atração a alguns metros do cassino. Porém, ele só abre no final da tarde, por volta das 17h. 

Ali você encontrará um souvenir com personalidade e alma, vendido normalmente por quem o fabricou. Tem cuias personalizadas, mantas, ponchos de lã e colares com pingentes de osso de guanaco. Mesmo eu, do alto da minha pão-durisse, não resisti. Comprei um apanhador de sonho colorido com erva-mate e calafate com uma rodocrosita no meio. É uma pedrinha rosada extraída lá na Argentina mesmo. A vendedora me disse ser a pedra do amor. 

9. Calafate, a frutinha que dá nome à cidade

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Calafate é o nome de uma fruta pequenina, uma espécie de berry azul-escuro que cresce livremente em arbustos espinhosos da Patagônia. Como eu fui bem na época (dá entre janeiro e fevereiro), encontrei enquanto explorava os balcones da cidade e pude comer a fruta direto do pé. Mas dá para provar o ano inteiro como geleia, recheio de alfajor, licor... A minha amiga ficou viciada no sorvete.

Você não terá dificuldade de encontrar esses produtos ao caminhar pela Avenida del Libertador. Uma referência é a loja Koonek, com produtos artesanais de vários ingredientes locais, especialmente calafate. No comércio do Centro você também deve achar sabonete e cremes para pele feitos a base de calafate, que tem alta concentração de antioxidantes. 

Mesmo se não estiver muito interessada no fruto em si, talvez queira provar por uma questão superticiosa. Dizem que quem prova calafate volta à região. Para garantir, eu enchi a pança!

10. Comidas típicas da Patagônia

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Nem só de fruta se enche a barriga do viajante, né?! E a Patagônia Argentina tem pratos típicos deliciosos, liderados pelo cordeiro na estaca. Você provavelmente verá nas vitrines de restaurantes o bicho inteiro estirado ao redor do fogo de chão. Fica muito macio, você praticamente nem precisa de faca. 

Outro prato bem especial é a truta, que é uma truta salmonada (foto abaixo). Se esse peixe laranja/rosinha chegar à sua mesa sem informações prévias, você vai achar que é salmão. É um pescado super suculento, uma delícia. Eu experimentei o prato no La Tablita, um dos restaurantes mais tradicionais da cidade. Mas é meio caro. É possível jantar pagando mais barato na cidade. 

Ainda poderia citar o guiso (ensopado), as empanadas, que são a entrada mais comum da Argentina e, é claro, as carnes — tem restaurantes especializados em parrilla. Ah, também tem bons italianos em El Calafate. A massa que eu comi no La Toscana estava incrível e com um preço muito justo. 

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11. Patagonia e outros bares do Centro

Muito brasileiro escuta a palavra Patagônia e fica com sede. Se for seu caso, vai gostar de saber que tem um bar da famosa marca de cerveja criada nessa região da Argentina. A Cerveza Patagonia - Refugio Calafate fica bem na avenida principal, com diferentes ambientes e torneiras. É um lugar descontraído. Quando estive lá, estava passando jogo de futebol em um telão. Só não pense que é mais barato por ser de marca própria; é um bar até bem caro. 

Também vale explorar outros bares do Centro, como os charmosos La Zorra e Oveja Negra, que ficam exatamente um na frente do outro. Que concorrência selvagem, né? (tum tum tss). 

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12. Excursão a Torres del Paine

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É possível atravessar a fronteira e adentrar o lado chileno da Patagônia até o famoso Parque Nacional Torres del Paine. A cadeia de montanhas de granito em forma de arrepia qualquer um quando desponta no horizonte.

Esta excursão inclui uma parada nos mirantes de lago Sarmiento, Cuernos del Paine, lago Nordenskjold e Salto Grande, passa pela cascata do rio Paine e lagoa Amarga. Também prevê uma trilha de uma hora e meia para contemplar as íngremes rochas das Torres del Paine.

É um passeio mais cansativo, tem 15h ao todo, sendo que boa parte desse tempo é dentro do ônibus e fazendo os trâmites burocráticos da fronteira. Mas se você não tem muito problema em estender a viagem pela Patagônia e sonha em conhecer as Torres del Paine, há essa possibilidade. 

13. Sítio arqueológico Punta Walichu

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Punta Walichu, ou Cuevas de Walichu, tem pinturas rupestres em paredões de pedra e pequenas cavernas à beira do Lago Argentino. Alia história a uma bela mostra das paisagens dessa região.

O sítio preserva pinturas originais feitas por povos Tehuelche entre 3 e 4 mil anos, além de expor réplicas de arte rupestre. A maioria já está meio apagadinha, mas eu curti a visita. Há um pequeno painel de antropozoomorfos (figuras que misturam o humano e o animal) e antropomorfos (figuras humanas estilizadas), mãos pintadas em positivo e negativo e até desenhos de labirintos semelhantes aos encontrados em sítios pré-históricos da Austrália — não se sabe se tem algo em comum, mas é curioso. Leia o relato completo

Um passeio famoso que inclui as Cuevas de Walichu é o Nativo Experience. Vendido por agências da cidade, ele culmina em uma refeição em uma gruta. Mas acaba saindo bem mais caro do que visitar o sítio arqueológico diretamente.

14. Visitar uma das estâncias de El Calafate

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A história de El Calafate está diretamente ligada ao trabalho no campo. Foi pelas estâncias que começou a ser povoada, há pouco mais de um século, e algumas se mantêm até hoje com atividades turísticas. 

As duas principais são a Alice (El Galpón), que fica a 20 km da cidade, e a 25 de Mayo (fotos), que tem sua sede na área urbana de El Calafate mesmo, a não mais do que dois quilômetros da avenida principal. 

Em ambas é possível ter uma palinha de como era antigamente o trabalho dos gaúchos, como são conhecidos os peões da região. Entre outras atividades, é feita a demonstração de pastoreio de ovelhas com a ajuda de um cão treinado, e a gente aprende tudo sobre os trabalhos com a lã. Também é possível optar por um jantar típico com apresentação de danças folclóricas, que se assemelham bastante às danças tradicionalistas do Rio Grande do Sul.

15. Balcões de El Calafate 

Os balcones de El Calafate são os morros de topo chato e cor arenosa que fazem a gente se sentir num cenário de faroeste. Você pode admirá-los à distância, na chegada à cidade ou a caminho de alguma das geleiras, ou mesmo subir neles. É uma vista privilegiada da cidade, das estepes e do lago argentino. E o mais doido é pensar que, há cem milhões de anos, aquilo tudo já foi o fundo do mar. Muitas conchas e outros fósseis marítimos já foram encontrados por ali. 

A gente fez o passeio de 4x4 que parte da Estância Huyliche. Lá do topo, o grupo se dividiu entre a trilha de dificuldade baixa, curtindo a vista privilegiada, e um circuito bem longo de tirolesas: são 2.920 metros de cabo, divididos em quatro trechos. 

É uma experiência bem massa. A gente vai perdendo o medo à medida que avança e curtindo mais a experiência e a paisagem incrível. Não achei tão alto também, até podia ser mais alto em alguns pontos (eu gosto de altura!). Uma dica: vá bem agasalhado. Meus dentes chegavam a doer com o vento gelado, mas mesmo assim eu não conseguia parar de sorrir. Este é o link para reservar o passeio

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16. Kayak, rafting, cavalgada e muita aventura ao ar livre

Aos mais aventureiros: há várias atividades de tirar o fôlego na natureza e estepes patagônicas de El Calafate. Tem agências que promovem passeios de kayak, tanto no Lago Argentino quanto em rios da região, há cavalgadas, passeios de quadriciclo, até safári de bike nos campos altos da Reserva Natural de Estancia 25 de Mayo. A Patagônia Profunda é uma das empresas que mais oferecem esse tipo de atividade. 

Outra coisa que eu adoraria ter feito é o rafting no Rio de Las Vueltas. O passeio parte de El Calafate, mas é realizado em El Chaltén. São 6 quilômetros de rafting, com trechos de águas tranquilas e vistas perfeitas do Monte Fitz Roy, além de, é óbvio, trechos de correnteza. Veja mais informações neste link

17. Calçadão da Bahía Redonda

Uma opção gostosa e gratuita de passeio em Calafate é caminhar pelo calçadão que margeia a Bahía Redonda, o Paseo Costanera Presidente Nestor Kirchner. Mas não carece fazer a baía toda, não, até porque são quase 8 km. Vale começar no letreiro com o nome da cidade (cartel de El Calafate) e ir caminhando em direção à Reserva Laguna Nimez. 

Essa bela foto abaixo eu tirei no final da Avenida Costanera, onde já começava a área da reserva. Por ali também tem um playground público, na Plaza de Los Niños Ausentes. Tem passarelas, balanços e gangorras em madeira para a criançada se divertir enquanto os pais curtem a vista do Lago Argentino. 

18. Observação de aves na Reserva Laguna Nimez

A Reserva Laguna Nimez é uma área preservada às margens do Lago Argentino onde é praticada a observação de aves. A gente recebe um folder na entrada, com "cara e crachá" da fauna que pode ser avistada ao redor da laguna. Se você tiver sorte, rola de ver até flamingos! Eu fiquei bem atenta a pontinhos cor-de-rosa no horizonte, mas não achei nada, aff. 

Não é um percurso muito longo; são 4 km que você consegue percorrer em duas horas. A caminhada é plana e muuuito fácil. Com o meu "talento" de birdwatching, só consegui identificar uns patos e um pássaro chamado corredera pipit, e ainda assim com ajuda dos funcionários. Não é um passeio cheio de aventuras, mas tem seu público. 

A vantagem é que fica bem perto do Centro, a menos de 1,5 km da avenida principal. É cobrado ingresso, e você também pode alugar um binóculo na entrada. 

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19. Uma espécie de safári nas estepes patagônicas

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Se observação da fauna é a sua praia, precisa dedicar um tempo para os animais das estepes patagônicas. Se você ficar bem atento na janela do carro ou do ônibus, é possível que aviste choiques, grandes aves não voadoras que parecem um tipo de avestruz, e guanacos, que são um símbolo da região. 

O guanaco é um camelídeo nativo da América do Sul que atinge até 1,20m de altura. A cor fica entre um marrom-claro a um mais escuro, com sombreamento em tom canela. Parece com uma lhama menos peluda. Eles pastam livremente no entorno da estrada a caminho do Perito Moreno e, principalmente, a caminho de El Chaltén. Vi um bando de mais de 20! Só não gostei de saber que o povo come guanacos por lá. 

— Na Argentina, tudo o que se move, se come — me disse um motorista, resignado. 

Tem agência que promove até mesmo uma espécie de safári na área da reserva natural Estancia 25 de Mayo. É um passeio de 4X4 na tentativa de ver guanacos, condores andinos, lobos e outros animais. Veja mais informações neste link.

20. Centro de Interpretación Histórica e os dinossauros da Patagônia

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Você sabia que a Patagônia Argentina já foi lar de gigantescos dinossauros? Volta e meia ainda descobrem alguma nova espécie que habitou essa região há dezenas de milhões de anos, incluindo herbívoros e carnívoros. 

Eu fui atrás de algumas informações sobre isso no Centro de Interpretación Historica Calafate. É um museu à moda antiga, não espere nada de tecnologia, mas tem banners explicativos e reprodução de esqueletos de dinossauros e animais extintos da região. Também traz a história da cidade, com críticas pertinentes à violência que os brancos impuseram sobre os povos originários da Patagônia durante o processo de colonização. 

O museu tem cinco salas de exposição, que podem ser conhecidas tranquilamente em uma hora. Fica a 1 km do Centro e tem cobrança de ingresso. 

21. Cassino de El Calafate

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Ir a um cassino em El Calafate é uma forma diferente de curtir a noite na cidade argentina, porque lá é permitido ter casas do tipo. Ele fica na via principal mesmo, na Avenida del Libertador. Quando fui, estava cobrando um valor praticamente simbólico para entrar (era 200 pesos, o que dava centavos de reais). 

O cassino de El Calafate não se compara aos de Punta del Este, por exemplo, mas é maior do que eu imaginava. Tem mais de 200 máquinas caça-níqueis (tragamonedas, como eles chamam), que aceitam pesos argentinos. Tem ainda blackjack, roleta, um restaurante e programação de shows à noite. 

Passeios em El Calafate

Ficou longo demais o post? Verdade, talvez eu tenha me empolgado. Aos mais objetivos, segue uma lista com os principais passeios de El Calafate, já incluindo os links para reserva via Civitatis.  

As 7 atividades preferidas dos turistas em El Calafate

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