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Petrópolis

Jéssica Weber Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.

Petrópolis é uma das cidades mais interessantes do Brasil para quem gosta de História. A casa de verão de Dom Pedro II, o mausoléu da família imperial, o palácio onde foi celebrada a abolição da escravatura: segue tudo lá, convidando a conhecer melhor o nosso passado. 

Eu me surpreendi com a conservação do patrimônio na serra do Rio de Janeiro e com a estrutura para receber o turista. Devidamente identificados com placa contando sua história, muitos dos casarões de época abrem as portas para o público. Eles abrigam museus, restaurantes e hotéis maravilhosos. Eu estava quase reivindicando meu título de princesa. 

E, além da herança imperial, a cidade é abençoada com belas paisagens a 800 metros de altitude, área preservada de Mata Atlântica, comida e cerveja boa — é o berço da bebida no Brasil. Partiu conhecer Petrópolis?

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O que fazer em Petrópolis

Petrópolis é uma das primeiras cidades na subida da serra fluminense. Apenas 70 quilômetros separam a Cidade Maravilhosa da Cidade Imperial, percorridos em menos de 1h30min, se não houver congestionamento.

Isso explica por que é escolhida por tantos cariocas para passar o final de semana ou algum feriado. Dá para conhecer bastante coisa em dois dias, mas para dar conta de todas as atrações e aproveitar bem o clima de serra, a gente sugere até cinco dias. Foi o tempo que fiquei lá para fazer esse guia especial. 

A gente separou 21 dicas — modestia à parte — maravilhosas de o que fazer em Petrópolis:

1. Escolha um bom hotel e reserve com antecedência

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Antes de mais nada, é importante escolher uma boa pousada ou hotel em Petrópolis. A rede hoteleira tem opções que vão desde estabelecimentos sofisticados até acomodações mais econômicas, incluindo pousadas no meio da natureza e casarões históricos que nos transportam aos tempos áureos da Cidade Imperial. 

A lista a seguir apresenta ótimas opções de hospedagem. As acomodações estão em ordem alfabética e foram escolhidas pela nossa equipe, priorizando qualidade, preço das diárias e localização. Também incluímos as notas do Booking.com, que indicam a avaliação que hóspedes anteriores tiveram da acomodação.

Se você for para Petrópolis no mês de julho, que é alta temporada, ou em qualquer feriadão, antecipe-se para fazer a reserva. Se houver a possibilidade de viajar a Petrópolis durante a semana, você vai encontrar diárias bem mais acessíveis. 

Veja todas as nossas dicas de hotéis em Petrópolis

2. Visite o Museu Imperial, o palácio de verão de Dom Pedro

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O Museu Imperial é o principal atrativo de Petrópolis e um dos museus mais importantes do Brasil. Ambientado no palácio favorito de verão de Dom Pedro II, ele guarda móveis, obras de arte e outros bens da família imperial no século XIX. Um dos tesouros é a coroa do imperador: confeccionada em 1841, tem a armação toda em ouro, 639 diamantes e 77 pérolas.

Você vai passar por ambientes como a sala de música e baile (repare que há algumas cadeiras sem braço, para que as mulheres pudessem acomodar suas saias volumosas). Há também uma sala com uma réplica fiel do traje de 20 quilos usado por Dom Pedro II na coroação (imagina usar esse tanto de pano no calorão do RJ), e o gabinete de estudos do Imperador (o telescópio que pertenceu a ele ilustra sua paixão pela ciência). Veja informações sobre ingresso e o relato completo da nossa experiência neste link

3. Faça o tour do Palácio Quitandinha

Um dos prédios mais icônicos de Petrópolis, o Palácio Quitandinha foi construído na década de 1940 para ser o maior e mais luxuoso hotel-cassino da América do Sul. Uma cenógrafa hollywoodiana foi contratada para pensar a decoração interna do Palácio e usou referências do mar e das florestas brasileiras: corrimãos viraram detalhadas ondas de concreto; luminárias ganharam o formato de conchas; e entre salões foi instalada essa gaiola gigante que antigamente abrigava aves tropicais:

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Hoje abriga um centro cultural do SESC, com exposições superinteressantes e visitas guiadas ao longo do dia, sem custo algum — a gente conta como é neste link. Parte do Quitandinha corresponde a um condomínio de lofts bem charmosos, o que significa que você pode se hospedar por lá.

4. Beba em uma cervejaria de Petrópolis — ou várias!

Petrópolis a capital estadual da cerveja, então seria um desperdício, quase um sacrilégio, não passar em nenhuma cervejaria. Lá, fica a fábrica de cerveja mais antiga do país, a Bohemia, e a cidade tem cada vez mais cervejarias artesanais. Já há mais de 20 fábricas, com várias cervejas premiadas, e feiras cervejeiras que acontecem durante todo o ano. A Bauernfest, a 2ª maior festa que homenageia a cultura alemã do Brasil, realizada entre junho e julho, reúne mais de 60 produtores.

Em um trecho de 200 metros no Centro de Petrópolis, você encontra os bares de cinco cervejarias: Sampler, Doutor Duranz, Odin, Duas Torres e Bohemia, a pioneira. No complexo da Bohemia, é possível fazer um tour interativo com degustação de três diferentes rótulos (fotos acima). Você escolhe se prefere fazer o percurso sozinho ou com um guia. Leia o relato completo e todas as informações sobre cervejarias em Petrópolis.

5. Conheça o Parque Nacional da Serra dos Órgãos

petrópolis - dedo de deus

O Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso) é a Disney para quem gosta de trilha: tem mais de 200 quilômetros em caminhos com diversos níveis de dificuldade. Eles levam até poços, cachoeiras e mirantes com vistas espetaculares. Placas espalhadas pelo parque mostram fotos de alguns animais encontrados por ali, como esquilos, gatos-do-mato e até onças-pardas!

O parque tem três sedes. A de Petrópolis leva a poços e cachoeiras; a de Guapimirim tem como grande atrativo o Rio Soberbo; e a de Teresópolis, a principal, tem lindas trilhas, como a do Cartão Postal, onde eu tirei a foto acima, do Dedo de Deus. Quem tem espírito mais aventureiro pode fazer escaladas no Parnaso ou fazer a Travessia Petrópolis-Teresópolis, que leva, em média, três dias de caminhada. É necessário fazê-la com um guia. Veja todas as dicas aqui.

6. Caminhe pela Avenida Koeler

A Avenida Koeler é uma via curtinha no Centro de Petrópolis, seus cerca de 300 metros ligam a Catedral de Petrópolis à Praça da Liberdade. Ela é cercada por casarões estonteantes do século XIX, devidamente sinalizados com uma placa que traz o nome e um breve histórico. Alguns poucos deles ainda servem como residência, mas a maior parte recebe público, como a Casa do Barão de Jaceguay, que virou um colégio, e o Palácio Sérgio Fadel, hoje sede da Prefeitura de Petrópolis. E há também um solar luxuoso transformado em hotel.

Vale percorrer a Koeler devagarinho para admirar a arquitetura e aprender sobre a história da cidade. Dê uma atenção especial para a Casa da Princesa Isabel (foto abaixo), que fica em frente à Catedral. Em sua varanda foi tirada a última fotografia da Família Imperial no Brasil, em 1888. 

Esse palácio rosa ainda é habitado por herdeiros da princesa, mas eu tive a sorte de viajar a Petrópolis enquanto abrigava uma exposição sobre a temática da colonização alemã — ela ocorria apenas aos sábados. Quando você for a Petrópolis, vale checar se está recebendo algum evento.

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7. Suba na torre da Catedral de Petrópolis

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Não dá para ir a Petrópolis e não passar pela Catedral de São Pedro de Alcântara, esse templo belíssimo com arquitetura inspirada na Catedral de Notre-Dame. Mas você sabia que é possível fazer a visita guiada à torre da igreja, passar pertinho dos vitrais, conhecer algumas das relíquias da paróquia, caminhar por cima das abóbodas e ainda ter uma vista bonita da cidade?

Para subir à torre é necessário comprar ingresso na loja ao lado da Catedral, e a gente conta tudo neste link. Mas se o tempo ou a grana estiverem curtos, dedique pelo menos vinte minutinhos para conhecer os salões principais e conferir o Mausléu Imperial, logo à direita de quem entra pela porta principal da Catedral, visível através de uma grade de ferro. Ao centro, fica o sarcófago de Dom Pedro II e da sua esposa, Teresa Cristina, e, nas pontas, os túmulos da Princesa Isabel e de seu marido, o Conde d'Eu. Isso é gratuito. 

8. Entre na Casa do Santos Dumont

Dá para entrar na residência de veraneio do Pai da Aviação em Petrópolis e conhecer mais sobre essa curiosa figura da nossa história. Um chalé em estilo alpino francês, a Casa do Santos Dumont foi idealizada em 1918 pelo próprio Dumont, que a chamava de "a Encantada". Lá, você vai encontrar objetos pessoais do inventor, como uma coleção completa de Victor Hugo; uma grande bandeira do Brasil, que Dumont hasteava acima da casa quando chegava a Petrópolis; uma luminária em formato de balão, que foi presente da Princesa Isabel; e o icônico chapéu panamá, meio amassadinho no topo.

Tem mais coisa para ver em um prédio nos fundos, como réplicas dos aviões construídos por Dumont, o 14-Bis, o Aeroplano nº 20 e o Dirigível n° 6, uma espécie de balão de voo controlado, com que ele contornou a Torre Eiffel em 1901. Visitar a Casa de Santos Dumont é um passeio baratinho e imperdível. Veja todos os detalhes neste link

9. Dê uma passadinha no Palácio de Cristal

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O Palácio de Cristal é o cartão-postal de Petrópolis. Inspirado em palácios revestidos de vidro que existiam em Londres e na cidade do Porto, foi inaugurado em 1884 e sediou o baile para celebrar a abolição da escravatura, onde a Princesa Isabel entregou cartas de alforria para as últimas pessoas escravizadas de Petrópolis. 

É um bom lugar para começar o tour pela cidade, até porque há um pequeno centro de atendimento ao turista na entrada. Ao redor do Palácio de Cristal, há um amplo jardim, com canteiros de flores, espelhos d'água e gramados. O lugar é usado até hoje para eventos do município, mas mesmo quando não há programação, fica aberto das 9h às 17h. Tire todas as dúvidas sobre a atração aqui.

10. Visite ou se hospede no Castelo de Itaipava

Se você estiver passando por Itaipava, distrito a 20 km do Centro de Petrópolis, considere parar no Castelo de Itaipava. Localizado às margens da BR-040, é um complexo com hotel, dois restaurantes, parque de diversão, espaço para eventos, além da construção com inspiração medieval, que é aberta à visitação. A reprodução de castelo renascentista foi encomendada em 1920 por um português ricaço radicado no Brasi e projetada pelo arquiteto Lúcio Costa, que posteriormente projetaria Brasília.  

Tem muita gente que sonha em dormir como um rei no Hotel Castelo de Itaipava. Todo temático, esse hotel tem uma infraestrutura invejável, com direito a um amplo jardim e uma linda piscina ao ar livre. Veja fotos, avaliações de hóspedes e os preços das diárias neste link

11. Renda-se ao chocolate de Petrópolis

Atenção chocólatras: Petrópolis tem boas fábricas de chocolate. A Chez Bonbon é uma das mais famosas — foi ela quem fez os doces da novela Chocolate com Pimenta, da Rede Globo. Além do bombom com pimenta, o de cachaça também é um sucesso. A marca tem duas lojas e um ponto de venda na fábrica, em Itaipava. Neste último, é apresentado um vídeo contando a história da fábrica e você pode ver a produção através de um vidro. 

A Katz é outra marca conhecida. Tem loja praticamente ao lado do Museu de Cera, incluindo uma cafeteria muito boa no local. Eu experimentei um chocolate quente tão espesso que precisava ser consumido com colher. Mas não ter provado a torta de brigadeiro foi o meu grande arrependimento nessa trip, ela estava linda.  

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Outro lugar que os amantes do chocolate precisam conhecer é o Brownie do Ton, que fica a uns dois quilômetros do Centro Histórico. Além do brownie (provado e aprovado), eles têm cookies, fondue de chocolate, brownie recheado no pote e várias outras combinações. 

12. Tire muitas fotos no Museu de Cera de Petrópolis

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Se você nunca foi em uma exposição do tipo, ou se a viagem inclui crianças e adolescentes, vale conhecer o Museu de Cera de Petrópolis. Fundado em 2011, foi o primeiro do país com padrões internacionais de hiper-realismo. 

São dez salas com mais de 30 esculturas de cera. As peças retratam em detalhes personalidades brasileiras e do exterior, na altura, na cor da pele, nos fios de cabelos, até nas rugas do rosto. Tem de Dom Pedro II à Beyonce e personagens como Jack Sparrow em sua canoa. Mas o que eu mais gostei foi a sala reservada aos Beatles: as peças de Paul, John, George e Ringo, sentadinhos em um sofá com luz baixa, são perfeitas. Tire todas as suas dúvidas sobre a atração neste link

13. Coma muito e muito bem

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Comer bem — e muito — é um dos meus motivos favoritos para subir a serra do Rio de Janeiro. Há restaurantes em Petrópolis especializados em massas, carnes, bacalhau, fondue e outros pratos incríveis.

Um dos patrimônios gastronômicos de Petrópolis é o Transmontano. Foi fundado há mais de 40 anos pelo seu Antônio (foto acima), o português mais querido que eu já conheci. Tudo ali é muito gostoso: o bacalhau, o pastel de bacalhau, o pastel de nata, além do lugar em si, que tem um jeitão de casa de vó. 

Outra boa ideia é comer fondue. É uma das maravilhas da culinária serrana, seja de queijo, carne, chocolate, ou o meu favorito: todos. A gente traz todas as dicas e fotos no post sobre restaurantes em Petrópolis

14. Visite a Casa dos 7 Erros

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A Casa de Petrópolis, também conhecida como Casa dos 7 Erros, é uma das atrações mais surpreendentes da cidade. Apenas a arquitetura e a decoração interna já fariam valer a visita, mas o lugar também foi transformado em um instituto cultural, recebendo exposições e apresentações musicais belíssimas. Veja a programação

A casa começou a ser construída em 1879 por um financista que estudou na Europa. Ele trouxe o conceito de assimetria para o exterior da casa, por isso que o povo relacionou com a brincadeira dos sete erros. Eu recomendo fazer visita guiada por ela. Só para dar uma palinha: na sala de música, o papel de parede foi feito a base de pó de ouro, e as pinturas no teto recordam as viagens feitas por José Tavares Guerra a diferentes destinos: Alpes Suíços, África, Bagdá, Egito, Índia e Palestina. Leia todo nosso relato neste link

Para completar a experiência, almoce no prédio que abrigava as baias de cavalo da Casa de Petrópolis. O Bordeaux tem boa comida, uma grande carta de vinhos e um ambiente superagradável. 

15. Recarregue as energias no Vale do Amor

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O Vale do Amor é desses lugares que enchem os olhos e o coração. É uma ampla área verde na localidade de Fazenda Inglesa, com jardins que homenageiam várias religiões. É o lugar perfeito para um passeio em dia de sol. 

O principal espaço do Vale do Amor chama-se Igreja de Francisco e Clara (foto). É um templo a céu aberto, com flores cor de rosa cercando cada banco de pedra. O caminho do altar alinha-se direitinho com o topo de um morro, que eles chamam de Montanha Sagrada de Shiva. Eu também amei a clareira junto à Cachoeira de Aruanda. Corria apenas um filete de água quando eu fui, mas é um espaço com uma energia muito boa e muita proximidade com a natureza. 

Só repare que esse espaço fica mais distante do Centro. Tem mais fotos e todas as informações neste post

16. Veja Petrópolis do alto

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O Trono de Fátima é um lugar de oração e fé, mas também um lugar para contemplar a paisagem da serra e a vista da cidade de Petópolis. Projetado pelo mesmo autor do projeto do Cristo Redentor, o Trono de Fátima foi construído em 1947 sobre um morro do bairro de Valparaíso. Lá em cima, há uma imagem de mármore de Nossa Senhora de Fátima de 3,5 metros de altura, esculpida na Itália. O local abre para visitação aos sábados, domingos e feriados, entre 9h e 18h.

Outro ponto para ver Petrópolis do alto é a Rampa de Voo do Parque São Vicente. Moradores e turistas gostam de ir até lá para ver o sol se pôr atrás das montanhas da Serra da Estrela. O acesso se dá pela Rua Paula Buarque, e tem um restaurante com vista panorâmica na frente, chamado Nas Nuvens. 

17. Se renda às compras em Petrópolis

Se você não gosta de voltar de viagem com as mãos abanando, vale conhecer esses lugares em Petrópolis:

  • Rua Teresa: é a grande referência de comércio em Petrópolis. Na verdade, é considerada o maior polo de moda da região serrana. Tem centenas de lojas de roupa feminina, masculina e infantil, de variados estilos e preços.

  • Rua 16 de Março: tem lojas de roupas, calçados, acessórios, roupa de cama, flores, cosméticos, livrarias, restaurantes e lanches. Ela não é tão extensa, pode ser percorrida a pé, e não tem muito lugar pra estacionar (há garagens pagas na região).

  • Feirinha de Itaipava (fotos abaixo): localizada às margens da BR-040, é um espaço com 390 estandes, de roupas, calçados, acessórios, entre outros. Tem área de alimentação e uma ampla área de estacionamento gratuito. Embora abra às quintas e sextas, tem 100% de funcionamento aos sábados, domingos e feriados. 

18. Almoce de frente para uma queda d'água

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Um restaurante pelo qual já valeria a subida à serra é o Brassaria Matriz, na localidade de Corrêas, caminho para o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Ele fica ao lado do Poço do Imperador, o que permite aos clientes comer vendo e ouvindo o barulhinho da queda d'água. Tem uma vibe maravilhosa! 

Eu pedi uma lasanha de mignon com massa artesanal e cogumelos trufados que estava divina. Esse é um prato sazonal, mas a casa também serve carne, truta, massa com carne assada, camarões, entre outros. Você pode pedir indicações para os garçons para harmonizar os pratos com cervejas da casa. Só atente-se que esse lugar abre apenas de quarta-feira a domingo, e sempre à tarde; não serve janta.

19. Visite um dos museus temáticos de Petrópolis

Petrópolis tem alguns museus menos conhecidos e bem nichados, para quem gosta do tipo de coleção que eles guardam. Se você tiver um tempinho a mais na cidade, ou então se estiver chovendo durante a viagem, vale conhecê-los. 

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  • Museu dos Brinquedos (foto): nos fundos da galeria a céu aberto Liberty Garden, esse lugar reúne brinquedos, especialmente os das décadas de 1980 e 1990. É um lugar bem simples, mas traz memórias boas quando a gente vê algo que nem lembrava mais da existência. Senti isso quando vi o Vira Monstro Vira Herói, que meu irmão tinha e eu nunca soube como funcionava; o Cara a Cara, com que eu brincava com meu primo, que mal vejo hoje, ou o Cara Maluca, que divertia meu recreio na escola quando estava chovendo. Também é legal ver os pais explicar para os filhos como funciona cada brinquedo.

  • Museu da Porcelana: também na Avenida Barão de Amazonas, no Centro de Petrópolis, o Museu exibe a coleção de porcelanas de um empresário de Petrópolis, adquirida em leilões, viagens internacionais e compras online. São pratos, lustres, esculturas de animais e vários outros objetos de porcelana que impressionam pela riqueza de detalhes de cada obra. As visitas são guiadas e tomam pouco mais de meia hora. A casa onde fica o Museu de Porcelana pertencia à família de Marechal Rondon, conhecido sertanista que atuou na integração do Oeste e Norte do Brasil e na proteção de populações indígenas brasileiras. Veja o site oficial.

  • Casa Stefan Zweig: foi montado um pequeno mas moderno museu na casa em que morou o escritor austríaco e judeu Stefan Zweig. Foi onde ele completou sua autobiografia, O mundo que eu vi, escreveu sua mais famosa obra, Uma partida de xadrez, e também onde ele e sua segunda esposa, Lotte, cometeram suicídio, na noite de 22 para 23 de fevereiro de 1942, consternados com o avanço da II Guerra Mundial. É um lugar para contar a história do autor e também para homenagear exilados e emigrados que deixaram suas marcas nas artes, na ciência e na cultura do Brasil. A casa fica no bairro Valparaíso, e a visitação é gratuita. Tire suas dúvias neste link.

  • Casa do Colono: Ocupa uma casa construída em 1847 em estilo enxaimel (técnica de construção alemã na qual as paredes são montadas com vigas de madeira em posições horizontais, verticais e diagonais). Ela foi decorada com móveis de época para retratar o modo simples de vida dos primeiros colonos alemães de Petrópolis. O acervo é composto de utensílios de uso doméstico e de trabalho, fotografias, quadros e objetos de uso pessoal. O museu fica na Castelândia, e a visitação é gratuita.

20. Faça um piquenique em um dos parques da cidade

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Fazer um piquenique é uma forma divertida de economizar em uma refeição e curtir o contato com a natureza. A gente sugere dois parques gratuitos:

  • O Parque Natural Municipal Padre Quinha ou Parque Natural da Ipiranga (foto acima) fica no centro da cidade mesmo, em frente à Casa dos 7 Erros. Tem 16,7 hectares com muita Mata Atlântica, incluindo uma área verde com mesas e bancos disponíveis.
  • O Parque Cremerie fica localizado em uma área de preservação ambiental de Petrópolis, na Estrada da Independência. Dá para utilizar os equipamentos esportivos, os tradicionais pedalinhos, as áreas de convivência e de lazer.

21. Conheça outras cidades da região

Petrópolis

Não é só Petrópolis que merece a sua visita na serra do Rio de Janeiro. Nova Friburgo, por exemplo, é rica em cachoeiras, trilhas, rios, riachos e reservas ambientais. Guapimirim tem a sua versão do Vale da Lua; um trecho do Rio Soberbo no qual a natureza caprichou ao esculpir as pedras em um formato que remete à superfície lunar. 

Teresópolis também tem belas paisagens, comida e bebida boa. Pare no Mirante do Soberbo na chegada à cidade para admirar o Dedo de Deus; almoce na cervejaria St. Gallen, que tem uma reprodução de vila germânica, com capelinha, restaurantes, café e loja da Therezópolis; e visite a Granja Comary, casa da Confederação Brasileira de Futebol. Essa foto acima eu tirei na Fazenda Suíça Le Canton, o hotel-fazenda que compõe o complexo do grande resort de Teresópolis, perfeito para férias com crianças.

Como chegar a Petrópolis

O aeroporto mais próximo é o Galeão, mas o Santos Dumont também serve. Se quiser economizar, pesquise a passagem aérea para RIO (Rio de Janeiro — Todos os Aeroportos). Dessa forma serão exibidos os voos para ambos aeroportos e você pode ver qual é mais vantajoso. 

Também tem ônibus saindo do Rio praticamente a cada hora. Se bem que a maioria dos turistas vai de carro, o que dá mais autonomia para conhecer outras cidades serranas e atrações longe do centro. 

Petrópolis

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Petrópolis está às margens da Rodovia Washington Luís, a BR-040, que além de garantir o acesso a várias regiões do país, nos brinda com paisagens exuberantes pelo caminho. De São Paulo, a principal via de acesso é a Rodovia Presidente Dutra (BR 116). 

Veja todos os detalhes de como chegar a Petrópolis

Quando ir a Petrópolis

Como um bom destino de serra, o inverno é alta temporada, especialmente julho. O movimento já começa a se acentuar ali pelo Dia dos Namorados — nada melhor que um fondue e uma pousada aconchegante para celebrar a data com o mozão. 

Pela média histórica, as temperaturas no inverno variam entre 12°C e 21°C ao longo do dia. Não faz tanto frio como em Gramado (RS) ou em Campos do Jordão (SP), mas é perfeito para turistar e bater perna pela cidade. Essa é também a época mais seca. Pode nublar, e a névoa toma a região da serra sem anúncio prévio, mas os acumulados de chuva são seis vezes menores do que os registrados no verão.

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Outono e primavera são estações ótimas para conhecer Petrópolis com mais tranquilidade e temperaturas amenas. Em abril, a temperatura média alterna de 17°C a 24°C durante o dia, e já chove três vezes menos que em janeiro. 

Aos finais de semana de verão, os cariocas também chegam em massa para tentar fugir do calorão do Rio, curtindo o dia nos poços e cachoeiras de Petrópolis. Mas observe que o verão é a época marcada por pancadas de chuva: os acumulados podem chegar a 313 mm em janeiro. 

Leia todas as dicas para decidir quando ir a Petrópolis