Jéssica Weber
Jornalista apaixonada por mato e praia, interessada na história dos lugares, na arquitetura das cidades e em comida, é claro.
Roteiro em Bogotá - programação para 3 dias na capital colombiana
Vai visitar a capital colombiana e não tem muito tempo ou paciência para fazer a programação? Então este post é para você: preparei, com todo amor e carinho, uma sugestão de roteiro em Bogotá, para 1, 2 ou 3 dias.
Aqui no Melhores Destinos a gente não é tão fã de roteiro pronto, porque nem todo viajante é igual — na verdade, todos são diferentes. Tem quem goste de turistar mais devagar e admirar tudo com calma, quem queira economizar mais, quem não goste de museu, ou de parque... Sem falar que nem sempre o clima colabora, ou, dependendo do dia da semana, pode ter atrações fechadas.
Mas esse roteiro certamente será uma boa base para a sua viagem. E sugiro que você entre lá no post completão sobre tudo o que fazer em Bogotá para ver se não faltou alguma atividade que é a sua cara.
Roteiro em Bogotá: o que precisa entrar na sua programação
Preparamos um roteiro de até 3 dias em Bogotá, considerando que a cidade não é o principal destino da Colômbia — meu palpite é que você esteja de passagem para ir a Medellin, San Andrés ou Cartagena, ou então esteja esticando uma viagem a trabalho.
Nessa programação só tem coisa que fiz e curti. Mas saiba que se você tiver mais tempo, não ficará entediado. Bogotá é uma das maiores capitais da América do Sul, tem coisa para se entreter por vários dias.
Dia 1 em Bogotá — Conhecendo o Centro Histórico
- Sugiro começar a manhã com um free walking tour pelo Centro de Bogotá. Esse do link começa em Santa Fé e vai até La Candelária, com destaque para a Plaza de Bolívar. A praça é um cartão-postal da cidade, cercada pelos mais importantes prédios públicos.
- Por ali, dá para almoçar algum prato típico colombiano no La Puerta Falsa, o restaurante mais antigo da Colômbia, de 1816. É um local pequeno, simples e dinâmico, você pode optar por mesinhas de madeira no mezanino ou um balcão no térreo. Serve, por exemplo, tamal e chocolate santafereño.
- Subindo duas quadras pela Calle 11, você vai chegar no Museu Botero. O lugar reúne mais de 120 obras de Fernando Botero, o mais famoso pintor e escultor colombiano, conhecido pelas figuras volumosas (ele rejeitava a palavra "gordinhas"). É gratuito, mas repare que não funciona às terças-feiras. No mesmo complexo tem outros museus interessantes.
- Tomara que tenha sobrado tempo para ir ao Museu do Ouro de Bogotá. Ele guarda 34 mil peças de ouro, além de outros 25 mil objetos de cerâmica, pedras e tecidos que pertenceram aos povos originários do país. Não deixe de admirar a Balsa Muisca, uma miniatura da balsa usada pelos indígenas na cerimônia de oferendas aos deuses na Lagoa de Guatativa (que está no roteiro de amanhã).
- Se você estiver em grupo, reserve uma cancha de tejo para a noite. Trata-se de um esporte nacional da Colômbia, praticado há mais de 500 anos. Consiste em arremessar discos de pedra em um alvo de argila, com bandeirinhas que explodem. A galera se diverte horrores enquanto toma bons drinks com comidinhas típicas no Tejo La Embajada.
Dia 2 — Lagoa de Guatavita e Catedral de Sal
Reserve o dia inteiro para essa excursão à Lagoa de Guatavita e à Catedral de Sal. A gente agendou esse passeio aqui e foi ótimo!
Localizada a 75 km de Bogotá, a Lagoa de Guatavita inspirou a famosa lenda de El Dorado: o local onde povos indígenas atiravam toneladas de ouro em rituais religiosos. O cacique cobria o corpo com ouro e mergulhava no lago, enquanto se atiravam as joias como uma forma de agradecer à mãe terra por tudo que lhes era ofertado.
Você pode conhecer melhor essa história enquanto admira a lagoa de um mirante no cume da montanha. A caminhada não é longa, mas tem gente que cansa mais por causa da altitude: são 3,1 mil metros. E há uma escadaria de 150 degraus na reta final.
Depois, o grupo volta ao micro-ônibus para ir à Catedral de Sal de Zipaquirá. Um templo montado dentro de uma mina de sal, a quase 200 metros debaixo da terra, é a atração mais impressionante da região de Bogotá. O complexo de Zipaquirá é um verdadeiro parque temático do sal, com lanchonetes, lojas, museus e até um pequeno spa debaixo da terra.
É provável que você chegue tarde no hotel, então minha dica é procurar um restaurante por perto e capotar para repor as energias. E atente-se que esse passeio não acontece às segundas-feiras.
Dia 3 em Bogotá — Monserrate e Zona T
- Suba o Cerro Monserrate para admirar uma das mais belas vistas de Bogotá. Dá para chegar ao topo de funicular (bondinho), teleférico ou a pé — mas haja fôlego! Lá em cima (3.152 metros de altitude) tem o Santuário de Monserrate e três restaurantes. Dependendo da hora, dá até para almoçar por lá.
- Você é mais do café ou de experimentar coisas novas? Porque tenho duas experiências para sugerir para a tarde: o tour gastronômico no Mercado de Paloquemao, onde eu experimentei tanta fruta diferente que nem me arrisco a dizer o nome (leia toda a experiência no link acima), ou uma degustação de cafés de especialidade da Colômbia. A gente fez essa prova super chique de cafés em taças no Caffa Colombia, no bairro de Usaquén, mas também tem oficina com degustação na Candelária.
- Ainda dá tempo de ir ao Jardim Botânico de Bogotá? A área ao ar livre é lindíssima, mas o mais legal por lá é o Tropicário: seis grandes domos de vidro que reproduzem condições bioclimáticas originais de ecossistemas da Colômbia. A atração fica a 7 km da Zona Rosa, onde fecharemos o roteiro.
- Ao entardecer, a Zona Rosa é uma boa opção de passeio. É uma região nobre e cosmopolita da capital colombiana, escolhida por muitos turistas para comer, fazer compras e se hospedar também. Dentro dela, a Zona T é a grande referência, o centro do agito. Exclusiva para pedestres, ela é formada pelas ruas Calle 83 e Carrera 12A, que formam a letra T. Se quiser algo bem animado, dá para jantar/tomar drinks e dançar um pouco no Andrés Carne de Rés. Só adianto que não é muito barato.
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